Dúvida do internauta: Tenho no Bradesco um Plano de Previdência Privada Tradicional (Conta VIP), que garante retorno de IGPM + 6% ao ano, com regime de tributação regressivo. Parte dos meus recursos já está neste regime desde 2005, alcançando a alíquota de 15% a partir de 2013 e de 10% a partir de 2015. Dada a queda geral de rentabilidade, estou analisando a hipótese de concentrar meus investimentos com foco em longo prazo neste investimento. Gostaria de saber se devo fazer este movimento, em especial observando a concentração de parte significativa de minhas reservas em apenas uma instituição financeira.

Resposta de Fernando Meibak*: 

Os planos antigos de previdência com garantia de retorno de IGPM mais 6% ao ano viraram algo muito valioso. Esses planos antigos, tradicionais, com esses benefícios definidos, em geral também utilizam uma tábua atuarial favorável aos participantes (a T49). Com a queda de juros, as instituições já há algum tempo estão tentando migrar os clientes para outros planos. Que bom que você não fez mudanças.

Você está correto, o plano é extremamente vantajoso. Creio que você terá, entretanto, dificuldade em fazer aportes de recursos extras, adicionais, fora do padrão contratado constante do regulamento. Caso a empresa permita aportes (o que irá me surpreender, pois esses planos se transformaram num grande problema para as seguradoras), esteja atendo à cobrança de uma taxa que incide sobre o aporte, conhecida como taxa de carregamento. Esta pode ser muito elevada, inviabilizando a vantagem do produto.

De qualquer forma, preserve esse importante plano, que com a queda de juros reais para patamares muito baixos (e sem risco de alteração desse quadro), virou um verdadeiro tesouro.

* Fernando Meibak é sócio da consultoria Moneyplan, ex-diretor de gestão de investimentos do ABN-Amro Real e HSBC Brasil e autor do livro “O Futuro Irá Chegar! Você Está Preparado Financeiramente para Viver até os 90 ou 100 Anos?”.

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