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É hora de comprar um carro novo?

Financiamento mais caro e aumento do custo para manter o veículo devem ser ponderados na hora da compra


	Carros estacionados: Apesar de sofrerem com a queda das vendas, montadoras oferecem promoções limitadas
 (hristian Müller/Thinkstock/Divulgação)

Carros estacionados: Apesar de sofrerem com a queda das vendas, montadoras oferecem promoções limitadas (hristian Müller/Thinkstock/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2015 às 08h24.

São Paulo - Comprar um carro zero-quilômetro agora pode valer a pena tanto para quem conseguir obter um bom desconto na compra do veículo à vista, como para o comprador que conseguir obter condições vantajosas no financiamento.

Como mesmo os carros fabricados no Brasil são compostos por peças importadas, a disparada do dólar tende a aumentar os preços dos veículos, de acordo com Marcus Bellis, gerente de incentivos da consultoria Jato Dynamics do Brasil, especializada no setor automotivo.

Ele ressalta, contudo, que os preços de serviços de manutenção e combustíveis ganharam mais peso no bolso do consumidor em um cenário de inflação alta. "É necessário calcular esses gastos para ponderar se a compra deve ser mesmo realizada agora", diz Bellis.

Caso a compra seja, de fato, necessária, é recomendável se planejar para ter uma reserva financeira que seja suficiente para cobrir essas gastos, diz Bellis. “Geralmente, o consumidor é seduzido por descontos concedidos pela montadora e se esquece que a compra pode comprometer as finanças” (veja quanto custa manter por dois anos os dez carros mais vendidos).

Quem tem um orçamento limitado deve preferir financiamentos com prazos mais curtos e taxas de juros inferiores à média do mercado. Atualmente, a taxa de juros praticada em financiamentos de veículos é de 1,65% ao mês, em média, segundo a Jato Dynamics.

No caso de compras realizadas à vista, é indicado buscar descontos superiores a 5% do preço de tabela do veículo, diz o gerente da Jato. Esse desconto pode ser ainda maior caso a opção seja pela compra da versão 2015 de um modelo cuja versão 2016 já está à venda nas concessionárias. “Nesse caso, é possível obter um preço até 10% menor.”

Optar pela compra de um veículo seminovo ou usado pode ser uma alternativa para economizar. “Comprar um carro mais barato ou menos equipado em um momento de incerteza econômica pode ajudar a manter o controle das finanças”, diz o gerente da Jato.

Promoções limitadas

Apesar de continuarem pressionadas pela queda das vendas de carros no primeiro semestre do ano, as montadoras já não encontram tanto espaço para oferecer promoções mais agressivas como forma de atrair os consumidores.

O aumento da taxa básica de juros (Selic) no país nos últimos meses tornou o crédito mais caro, o que faz com que as condições para financiar os veículos fiquem mais restritas. “Juros inferiores à média do mercado ou taxas zero são oferecidos apenas por algumas fabricantes e com algumas condições”, diz Bellis, da Jato.

É o caso da Chevrolet e da Peugeot, que anunciam financiamentos em até três anos com taxa zero para alguns modelos de carros.
Mas, para ter acesso ao benefício, é necessário pagar pelo menos 30% do valor do carro como entrada.

Em financiamentos mais longos, o valor exigido pode chegar a 80%. É o que exige a Ford para parcelar o pagamento de 20% do valor de um Focus hatch em 48 vezes sem juros.

Já a Fiat parcela a compra de versões dos modelos Uno e Palio em até cinco anos caso o consumidor pague 40% do valor do veículo como entrada, além de juros de 1,35% ao mês.

Além de obter descontos sobre o preço de tabela do veículo, quem tem recursos suficientes para comprar o veículo à vista pode ganhar outros tipos de benefícios, como isenção do IPVA deste ano, oferecido pela Renault e Toyota. Na compra do modelo X60, a Lifan promete dispensar os consumidores do pagamento do seguro durante um ano.

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