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Como me controlar e renegociar dívidas de mais de R$ 20 mil?

Internauta está angustiada com descontrole financeiro e diz ser tímida demais para renegociar dívidas

Antes de renegociar dívidas é aconselhável ter vários planos de pagamento em mente (Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2013 às 14h12.

Dúvida da internauta: De quatro anos para cá andei descontrolada. Gastava muito e ia pegando empréstimos sem parar, até que hoje as coisas ficaram muito difíceis de controlar. Sou tímida e não sei o que falar para renegociar minha dívida com o banco, de empréstimos no valor de 20 mil reais, mais cartão de crédito e cheque especial. Estou fora do eixo, não durmo mais de preocupação. Faço faculdade e pago todas as minhas contas sozinha, além de ajudar em casa quando meus pais precisam. No início do mês já não tenho mais dinheiro. O que fazer?

Resposta de Cássia d'Aquino:

O primeiro passo para ver sua vida financeira entrar nos trilhos é manter a calma. Reserve algum tempo para analisar friamente a situação. Faça uma lista de todas as dívidas que possui. Reúna os canhotos, faturas do cartão de crédito e comprovantes de outros tipos de dívidas (incluindo eventuais débitos com familiares ou amigos).

A partir dessa radiografia, esteja preparada para enfrentar a realidade: vencer as dívidas não é fácil. A despeito dos cortes nas despesas que deverão ser feitos, é possível que você vá precisar encontrar alguma fonte de renda suplementar que ajude a engordar os seus ganhos mensais. Além disso, não tenha receio em comunicar de maneira serena e clara sua situação financeira a seus pais. É preciso que eles compreendam e apoiem seu esforço para equacionar o problema.

Preparar-se com antecedência para negociar as dívidas aumentará suas chances de conseguir o deseja. Para que a negociação seja bem-sucedida, você não deve considerar apenas os seus próprios interesses. Concentre-se também em compreender o ponto de vista, as limitações e objetivos daqueles com os quais você irá negociar.

Para isso considere a hipótese de que o seu parceiro de negociação venha a discordar do plano de pagamento que você idealmente gostaria de propor. Para minimizar a chance de que esse desencontro paralise a negociação, imagine vários planos para quitação das dívidas. Em outras palavras, não basta ter um plano A. É preciso ter um B, C e, se possível, até um D para oferecer ao credor. Por fim, lembre-se que, embora possa ser tentador, prometer mais do se poderá cumprir é sempre uma péssima estratégia de negociação.

*Cássia D’Aquino é autora de diversos livros sobre educação financeira e consultora em projetos do Banco Central, Banco Nacional de Angola, BM&FBovespa, Febraban e United States Agency for International Development (USAID).

Dúvidas, críticas ou observações sobre esta resposta? Deixe seu comentário abaixo!

Envie outras perguntas sobre planejamento financeiro e poupança para seudinheiro_exame@abril.com.br.

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Resposta de Cássia d'Aquino:

O primeiro passo para ver sua vida financeira entrar nos trilhos é manter a calma. Reserve algum tempo para analisar friamente a situação. Faça uma lista de todas as dívidas que possui. Reúna os canhotos, faturas do cartão de crédito e comprovantes de outros tipos de dívidas (incluindo eventuais débitos com familiares ou amigos).

A partir dessa radiografia, esteja preparada para enfrentar a realidade: vencer as dívidas não é fácil. A despeito dos cortes nas despesas que deverão ser feitos, é possível que você vá precisar encontrar alguma fonte de renda suplementar que ajude a engordar os seus ganhos mensais. Além disso, não tenha receio em comunicar de maneira serena e clara sua situação financeira a seus pais. É preciso que eles compreendam e apoiem seu esforço para equacionar o problema.

Preparar-se com antecedência para negociar as dívidas aumentará suas chances de conseguir o deseja. Para que a negociação seja bem-sucedida, você não deve considerar apenas os seus próprios interesses. Concentre-se também em compreender o ponto de vista, as limitações e objetivos daqueles com os quais você irá negociar.

Para isso considere a hipótese de que o seu parceiro de negociação venha a discordar do plano de pagamento que você idealmente gostaria de propor. Para minimizar a chance de que esse desencontro paralise a negociação, imagine vários planos para quitação das dívidas. Em outras palavras, não basta ter um plano A. É preciso ter um B, C e, se possível, até um D para oferecer ao credor. Por fim, lembre-se que, embora possa ser tentador, prometer mais do se poderá cumprir é sempre uma péssima estratégia de negociação.

*Cássia D’Aquino é autora de diversos livros sobre educação financeira e consultora em projetos do Banco Central, Banco Nacional de Angola, BM&FBovespa, Febraban e United States Agency for International Development (USAID).

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