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Como ganhar com ações sem ser especialista (e ainda dormir tranqüilo)

A melhor aplicação é aquela que nos deixa seguros. Ter certeza de que não estamos colocando em risco nossa saúde financeira é essencial para que possamos evoluir como investidores. Aplicar em ativos de renda fixa no Brasil, historicamente, sempre foi uma alternativa atraente, já que tivemos uma década de juros extremamente altos. Hoje, mesmo com […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 11h32.

A melhor aplicação é aquela que nos deixa seguros. Ter certeza de que não estamos colocando em risco nossa saúde financeira é essencial para que possamos evoluir como investidores. Aplicar em ativos de renda fixa no Brasil, historicamente, sempre foi uma alternativa atraente, já que tivemos uma década de juros extremamente altos. Hoje, mesmo com a trajetória de queda dos juros, esta ainda é uma alternativa a se considerar, principalmente para aquela aplicação conservadora. Fundos DI garantem que seu dinheiro terá, ao menos, a rentabilidade dos juros básicos da economia - em caso de emergência, é esse o dinheiro a ser sacado, fácil e sem perdas.

No entanto, é cada vez mais importante considerar outros investimentos além do tradicional fundo DI, porque diversificar faz diferença nos retornos das aplicações - especialmente num cenário de juros em queda. Ativos de renda variável, commodities e derivativos saltam à vista quando olhamos sua rentabilidade no tempo, mas também abrem um leque tão grande de possibilidades que acaba confundindo e tirando o sono do investidor na hora de decidir qual aplicação fazer.

A questão fundamental para se ter um bom retorno com ativos menos conservadores é tempo - quanto maior o prazo do investimento, melhor. Se essa classe de ativos pode lhe propiciar ganhos relevantes no longo prazo, pode também gerar perdas expressivas no curto prazo. Além disso, é preciso estar a par do que se passa na economia. Por quê? Se, ao comprarmos uma ação, estamos comprando um pedaço de uma empresa, o preço dessa ação é formado não só pelo histórico e pelo que a empresa é hoje, mas também pelas perspectivas que existem para o setor de que faz parte.

Por exemplo, sabemos que a economia mundial deverá crescer, em 2007, em um ritmo menor que o observado nos últimos três anos. A conseqüência será um impacto moderado sobre os preços das commodities e sobre o fluxo de capitais para países emergentes. Ao mesmo tempo, no Brasil, espera-se que a renda per capita continue em alta e os juros, em baixa. Esse cenário indica que os setores econômicos irão performar de formas diferentes. Os bancos e as empresas ligadas ao consumo interno devem continuar fortes, mas as exportadoras não devem apresentar resultados tão bons.

Hoje, a forma mais difundida de se investir em ações ou derivativos é por meio das corretoras de valores. Em algumas delas, existe uma equipe de análise que pode auxiliar o investidor a alocar seus recursos e também alertá-lo na tomada de posições de risco. A taxa de corretagem é importante para quem quer girar muito (isto é, fazer muitas operações de compra e venda) e a taxa de custódia passa a ser importante para aqueles que querem aplicar pouco, porque é um valor fixo cobrado mensalmente. É importante pesquisar quais são essas taxas e saber quais os serviços a corretora oferece, porque isso também pode fazer diferença no retorno das aplicações.

Comece aplicando pouco, vá testando as possibilidades, descubra qual perfil se ajusta mais a você. Converse com os analistas - e sempre tenha em mente que é necessário tempo para que investimentos em renda variável maturem. Em algum tempo, aplicar em ações passa a ser algo natural, apenas uma diversificação do portfólio - e o sono volta a ser tranqüilo.

Marianna Costa, economista da Link Corretora

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