São Paulo - Além de poupar para investir e fazer seu dinheiro render, a outra forma de aumentar seu patrimônio, enriquecer e realizar seus projetos de vida é aumentando a quantidade de dinheiro que entra no seu bolso Mesmo quem já está satisfeito profissionalmente pode querer ou precisar de um reforço. Mas qual a melhor maneira de encontrar outra fonte de renda? E depois de estipulado o serviço e atividade que você vai vender, como colocar o seu preço?

Não se trata de abrir uma empresa após a aposentadoria ou uma startup ainda na adolescência. Ou mesmo de procurar um segundo emprego formal em outra área. Mas existem serviços que pessoas de todas as idades e níveis profissionais podem fazer para ganhar pequenas e até grandes quantias extras.

"Fazer dinheiro é fácil", acredita o consultor financeiro Mauro Calil, para quem o termo "fazer dinheiro" é mais adequado que "ganhar dinheiro", uma vez que o verbo ganhar dá ideia de algo que é dado, um presente, e não uma recompensa por um esforço. "Todo o seu conhecimento pode ser trocado por dinheiro. O que importa é a pessoa reconhecer suas habilidades, ter autoconfiança e se organizar minimamente para oferecer isso ao mercado de forma remunerada", diz Calil.

Para ele, qualquer um pode ter essa postura empreendedora - desde adolescentes habilidosos com tecnologia ou com tempo livre para desempenhar tarefas "chatas" a adultos e idosos que disponham de conhecimentos específicos decorrentes de sua profissão ou mesmo de sua experiência de vida. As possibilidades são inúmeras, variando em nível de dedicação e de remuneração. Em muitos casos, a renda extra pode passar até mesmo a ser a principal fonte de renda.

Adolescentes podem começar cobrando para ajudar outras pessoas a desempenhar certas tarefas no computador, lavando os carros de vizinhos ou promovendo um programa de inclusão digital dos idosos do seu condomínio; adultos podem cozinhar, organizar festas para conhecidos, vender trabalhos manuais, fazer pequenos reparos domésticos ou dar aulas particulares; os mais ambiciosos podem escrever livros, dar palestras e, dependendo do nível profissional, até fazer parte do conselho de uma empresa.

Mauro Calil conta a história de um executivo aposentado amigo seu que foi convidado por um executivo de uma multinacional a bater um papo sobre o setor em que havia atuado durante 35 anos. A conversa se daria em um almoço agendado por um headhunter (caçador de talentos). Inicialmente em dúvida sobre se deveria cobrar pela consultoria ou não, o consultor financeiro lembrou-lhe o valor de sua experiência naquele mercado. Resultado: o executivo aposentado acabou embolsando 30.000 reais pelo "bate-papo".

Guardadas as proporções, o megainvestidor Warren Buffett também faz algo parecido. Ciente do valor de seu conhecimento, Buffett promove um leilão anual, por alguns milhões de dólares, de sua ilustre presença em um almoço privado e informal com quem estiver disposto a pagar a bolada. A diferença é que, no caso do filantropo de 81 anos, o almoço é beneficente.

No vídeo a seguir, Mauro Calil sugere algumas formas para pessoas de todas as idades fazerem mais dinheiro e explica como precificar os seus serviços:

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