Como funciona a 1ª loja de fundos do Brasil
Órama cria plataforma on-line em que investidor pode aplicar a partir de 5.000 reais em 20 fundos de ações ou multimercados de algumas das melhores gestoras do país
Da Redação
Publicado em 5 de janeiro de 2012 às 19h48.
São Paulo – Ao contrário do que acontece na Europa e nos Estados Unidos, o mercado brasileiro de fundos de investimento ainda está bastante concentrado nas mãos de grandes bancos de varejo como Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander. Dentro do universo de fundos de ações, no entanto, foram os produtos oferecidos por gestoras de recursos independentes que apresentaram os melhores resultados tanto em 2010 quanto no primeiro semestre deste ano .
Mas por que o brasileiro não escolhe os fundos com histórico de maior rentabilidade na hora de investir? Uma das explicações é a exigência de uma aplicação inicial elevada que restringe o acesso da maioria das pessoas físicas. Alguns dos fundos com os melhores resultados do mercado só permitem a aplicação de quem está disposto a aportar ao menos 100.000, 500.000 ou até mesmo 1 milhão de reais.
É para superar essa barreira que foi criada a Órama, uma espécie de “loja de fundos de investimentos” virtual em que o investidor pode contratar gestores de casas renomadas como Gávea, BNY Mellon, GAP, Opportunity, JGP, Kadima, Claritas, Quest e Investidor Profissional. Muitas corretoras do mercado brasileiro já distribuem as quotas desses fundos a seus clientes. O que diferencia a Órama é que o investidor, que necessitaria de até 300.000 reais para entrar em apenas um dos fundos oferecidos, só precisará ter no bolso 5.000 reais para fazer isso com a Órama.
Para escapar da restrição aos pequenos investidores, a Órama cria um fundo que investe em quotas dos fundos das demais gestoras. Se apenas uma pessoa quiser investir, por exemplo, 5.000 reais em um fundo da Gávea que exige a aplicação mínima de 300.000 reais, a própria Órama aportará os outros 295.000 reais necessários para que o negócio seja possível. “Se o investidor quiser aplicar nos 20 fundos que distribuímos, teria de desembolsar mais de 1,5 milhão de reais”, diz Guilherme Horn, CEO da Órama. “Conosco, ele pode fazer o mesmo com 100.000 reais.”
Os fundos distribuídos pela Órama são de ações ou multimercados, categorias consideradas por especialistas de risco alto e médio, respectivamente. Para que o investidor corra menos riscos, a Órama analisou o histórico de resultados, os procedimentos internos e a volatilidade de mais de 200 fundos e selecionou os 20 melhores para oferecê-los aos clientes. “Todos eles já atravessaram diversas crises com resultados consistentes”, diz Horn. O investidor também deve fazer sua parte e, para correr menos riscos, só deve investir nesse tipo de aplicação o dinheiro que não precisará usar no curto prazo.
A cada mês, o comitê de gestão da Órama analisará a entrada de novos fundos na plataforma. Fundos com excelente reputação no mercado que estão atualmente fechados para captação, como o CSHG Verde ou o Dynamo Cougar, também poderão ser incluídos se, em algum momento no futuro, voltarem a buscar dinheiro de novos investidores.
A única diferença entre aplicar nesses fundos pela plataforma da Órama ou diretamente é o custo. A Órama cobra 0,6% de taxa anual de administração. As demais características de cada um dos 20 fundos são replicadas fielmente. Ou seja, o investidor também tem de pagar as taxas de administração e de performance do fundo original, assim como respeitar os prazos de carência para resgates.
Para Guilherme Horn, da Órama, ainda assim os custos são interessantes para pessoas físicas. “Os fundos de ações dos grandes bancos costumam cobrar 4% de taxa de administração para pequenas aplicações. Mesmo somando nossa comissão, os fundos que oferecemos podem cobrar menos do que isso.”
A Órama se inspirou em duas empresas para lançar o serviço. A primeira é a Ágora, corretora que teve o próprio Horn como sócio até 2008, quando foi comprada pelo Bradesco. Uma das pioneiras no home broker, a Ágora já foi a maior corretora do Brasil entre pessoas físicas justamente por investir em um modelo baseado na intermediação de negócios com ações pela internet. “Queremos fazer no mercado de fundos o mesmo que fizemos na Ágora com o home broker”, diz Horn.
A outra fonte de inspiração foi a americana Fidelity, que tem um modelo de negócios semelhante ao da Órama, mas em uma escala impressionante – no total, são distribuídos mais de 4.000 fundos para mais de 20 milhões de clientes. Em suas primeiras três semanas de vida, a Órama captou 10 milhões de reais junto a 180 quotistas. “Com a queda das bolsas, os preços das ações ficaram bem interessantes”, diz Horn. “Acredito que nossa plataforma poderá crescer muito nos próximos anos.”
