(Exame/Exame)
Da Redação
Publicado em 7 de agosto de 2020 às 15h24.
Última atualização em 7 de agosto de 2020 às 16h50.
Uma das principais dúvidas do investidor iniciante diante do crescente número de opções de aplicações que estão ao alcance do brasileiro hoje em dia é como distribuir seus recursos entre renda fixa, variável, fundos, Tesouro Direto, ações, debêntures...
Mas, se não existe uma carteira ideal a ser seguida por todos os investidores — já que a alocação depende do perfil e dos objetivos e de cada um —, há, sim, um bom método para fazer essa distribuição, como ensina o educador financeiro André Bona. "Sempre vão acontecer crises e o mercado pode subir e descer. Com uma alocação adequada, porém, o investidor pode dormir tranquilo. Não vai tomar decisões precipitadas", diz Bona, professor do curso Manual do Investidor.
O primeiro passo nessa estratégia é entender qual é seu perfil de investidor. Ao abrir uma conta em um banco ou uma corretora, o novato é convidado a preencher um questionário que vai identificar seu apetite para risco. O questionário é importante porque, quando depara com as classificações "conservador", "moderado" e "arrojado", uma boa parte dos investidores prefere se ver como arrojado — sem saber exatamente que isso significa estar disposto a correr mais riscos de perder dinheiro e a enfrentar a volatilidade típica de determinados ativos.
Depois, é preciso estabelecer quais são os objetivos do investimento. Os de curto prazo, que devem ser realizados em até dois anos; os de médio, em um período de dois a cinco anos; e os de longo prazo, de cinco em diante. Na primeira categoria, entra, por exemplo, a viagem de férias; na segunda, um curso de pós-graduação; na terceira, a faculdade dos filhos e a aposentadoria.
Somente a partir daí se deve escolher as aplicações. "Cada produto de investimento tem uma serventia. Alguns são mais adequados para o curto prazo e outros, para o longo", diz Bona.
Por mais arrojado que seja o perfil, antes de começar a pensar em aplicar seu dinheiro para alcançar seus objetivos de consumo e qualidade de vida, o investidor precisa construir uma reserva de emergência. Bona recomenda que seja equivalente ao montante de seis a 12 meses de salário do investidor. Caso surja uma grande despesa imprevista ou o tralhador perca o emprego, consegue se manter com tranquilidade até se reorganizar financeiramente. Essa reserva deve ser colocada em uma aplicação de renda fixa com possibilidade de resgate rápido.
O passo seguinte é fazer uma lista de todos os projetos e do dinheiro necessário para executar cada um. Via de regra, quanto mais curto o prazo para realizar, mais significativa deve ser a parcela de investimento em renda fixa. "Assim, no começo, é normal que a proporção da alocação em renda fixa seja maior. Com o passar do tempo, a fatia da renda variável do patrimônio aumenta. No final da vida, quando se vai usufruir dos recursos guardados para a aposentadoria, a porcentagem colocada em renda fixa volta a crescer", afirma Bona.
Para aprender a escolher os investimentos mais adequados ao seu perfil e aos seus objetivos, faça o curso Manual do Investidor!