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Dólar sobe, e Bovespa fecha em queda de 2,43%

O pregão abriu apreensivo sobre as novas diretrizes do Ministério da Fazenda. Mas foram os mercados americanos que ajudaram a derrubar a Bovespa.

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

A tensão que marcou o início das operações financeiras hoje de manhã, durante o dia cedeu lugar a uma certa tranqüilidade. A Bovespa fechou em queda de 2,43%, mas o motivo principal não foram as mudanças no Ministério da Fazenda, e sim o comportamento das bolsas americanas, que oscilaram bastante. Isso porque o Fed (Banco Central americano) sinalizou com novas altas de juros.

Já o mercado de câmbio reagiu com nervosismo durante todo o dia, à espera do pronunciamento do novo ministro, Guido Mantega. Com isso, o dólar subiu 1,70%, fechando a R$ 2,209.

Em geral, o mercado operou menos tenso durante a tarde, com os principais indicadores apresentando flutuações menores que as da manhã desta terça-feira (28/3). Por volta das 15 horas e 06 minutos, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ganhava fôlego e exibia alta de 0,13%, aos 37.688 pontos. O dólar comercial subia 2,26%, para 2,20 reais. Após subir nas primeiras horas do dia, o risco-país se mantinha estável, aos 240 pontos. O Global 40, um dos títulos da dívida pública brasileira, reduziu o ritmo de desvalorização, sendo negociado a 128,88% de seu valor de face.

A abertura do mercado, no primeiro dia após a saída de Antonio Palocci do Ministério da Fazenda, foi marcada por muito nervosismo e oscilação. Por volta das 11 horas e 15 minutos, os principais indicadores mostravam a apreensão dos investidores quanto aos rumos da economia nas mãos do agora ministro Guido Mantega. A Bovespa registrava forte queda de 1,10%. O dólar comercial era cotado a 2,230 reais, um salto de 2,72%; o risco-país subia para 245 pontos, e o Global 40 sofria desvalorização de 1,15%, comercializado a 128,50% do seu valor de face.

Mantega leva fama de desenvolvimentista e é visto como ligado aos setores mais à esquerda do Partido dos Trabalhadores. Por isso, as maiores chances são de que os investidores mantenham cautela e levem ações e dólar a grandes oscilações hoje.

Para Mauro Giorgi, economista da corretora Geração Futuro, o mercado ainda está à espera de novas declarações de Mantega para saber o que esperar do novo chefe da Fazenda. "A gente precisa ver se vai haver alguma mudança a mais. Não se sabe, por exemplo, se o Joaquim Levy [secretário do Tesouro Nacional] vai sair ou não". Enquanto isso, diz Giorgi, o tom das operações será de volatilidade, que deve se estender durante os próximos dias. "Teremos a decisão da TJLP [taxa de juros de longo prazo], quando a gente vai ver o Mantega como ministro pela primeira vez. Grande parte do mercado vai esperar para ver. Também tem entre hoje e segunda-feira a divulgação do relatório da CPI dos Correios. Nesse meio do caminho, você pode ter certeza de que vamos ter oscilações enormes", afirma.

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