Dicas para escolher o melhor home broker
Em uma única plataforma de investimento online, é possível comprar e vender ações, opções, fundos, títulos públicos e contratos futuros
Da Redação
Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 11h27.
São Paulo - A internet mudou a comunicação, a difusão da informação e até mesmo as formas de se resolver as tarefas do dia a dia. De fazer compras a investir, praticamente tudo ficou mais fácil. Assim como já é possível realizar transações bancárias sem sair de casa, o investidor também pode administrar seus investimentos somente por meio de plataformas online integradas à Bovespa por meio do chamado home broker. Antes restritos aos mercados de ações e opções, atualmente esses sistemas também permitem a operação de fundos de investimento, títulos públicos e contratos futuros. Praticidade e taxas de corretagem geralmente mais baixas são os grandes trunfos do home broker.
É verdade que outras formas de comunicação não deixaram de existir na troca de informações entre corretoras e investidores. Além das conversas para aconselhamento, o telefone vira salvação em momentos em que falhas de conexão na internet poderiam causar prejuízos ao investidor. Na hora de escolher um home broker, portanto, o melhor é tentar aliar bom preço a estabilidade do sistema, oferta ampla de informação e fácil acesso a analistas de carne e osso.
Operar via home broker está se tornando cada vez mais comum entre os pequenos investidores, principalmente os mais jovens. A maior parte dos mais de 500.000 brasileiros que possuem contas em corretoras tem entre 20 e 40 anos de idade. Para quem já está se acostumando a resolver tudo pela internet, trata-se um canal realmente muito prático. A abertura de conta é menos burocrática e o investidor pode acompanhar, no mesmo ambiente virtual, a sua carteira, as cotações, notícias e análises sobre o mercado. Também é possível programar ordens de compra e venda, até mesmo fora do horário do pregão, e receber a confirmação da ordem executada com maior rapidez.
A popularização da plataforma está fazendo sua participação crescer bastante nos últimos anos. Em 2009, o número de negócios fechados via home broker na Bovespa foi 45% maior que no ano anterior e hoje representa cerca de 30% do total de negócios; já o volume negociado cresceu 43,5% em relação a 2008, passando de 1,3 bilhão para 1,9 bilhão de reais ao dia. Embora o home broker seja hoje a principal porta de entrada do investidor no mercado de ações, sua praticidade não deve iludir o iniciante. Essas plataformas são indicadas para quem gosta de ser o timoneiro e, por isso, pretende se dedicar a conhecer o mercado financeiro e a entender sua dinâmica. Caso você não tenha tempo nem conhecimento, o melhor é entrar em um fundo de ações e deixar que um gestor profissional tome decisões em seu lugar.
Como escolher seu home broker
A escolha de um bom home broker passa pela combinação de estabilidade do sistema, bom atendimento e preço. A pré-condição essencial é que a corretora seja cadastrada na bolsa, o que é possível verificar por meio da base de dados do site da BM&FBovespa. Esta é, inclusive, uma das garantias de que o sistema será seguro, uma vez que a própria BM&FBovespa faz auditoria periódica nos home brokers das corretoras. Atualmente, 67 das 82 corretoras cadastradas oferecem o serviço.
Outro fator importante é ter um sistema rápido de atualização e que não saia do ar constantemente. É claro que o simples fato de ser online torna a plataforma suscetível às oscilações da internet, mas é aconselhável buscar a corretora com o home broker mais rápido e estável possível. Por causa de alguns segundos, muita gente deixa de realizar um bom negócio. Quedas de conexão e atrasos nas atualizações de posições estão, aliás, entre as principais reclamações de usuários. Em 2009, 20% das queixas ao mecanismo de ressarcimento de prejuízos da Bovespa diziam respeito a problemas com o home broker, e a maior parte das denúncias se relacionava à instabilidade e à lentidão dos sistemas.
Em fóruns na web e sites como o Reclame Aqui também não são raros os relatos de pessoas que perderam oportunidades de negócio por conta de erros no sistema e sites fora do ar. "O home broker foi uma modalidade que cresceu demais e parece não estar comportando tantos usuários. A lentidão do sistema não é tão grave para o investidor de médio e longo prazo, mas é um problema para quem opera volatilidade", avalia Paulo Di Blasi, professor de finanças do IBMEC-RJ.
