Minhas Finanças

Como diversificar aplicações em renda fixa?

Leitor tem 100.000 reais na poupança e quer conhecer outras alternativas de investimentos

Dizendo-se conservador, leitor quer saber quais seriam as estratégias mais seguras

Dizendo-se conservador, leitor quer saber quais seriam as estratégias mais seguras

DR

Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2012 às 11h00.

Dúvida do internauta: Moro nos Estados Unidos e voltarei ao Brasil somente em dois anos. Tenho 100.000 reais investidos em poupança, mas há tempos vivo com a sensação de que deveria estar diversificando entre outras modalidades de renda fixa, como em letras do Tesouro Nacional. Meu perfil é extremamente conservador e devido às recentes discussões sobre as mudanças na caderneta de poupança, eu gostaria de saber como fazer para melhor destinar/administrar esta quantia durante estes meus anos no exterior, de forma a assegurar rendimentos sólidos.

Resposta de Fabiano Pessanha*:

A partir do dia 4 de maio, para todo recurso novo depositado na poupança, toda vez que a Taxa Selic cair para patamares inferiores a 8,5% ao ano, a poupança passa a remunerar seus aplicadores com 70% da Selic ao ano mais TR (Taxa Referencial). Porém, caso a Selic volte a ficar acima de 8,5% a.a., a regra permanece a mesma: TR mais 0,5% ao mês.

Após esta alteração da caderneta de poupança muitos são os investidores que estão se sentindo “órfãos” em seus investimentos, sem saber exatamente como ponderar a melhor alocação para seu perfil de investidor. E o patrimônio destes órfãos é imenso, são aproximadamente 450 bilhões de reais.

Mas será que este é o momento de tirar todos os recursos da poupança e aplicar em outros investimentos?

A resposta é sim! A mudança da poupança foi estabelecida para um novo patamar da economia brasileira, com juros bastante inferiores aos praticados até poucos anos atrás, se aproximando da realidade mundial.

E com essa nova realidade se faz preponderante a reorganização de seu portfólio de investimentos, com o objetivo de ter melhores ganhos reais.

Para o seu perfil de investidor, e mesmo considerando que você não seja influenciado pela alteração da rentabilidade da poupança, acredito ser uma boa diversificação alocar os recursos da seguinte maneira:

  •  60% do patrimônio alocado em Fundos de Renda Fixa DI ou Crédito Privado com rentabilidades acima de 98% ou 105%, respectivamente, e taxas de administração inferiores a 1% ao ano;
  • 30% do patrimônio alocado em LFTs cuja rentabilidade segue a variação da taxa Selic;
  • 10% do seu patrimônio alocado em uma boa carteira de ações de empresas pagadoras de dividendos, que estejam inseridas na economia brasileira, mas que tenham uma boa previsibilidade de geração de caixa. Uma boa opção é identificar fundos de ações classificados como DIVIDENDOS, que tenham histórico superior a dois anos, com rentabilidades acima do Ibovespa, e com dividend yield acima de 6% ao ano, o que garantiria um fluxo positivo a seus investimentos;

Com esta alocação de seus ativos considero você razoavelmente bem posicionado para qualquer cenário de mudança da taxa de juros no Brasil, mas não deixando de aproveitar o crescimento da economia brasileira de forma conservadora, iniciando com um pequeno patrimônio a sua diversificação patrimonial com a inclusão de um fundo de renda variável.

*Fabiano Pessanha, CFP é gerente comercial da Geração Futuro Corretora de Valores e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner) concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF).

Dúvidas, observações ou críticas sobre esta resposta de especialista? Deixe seu comentário abaixo!

Envie outras perguntas sobre aposentadoria para seudinheiro_exame@abril.com.br.

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasImigraçãoPoupançarenda-fixa

Mais de Minhas Finanças

Veja o resultado da Mega-Sena concurso 2751: prêmio acumulado é de R$ 51,9 milhões

Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio acumulado em R$ 53 milhões

Mega-Sena acumulada: quanto rendem R$ 53 milhões na poupança

Bancos brasileiros apresentam instabilidade após 'apagão cibernético' desta sexta-feira

Mais na Exame