São Paulo - A crise econômica tem forçado brasileiros a criarem hábitos extremamente positivos para o bolso, como controlar mais de perto o orçamento.
É o que mostra a segunda edição de uma pesquisa da Ilumeo Consultoria de Marketing e da Ricam Consultoria sobre os hábitos financeiros dos brasileiros, que contrasta os resultados obtidos neste ano com o levantamento realizado no ano passado.
Enquanto em 2014 a pesquisa mostrou que 32% dos entrevistados anotavam todos os seus gastos, em 2015, o percentual subiu para 38%.
Foi verificada tambem uma queda de 32% para 25% no número de entrevistados que declararam não anotar nenhum de seus gastos. Os meios de anotação dos gastos mais utilizados ainda são cadernos (43%) e planilhas no computador (30%).
A frequência com que os brasileiros anotam seus gastos também melhorou. Em 2015, 30% disseram anotar seus gastos diariamente, ante 26% do ano passado.
Outro dado positivo revelou que na primeira edição do levantamento 69% das pessoas com dívidas no cheque especial não sabiam quanto pagavam de juros. Neste ano, o percentual caiu para 53%.
Os brasileiros também parecem estar mais conscientes em relação aos gastos realizados em shopping centers e supermercados. A parcela de entrevistados que declarou ter gastado mais do que o planejado em sua última ida ao shopping caiu de 39% para 30% de 2014 para 2015.
Também caiu o percentual de entrevistados que gastaram mais do que previam na última visita ao supermercado, passando de 55% no ano passado para 48% neste ano.
Mudança na crise pode não ser duradoura
Diego Senise, diretor da Ilumeo e professor da pós-graduação de pesquisa de mercado da USP, diz que os resultados da pesquisa são positivos, mas não significam que o brasileiro está mais educado financeiramente.
Ele acredita que, passada a crise, alguns hábitos que foram adquiridos para superar o período de vacas magras podem ser deixados para trás. "Eu não acho que a crise contribui para que os brasileiros tenham mais educação financeira. Na minha visão, isso que está acontecendo é apenas uma reação automática à crise, um susto, que tem levado as pessoas a segurar mais as pontas", diz Senise.
Ele afirma, no entanto, que o momento pode, sim, ser oportuno para repensar as finanças e criar hábitos mais saudáveis. "Mesmo sem nenhuma redução drástica de renda, ou sem passar por demissões, algumas famílias já estão se precavendo mais e cuidando melhor do orçamento", comenta o diretor da Ilumeo.
Dados negativos
Apesar de revelar que os brasileiros estão adquirindo alguns bons costumes em relação às finanças, a pesquisa também trouxe alguns dados preocupantes.
Entre eles, está a informação de que 63% dos entrevistados que entram no rotativo no cartão de crédito (por deixar de pagar a fatura do cartão) não sabem exatamente as taxas de juros que pagam. Já no cheque especial, 53% não sabem quanto pagam de juros.
O estudo também revelou que 26% das pessoas que têm alguma dívida não chegam nem a planejar em quanto tempo pretendem quitá-la.
Casais não dividem os mesmos planos
A pesquisa abordou ainda aspectos da relação financeira entre os casais. A maioria (79%) declarou que tem o costume de conversar com seu parceiro sobre questões financeiras.
Ainda que a maioria dos casais tenha objetivos financeiros em comum - 67% disseram ter os mesmos planos que os parceiros para uso do recurso que sobram no final do mês - 10% dizem não saber quais são os planos do parceiro; e 23% acreditam que os planos do parceiro são diferentes dos seus.
Os dados sobre as finanças dos casais se mantiveram estáveis entre 2014 e 2015, segundo os autores da pesquisa.
Metodologia
O estudo foi realizado em maio deste ano por meio de questionários online.
Foram entrevistados 1.093 brasileiros, com idade entre 18 e 60 anos, das classes A, B e C de 284 municípios em todas as regiões brasileiras.
A pesquisa foi coordenada por Otávio Freire, diretor da Ilumeo e professor de marketing da Universidade de São Paulo (USP) e por Ricardo Amorim, economista e diretor da Ricam Consultoria.
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1. Tudo sob controle
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1/17 (Raul Junior//Você S/A)
São Paulo - Esqueça as sete ondinhas, as roupas amarelas e as folhas de louro. Se em 2015 uma das suas metas é ficar em paz com as finanças, nada melhor do que começar o ano fazendo um
orçamento. Registrar as despesas e receitas é o ponto de partida de qualquer projeto financeiro, seja para alcançar o primeiro milhão, comprar um imóvel ou apenas para sair do vermelho. Nesta galeria você encontra uma
lista com 15 opções de ferramentas para controlar seu orçamento pessoal. São
aplicativos, sites, planilhas de Excel e até livros, que agradam desde os mais conectados até aqueles que ainda preferem fazer suas anotações no papel. Navegue pelas fotos e escolha a sugestão que mais combina com você.