É, em parte, por causa desses eventuais problemas de conexão que um bom atendimento é essencial. Caso o cliente não consiga realizar uma operação devido a problemas no home broker, as corretoras em geral oferecem a possibilidade de concluí-la por telefone, cobrando ou não a mesma taxa de corretagem da operação virtual. Mas o contato humano deve ir além desse suporte: a possibilidade de conversar com especialistas é um diferencial. Acesso a análises, pesquisas e notícias é importante, mas o pequeno investidor pode precisar de auxílio para interpretar os dados menos inteligíveis. "Não pode faltar o ser humano. Às vezes, só com a máquina não se tem a real percepção do mercado", avalia o professor de finanças da Brazilian Business School, Ricardo Torres.
Para o professor, um atendimento de maior proximidade entre corretora e investidor é o melhor caminho. "Algumas corretoras não dão tanta atenção aos pequenos investidores. As menores e as não associadas a bancos costumam ter uma visão mais aguçada a respeito desse tipo de cliente, sabem que ele precisa conversar e costumam disponibilizar os profissionais", explica Torres.
Entretanto, mau atendimento também está entre os principais motivos de queixas de usuários de home broker. Em fóruns de discussão na internet, investidores revelam que em certas corretoras é muito difícil falar com alguém por telefone, em especial quando o home broker está com problemas. Somando-se isso a quedas no sistema, lentidão, falta de ferramentas na plataforma e até operações feitas sem autorização do cliente, as corretoras dos grandes bancos de varejo - que costumam atender a uma quantidade maior de pequenos investidores - são as campeãs de reclamações.
Mas a tendência das corretoras hoje em dia é dispor de analistas para conversas online, por telefone ou mesmo presencialmente. Além disso, algumas investem também na formação do investidor, oferecendo cursos presenciais e à distância sobre o mercado financeiro. O professor Ricardo Torres lista ainda outros requisitos importantes: "A corretora também deve oferecer a possibilidade de se fazer operações de menor porte, disponibilizar informações constantes sobre a real posição do cliente e atualizá-la assim que for executada a operação na bolsa."
São Paulo - A internet mudou a comunicação, a difusão da informação e até mesmo as formas de se resolver as tarefas do dia a dia. De fazer compras a investir, praticamente tudo ficou mais fácil. Assim como já é possível realizar transações bancárias sem sair de casa, o investidor também pode administrar seus investimentos somente por meio de plataformas online integradas à Bovespa por meio do chamado home broker. Antes restritos aos mercados de ações e opções, atualmente esses sistemas também permitem a operação de fundos de investimento, títulos públicos e contratos futuros. Praticidade e taxas de corretagem geralmente mais baixas são os grandes trunfos do home broker.
É verdade que outras formas de comunicação não deixaram de existir na troca de informações entre corretoras e investidores. Além das conversas para aconselhamento, o telefone vira salvação em momentos em que falhas de conexão na internet poderiam causar prejuízos ao investidor. Na hora de escolher um home broker, portanto, o melhor é tentar aliar bom preço a estabilidade do sistema, oferta ampla de informação e fácil acesso a analistas de carne e osso.
Operar via home broker está se tornando cada vez mais comum entre os pequenos investidores, principalmente os mais jovens. A maior parte dos mais de 500.000 brasileiros que possuem contas em corretoras tem entre 20 e 40 anos de idade. Para quem já está se acostumando a resolver tudo pela internet, trata-se um canal realmente muito prático. A abertura de conta é menos burocrática e o investidor pode acompanhar, no mesmo ambiente virtual, a sua carteira, as cotações, notícias e análises sobre o mercado. Também é possível programar ordens de compra e venda, até mesmo fora do horário do pregão, e receber a confirmação da ordem executada com maior rapidez.
