Dólar: cotação da moeda americana oscila até 17% entre uma casa de câmbio e outra (stevanovicigor/Thinkstock)
Marília Almeida
Publicado em 2 de janeiro de 2018 às 05h00.
Última atualização em 2 de janeiro de 2018 às 05h00.
São Paulo - Um estudo da Meu Câmbio constatou que a variação de preço de moedas entre uma casa de câmbio para outra pode chegar a 70%.
Em outubro, dado mais recente da pesquisa, a moeda com a maior variação de preços encontrada (70%) foi o peso argentino, seguido do peso colombiano, com 55% e do peso uruguaio, com 37%.
Já a cotação do dólar americano pode variar até 17% entre as casas de câmbio e, o euro, 12%, segundo o site comparador de preços de moedas. A diferença entre as cotações praticadas no carregamento de cartões pré-pago é menor, mas ainda é relevante: oscila em até 15% para compra do Euro e 13% para a compra de dólar americano.
As casas de câmbio tendem a embutir nas cotações praticadas de dólar taxas que reflitam o custo de suas operações. Por isso o valor varia de um lugar a outro. Como a diferença pode ser grande, conforme mostra a pesquisa, vale a pena pesquisar qual é a melhor cotação.
O levantamento da Meu Câmbio foi feito com base no VET do Banco Central (BC), ferramenta que ranqueia instituições que comercializam moeda estrangeira, mostrando onde o custo da operação é mais vantajoso para o viajante.
Os valores que o BC divulga no ranking se referem a uma média das operações realizadas por cada corretora no mês anterior à publicação da lista. O número já inclui tarifas e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Veja abaixo os resultados completos da pesquisa feita pela Meu Câmbio em outubro tanto para moedas em espécie como cartões pré-pagos. As moedas estão ordenadas da maior para a menor variação encontrada:
Moeda em espécie | Variação máxima encontrada |
---|---|
Peso Argentino | 70% |
Peso colombiano | 55% |
Peso Uruguaio | 37% |
Peso chileno | 32% |
Peso mexicano | 30% |
Renminbi | 25% |
Rand | 25% |
Libra Esterlina | 20% |
Dólar canadense | 19% |
Dólar americano | 17% |
Dólar da Nova Zelândia | 14% |
Euro | 12% |
Franco suíço | 11% |
Dólar australiano | 10% |
Cartão pré-pago | Variação máxima encontrada |
---|---|
Euro | 15% |
Dólar australiano | 14% |
Dólar americano | 13% |
Peso Argentino | 12% |
Dólar canadense | 11% |
Libra Esterlina | 11% |
Dólar da Nova Zelândia | 8% |
Especialistas recomendam a compra dos dólares necessários para a viagem ou pagamento de contas no exterior em datas diferentes. Com isso, é possível aproveitar cotações variadas e minimizar os riscos.
Ao seguir a estratégia, não se deve fazer as compras aleatoriamente. É preciso se comprometer a comprar dólar sempre que houver algum movimento de queda. Será preciso, portanto, ficar atento ao noticiário.
Para quem está indo para o exterior, a recomendação é levar uma parte menor de recursos em dinheiro vivo e colocar a maior parte em um cartão pré-pago. O cartão protege em caso de roubo ou perda, já que pode ser facilmente bloqueado e substituído onde você estiver.
Os cartões possuem bandeiras diferentes, são aceitos em todo o mundo e podem ser solicitados em casas de câmbio, agências de intercâmbio, em sites ou por telefone.
A recarga pode ser feita remotamente e você consegue controlar o extrato de gastos online. Por isso, é uma opção também para os pais que estão mandando seus filhos para estudar no exterior.
É importante lembrar, porém, que o IOF cobrado nas recargas de dólar em cartões pré-pagos é de 6,38%, enquanto que a taxa para a compra da moeda em espécie é de 1,10%.