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2. GuiaBolso - Para quem não tem tempo para perder
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2/17 (Reprodução)
O
GuiaBolso está entre os 10 apps de finanças mais baixados da Apple Store, venceu o prêmio de empreendedorismo digital INFO Start de 2014 e ao ser relançado, em agosto de 2014, foi classificado como um dos melhores apps novos pela Apple, passando inclusive o app de paqueras Tinder. A ferramenta é ideal para quem não tem paciência de preencher gasto por gasto na planilha. Ao inserir os dados das suas contas bancárias, o aplicativo organiza todas as informações, como o valor do salário, as despesas realizadas, os extratos de cada cartão, etc. Uma vez cadastradas as contas, o app também atualiza cada transação automaticamente. “Não existia uma ferramenta brasileira que classificasse os gastos automaticamente e muitas pessoas não planejavam seu orçamento por causa disso. Nosso grande diferencial é que fomos a primeira ferramenta do Brasil a automatizar o processo”, afirma Thiago Alvarez, co-fundador do GuiaBolso. Pode ser acessado nas versões para
web ou para
iOS.
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3. Idec - Para quem quer avançar do papel para o computador
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3/17 (Reprodução)
A planilha do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) é indicada para quem sempre anotou os gastos no papel e ainda não está muito acostumado ao uso de planilhas no computador. A primeira página do documento é dedicada apenas a instruções sobre como usar a ferramenta. O manual também ajuda quem nunca fez um orçamento antes, já que inclui definições de termos como receita líquida, despesas fixas e variáveis. Também inclui a aba “aplicações”, que pemite observar a evolução dos investimentos.
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4. Kakebo - Para quem aprecia os hábitos orientais de organização
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4/17 (Divulgação/Assessoria de imprensa Grupo Editorial Record)
Kakebo é uma palavra em japonês que significa “livro de contas para a economia doméstica”. Fenômeno no Japão, a agenda financeira foi traduzida para o português e publicada pela editora Best
Seller. Além de possuir tabelas para anotar os gastos e as despesas, também tem espaços dedicados à reflexão sobre os êxitos, esforços e fracassos de cada mês. O livro ainda traz dicas sobre como controlar as finanças, sempre usando uma linguagem lúdica. Nas primeiras páginas, por exemplo, um trecho explica que o porco é um símbolo de futuro e prosperidade e o lobo é um dos animais caçadores por excelência. “Neste Kakebo, o gasto é representado por um lobo voraz, que a cada fim de mês trava uma batalha contra o porquinho da economia”, diz o livro.
Link para compra.
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5. Finance - Para se livrar dos recibos
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5/17 (Reprodução)
O app Finance permite fotografar e anexar documentos, como recibos, cupons fiscais, comprovantes de pagamentos, etc. As transações podem ser classificadas por centro de custo para facilitar a análise de resultados. Por exemplo, ao fazer uma viagem é possível criar um centro de custo para separar as despesas desse evento das demais. Além disso, possui um sistema de notificações para contas a pagar. Disponível para
iOS e
Android.
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6. Microsoft Office - Para quem aprecia uma boa planilha de Excel
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6/17 (Reprodução)
A planilha elaborada pela equipe do Microsoft Office é clara, completa e intuitiva. Para usá-la, basta inserir sua renda e as despesas do mês em uma das classes de gastos. A própria planilha calcula o saldo final do orçamento.
Link para download.
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7. Dinheirama - Para quem quer dicas sobre como usar bem o dinheiro
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7/17 (Reprodução)
Desenvolvida pelo Dinheirama, empresa especializada em educação financeira, a ferramenta traz dicas importantes sobre como administrar as finanças pessoais. Diferentemente de outros aplicativos, as notícias vêm em grande quantidade e são sempre atuais, já que a ferramenta é abastecida pelo conteúdo produzido para o site do Dinheirama. O usuário também pode fazer o upload dos extratos bancários e importar automaticamente todas as informações neles contidas. Disponível nas versões
web,
Android e
iOS.