A popularização da plataforma está fazendo sua participação crescer bastante nos últimos anos. Em 2009, o número de negócios fechados via home broker na Bovespa foi 45% maior que no ano anterior e hoje representa cerca de 30% do total de negócios; já o volume negociado cresceu 43,5% em relação a 2008, passando de 1,3 bilhão para 1,9 bilhão de reais ao dia. Embora o home broker seja hoje a principal porta de entrada do investidor no mercado de ações, sua praticidade não deve iludir o iniciante. Essas plataformas são indicadas para quem gosta de ser o timoneiro e, por isso, pretende se dedicar a conhecer o mercado financeiro e a entender sua dinâmica. Caso você não tenha tempo nem conhecimento, o melhor é entrar em um fundo de ações e deixar que um gestor profissional tome decisões em seu lugar.
Como escolher seu home broker
A escolha de um bom home broker passa pela combinação de estabilidade do sistema, bom atendimento e preço. A pré-condição essencial é que a corretora seja cadastrada na bolsa, o que é possível verificar por meio da base de dados do site da BM&FBovespa. Esta é, inclusive, uma das garantias de que o sistema será seguro, uma vez que a própria BM&FBovespa faz auditoria periódica nos home brokers das corretoras. Atualmente, 67 das 82 corretoras cadastradas oferecem o serviço.
Outro fator importante é ter um sistema rápido de atualização e que não saia do ar constantemente. É claro que o simples fato de ser online torna a plataforma suscetível às oscilações da internet, mas é aconselhável buscar a corretora com o home broker mais rápido e estável possível. Por causa de alguns segundos, muita gente deixa de realizar um bom negócio. Quedas de conexão e atrasos nas atualizações de posições estão, aliás, entre as principais reclamações de usuários. Em 2009, 20% das queixas ao mecanismo de ressarcimento de prejuízos da Bovespa diziam respeito a problemas com o home broker, e a maior parte das denúncias se relacionava à instabilidade e à lentidão dos sistemas.
Em fóruns na web e sites como o Reclame Aqui também não são raros os relatos de pessoas que perderam oportunidades de negócio por conta de erros no sistema e sites fora do ar. "O home broker foi uma modalidade que cresceu demais e parece não estar comportando tantos usuários. A lentidão do sistema não é tão grave para o investidor de médio e longo prazo, mas é um problema para quem opera volatilidade", avalia Paulo Di Blasi, professor de finanças do IBMEC-RJ.
É, em parte, por causa desses eventuais problemas de conexão que um bom atendimento é essencial. Caso o cliente não consiga realizar uma operação devido a problemas no home broker, as corretoras em geral oferecem a possibilidade de concluí-la por telefone, cobrando ou não a mesma taxa de corretagem da operação virtual. Mas o contato humano deve ir além desse suporte: a possibilidade de conversar com especialistas é um diferencial. Acesso a análises, pesquisas e notícias é importante, mas o pequeno investidor pode precisar de auxílio para interpretar os dados menos inteligíveis. "Não pode faltar o ser humano. Às vezes, só com a máquina não se tem a real percepção do mercado", avalia o professor de finanças da Brazilian Business School, Ricardo Torres.
Para o professor, um atendimento de maior proximidade entre corretora e investidor é o melhor caminho. "Algumas corretoras não dão tanta atenção aos pequenos investidores. As menores e as não associadas a bancos costumam ter uma visão mais aguçada a respeito desse tipo de cliente, sabem que ele precisa conversar e costumam disponibilizar os profissionais", explica Torres.
Entretanto, mau atendimento também está entre os principais motivos de queixas de usuários de home broker. Em fóruns de discussão na internet, investidores revelam que em certas corretoras é muito difícil falar com alguém por telefone, em especial quando o home broker está com problemas. Somando-se isso a quedas no sistema, lentidão, falta de ferramentas na plataforma e até operações feitas sem autorização do cliente, as corretoras dos grandes bancos de varejo - que costumam atender a uma quantidade maior de pequenos investidores - são as campeãs de reclamações.
Mas a tendência das corretoras hoje em dia é dispor de analistas para conversas online, por telefone ou mesmo presencialmente. Além disso, algumas investem também na formação do investidor, oferecendo cursos presenciais e à distância sobre o mercado financeiro. O professor Ricardo Torres lista ainda outros requisitos importantes: "A corretora também deve oferecer a possibilidade de se fazer operações de menor porte, disponibilizar informações constantes sobre a real posição do cliente e atualizá-la assim que for executada a operação na bolsa."