São Paulo – Ao contrário do que acontece na Europa e nos Estados Unidos, o mercado brasileiro de fundos de investimento ainda está bastante concentrado nas mãos de grandes bancos de varejo como Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander. Dentro do universo de fundos de ações, no entanto, foram os produtos oferecidos por gestoras de recursos independentes que apresentaram os melhores resultados tanto em 2010 quanto no primeiro semestre deste ano .
Mas por que o brasileiro não escolhe os fundos com histórico de maior rentabilidade na hora de investir? Uma das explicações é a exigência de uma aplicação inicial elevada que restringe o acesso da maioria das pessoas físicas. Alguns dos fundos com os melhores resultados do mercado só permitem a aplicação de quem está disposto a aportar ao menos 100.000, 500.000 ou até mesmo 1 milhão de reais.
É para superar essa barreira que foi criada a Órama, uma espécie de “loja de fundos de investimentos” virtual em que o investidor pode contratar gestores de casas renomadas como Gávea, BNY Mellon, GAP, Opportunity, JGP, Kadima, Claritas, Quest e Investidor Profissional. Muitas corretoras do mercado brasileiro já distribuem as quotas desses fundos a seus clientes. O que diferencia a Órama é que o investidor, que necessitaria de até 300.000 reais para entrar em apenas um dos fundos oferecidos, só precisará ter no bolso 5.000 reais para fazer isso com a Órama.
Para escapar da restrição aos pequenos investidores, a Órama cria um fundo que investe em quotas dos fundos das demais gestoras. Se apenas uma pessoa quiser investir, por exemplo, 5.000 reais em um fundo da Gávea que exige a aplicação mínima de 300.000 reais, a própria Órama aportará os outros 295.000 reais necessários para que o negócio seja possível. “Se o investidor quiser aplicar nos 20 fundos que distribuímos, teria de desembolsar mais de 1,5 milhão de reais”, diz Guilherme Horn, CEO da Órama. “Conosco, ele pode fazer o mesmo com 100.000 reais.”
Os fundos distribuídos pela Órama são de ações ou multimercados, categorias consideradas por especialistas de risco alto e médio, respectivamente. Para que o investidor corra menos riscos, a Órama analisou o histórico de resultados, os procedimentos internos e a volatilidade de mais de 200 fundos e selecionou os 20 melhores para oferecê-los aos clientes. “Todos eles já atravessaram diversas crises com resultados consistentes”, diz Horn. O investidor também deve fazer sua parte e, para correr menos riscos, só deve investir nesse tipo de aplicação o dinheiro que não precisará usar no curto prazo.
A cada mês, o comitê de gestão da Órama analisará a entrada de novos fundos na plataforma. Fundos com excelente reputação no mercado que estão atualmente fechados para captação, como o CSHG Verde ou o Dynamo Cougar, também poderão ser incluídos se, em algum momento no futuro, voltarem a buscar dinheiro de novos investidores.
A única diferença entre aplicar nesses fundos pela plataforma da Órama ou diretamente é o custo. A Órama cobra 0,6% de taxa anual de administração. As demais características de cada um dos 20 fundos são replicadas fielmente. Ou seja, o investidor também tem de pagar as taxas de administração e de performance do fundo original, assim como respeitar os prazos de carência para resgates.
Para Guilherme Horn, da Órama, ainda assim os custos são interessantes para pessoas físicas. “Os fundos de ações dos grandes bancos costumam cobrar 4% de taxa de administração para pequenas aplicações. Mesmo somando nossa comissão, os fundos que oferecemos podem cobrar menos do que isso.”
A Órama se inspirou em duas empresas para lançar o serviço. A primeira é a Ágora, corretora que teve o próprio Horn como sócio até 2008, quando foi comprada pelo Bradesco. Uma das pioneiras no home broker, a Ágora já foi a maior corretora do Brasil entre pessoas físicas justamente por investir em um modelo baseado na intermediação de negócios com ações pela internet. “Queremos fazer no mercado de fundos o mesmo que fizemos na Ágora com o home broker”, diz Horn.
A outra fonte de inspiração foi a americana Fidelity, que tem um modelo de negócios semelhante ao da Órama, mas em uma escala impressionante – no total, são distribuídos mais de 4.000 fundos para mais de 20 milhões de clientes. Em suas primeiras três semanas de vida, a Órama captou 10 milhões de reais junto a 180 quotistas. “Com a queda das bolsas, os preços das ações ficaram bem interessantes”, diz Horn. “Acredito que nossa plataforma poderá crescer muito nos próximos anos.”