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8. Gastos Diários - Para quem gosta de gráficos
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8/17 (Reprodução)
Além de organizar as rendas e despesas e registrar por data as movimentações financeiras, o app analisa os resultados em relatórios e gráficos que mostram a relação entre as entradas e saídas do orçamento. Também permite que criar um backup dos dados. É o décimo app mais baixado do Google Play, apenas atrás de aplicativos de bancos e de cartões de crédito. Disponível para
Android.
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9. Moni - Para quem só quer registrar receitas e despesas
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9/17 (Reprodução)
Com um design simples, o Moni é indicado para quem está começando a descobrir o universo dos apps.
A ferramenta basicamente registra receitas e despesas e mostra o saldo final do usuário. Também é uma boa opção para quem gosta de fazer as anotações do seu jeito. “Em uma era que tantas coisas são automatizadas, algumas vezes você tem que fazer algo de forma manual para dar certo”, diz a descrição do app na Apple Store. Disponível para iOS e Android.
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10. Gerenciador Financeiro Mobills - Para quem gosta de fóruns
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10/17 (Reprodução)
Os gastos e receitas são cadastrados no app de forma bem simples. A ferramenta pode ser acessada pelo computador ou pelo celular e ao sincronizar os dados na nuvem o usuário consegue acessar as informações por ambas as plataformas. Também é possível interagir com outros usuários e com os administradores do Mobills na área de fórum, seja para fazer comentários ou para pedir dicas sobre finanças pessoais. Pode ser acessado pelo
site ou pelos apps para
Android e
iOS.
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11. BM&FBovespa - Para acompanhar a evolução dos investimentos
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11/17 (Reprodução)
A planilha da BM&FBovespa reúne em uma única aba do Excel o orçamento de todos os meses do ano. Além das despesas e receitas, o documento possui um quadro de anotações para investimentos, que se divide entre: ações, Tesouro Direto, renda fixa, previdência privada e outros.
Download.
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12. Toshl Finanças – Para quem não quer "firulas"
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12/17 (Reprodução)
O aplicativo Toshl tem quatro abas principais: uma para despesas, outra para as receitas, uma que mostra o somatório das despesas e receitas e por fim uma aba para incluir o orçamento, ou seja, quanto se pretende gastar no mês. As despesas e receitas são classificadas por tags escritas pelo próprio usuário. O aplicativo é intuitivo e uma boa opção para quem prefere uma ferramenta mais simples, sem muitos recursos. Os dados ficam na nuvem e podem ser acessados também pelo
site. Disponível para
iOS e
Android.
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13. Minhas economias - Para alcançar objetivos
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13/17 (Reprodução)
O principal destaque da ferramenta é o chamado “Gerenciador de sonhos”. Ao informar uma meta, como a compra de um imóvel ou carro, e o seu custo estimado, o sistema calcula quanto será preciso poupar por mês e apresenta uma lista de dicas sobre como alcançar o objetivo. O recurso “Minhas Respostas” também permite solucionar dúvidas de finanças pessoais com os gerenciadores do app e outros usuários. Pode ser acessado pelo
site ou pelos apps para
Android e
iOS.
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14. Academia do Dinheiro - Para quem quer cortar os gastos por impulso
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14/17 (Reprodução)
A planilha da Academia do Dinheiro, elaborada pelo consultor financeiro Mauro Calil, divide as despesas entre: gastos necessários e gastos por impulso. A intenção é mostrar exatamente o peso que os gastos não essenciais têm no orçamento, facilitando o corte de despesas, se necessário. É uma planilha clássica, que concentra todos os tópicos em apenas uma aba de Excel. Ela traz sugestões dos tipos de gastos mais comuns, mas é possível inserir novas classes de despesa facilmente, já que a planilha deixa algumas linhas livres para isso.
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15. Organizze - Para quem busca o básico
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15/17 (Reprodução)
Com estrutura simples, o Organizze é ideal para quem quer anotar apenas o básico. Na versão gratuita, permite registrar receitas e despesas, oferece um resumo do orçamento e a visualização de um gráfico de entradas e saídas. A versão paga custa 9,90 reais por mês no pacote anual e oferece relatórios e seções dedicadas a metas, lançamentos futuros e cartões de crédito. Disponível para
iOS e
Android.
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16. Orçamento Inteligente - Para quem faz o orçamento em conjunto
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16/17 (Reprodução)
Inspirado no design do bloco de notas da Apple, o app Orçamento Inteligente se destaca por possibilitar a sincronização dos dados em diferentes aparelhos, permitindo que o orçamento seja compartilhado com toda a família. A versão gratuita é limitada a 30 transações. Disponível apenas para
iOS.
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17. Agora veja os itens de luxo que são caros até para quem ganha na loteria
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17/17 (Divulgação/JamesEdition)