Mercado imobiliário

EXAME.com visita microapartamentos e mostra a vida em 18 m²

Conheça um apartamento de 18 metros quadrados por dentro e acompanhe a entrevista com o casal que trocou a casa de 500 metros quadrados pelo imóvel de 40


	Apartamento de 18m² do empreendimento Downtown São Luís, da Setin Incorporadora e Construtora
 (Fábio Teixeira/EXAME.com)

Apartamento de 18m² do empreendimento Downtown São Luís, da Setin Incorporadora e Construtora (Fábio Teixeira/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2015 às 09h28.

São Paulo - Viver em um apartamento que praticamente não te permite dar alguns passinhos para alongar as pernas parece uma insanidade. Mas, quem toma esse tipo de decisão não está ficando louco.

Com os altos preços dos imóveis nos bairros valorizados das grandes cidades, os microapartamentos viraram uma alternativa para quem busca boa localização, mas não tem dinheiro para pagar uma quantidade de metros quadrados maior - e mais confortável.

Não que seus preços sejam menores, pelo contrário. De acordo com o Secovi-SP,o valor médio do metro quadrado dos imóveis de um dormitório lançados em São Paulo em 2014 foi de 12.114 reais, já a média para os de dois quartos cai para 8.022 reais, de três passa a 8.500 reais e o valor médio dos de quatro dormitórios chega a 10.563 reais.

Ainda que o preço médio dos imóveis de um dormitório seja 51% mais caro do que os de dois, pagar um apartamento de 18 metros quadrados, mesmo com o metro quadrado médio custando 12.114 reais, significa realizar o sonho de morar perto do trabalho ou de ter uma casa própria por 218.052 reais, enquanto o imóvel de dois dormitórios, mesmo com o metro mais barato, pode exigir um desembolso de 561.540 reais se o apartamento tiver 70 metros quadrados.

Em outras palavras, os 18 metros quadrados pagos no primeiro caso podem ser mais caros, mas o apartamento de dois dormitórios pode ter mais espaço do que o bolso pode pagar. 

Custos de produção maior

Conforme explica o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes, os custos dos apartamentos menores são mais altos pois a relação entre áreas secas e molhadas desse tipo de imóvel é maior.

"Em um apartamento de três dormitórios, a relação entre a cozinha e os ambientes secos é uma, já os de um dormitório têm uma cozinha para cada dormitório e essas áreas molhadas, como cozinha e banheiro, são as áreas mais caras na construção do apartamento", diz Bernardes.

E o que explica a tendência desses apartamentos menores, mesmo com custos salgados, é uma combinação ideal de fatores: o maior adensamento das grandes cidades; a pressão da falta de terrenos sobre os preços dos imóveis; a alta dos preços dos materiais de construção; a busca dos compradores por regiões bem localizadas diante do aumento do trânsito, entre outros. 

Tendências e preços à parte, é possível morar bem nesse tipo de apartamento? Para encontrar essa resposta, EXAME.com visitou dois apartamentos decorados, um de 18 e outro de 40 metros quadrados e conversou com um casal que trocou uma casa de 500 metros quadrados (e um pé direito de 7,5 metros) pelo atual apartamento de 40 metros quadrados - por livre e espontânea vontade.

A reportagem completa você assiste no vídeo a seguir:

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