Minhas Finanças

Começa hoje a venda de ações do BB com FGTS

São Paulo, 5 de novembro (Portal EXAME) Começa hoje e vai até o dia 28/11 a oferta pública de um lote de ações ordinárias (ON) do Banco do Brasil. A oferta corresponde a 17,8% do capital do banco. A operação marca a entrada do Banco do Brasil no Novo Mercado da Bolsa de Valores de […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

São Paulo, 5 de novembro (Portal EXAME) Começa hoje e vai até o dia 28/11 a oferta pública de um lote de ações ordinárias (ON) do Banco do Brasil. A oferta corresponde a 17,8% do capital do banco.

A operação marca a entrada do Banco do Brasil no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que reúne empresas com alto nível de governança corporativa. Para entrar no Novo Mercado, o banco teve de transformar todas as suas ações em papéis com direito a voto, ou seja, ações ordinárias. Outra condição é que um quarto do capital do banco esteja circulando no mercado de capitais. Atualmente, só 7,2% das ações do BB estão no mercado, por isso a oferta será de 17,8% do capital. Mesmo depois disso, a União continuará sendo o acionista controlador do banco, detendo 60,9% do capital total.

As principais características na oferta são:

  • as pessoas físicas poderão aplicar em dinheiro ou com recursos do FGTS;
  • venda será por meio da rede de bancos e demais instituições financeiras;
  • aplicações em fundos de ações e fundos de investimentos podem ser feitas a partir de 300 reais;
  • as aplicações em dinheiro poderão ter desconto de 5%;
  • se o investidor aplicar em dinheiro e fizer a opção pelo desconto, não poderá sair do investimento pelo período de oito meses (quando cotista de fundos), ou seis meses (no caso de compra direta de ações);

    A oferta para o varejo terá prioridade sobre a institucional, o que significa que para ela serão destinados no mínimo 70% das ações que serão ofertadas.

    O preço das ações só será definido após o encerramento da oferta e será definido levando em consideração a cotação das ações que já estão na Bovespa e os valores propostos pelos grandes investidores que participam da operação.

    A oferta pública, liderada pelo banco de investimento Credit Suisse First Boston, será de 131,48 bilhões de ações, que correspondem a 17,7% de seu capital total. Cada investidor poderá gastar no mínimo 300 reais e no máximo 100 000 reais na compra. A operação deve render 1,2 bilhão de reais para os cofres da União.

    O trabalhador poderá comprar as ações com o dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Mas, de acordo com as regras do processo, o uso do FGTS será bastante limitado. A julgar pelas experiências anteriores de oferta pública de ações, da Vale do Rio Doce e da Petrobras, o limite será severo. Primeiro que o máximo de utilização é de 50% do saldo da conta. Quem já participou das operações anteriores terá de descontar a quantia utilizada para saber qual será seu teto.

    O segundo fator limitante para a utilização do FGTS é que valor máximo para essa modalidade de compra foi estabelecido em 500 milhões de reais. Se os pedidos ultrapassarem o teto, haverá um rateio entre todos os investidores. É de esperar que isso aconteça. Na venda das ações da Vale, o limite do FGTS era de 1 bilhão de reais. Os pedidos totalizaram 3,4 bilhões de reais. O resultado é que cada trabalhador só pôde investir menos de um terço do que pretendia.

    Ao contrário do que aconteceu nas ofertas da Petrobras e da Vale, o investidor que utilizar o FGTS não terá direito a nenhum desconto, só para compras em dinheiro. Na Petrobras, o investidor pagou 20% menos e, na Vale, 5%. Desta vez, só terá direito a desconto, de 5%, quem comprar com dinheiro à vista.

    A vantagem da utilização do FGTS é que o trabalhador deixa de estar submetido às regras de correção que regem esse fundo. No FGTS, o dinheiro é corrigido pela taxa referencial (TR) mais 3% de juros ao ano. Isso totaliza cerca de 5% ao ano, menos que a caderneta de poupança, que está rendendo 8% ao ano. Por esse motivo, o FGTS é considerado o pior dos investimentos de renda fixa em termos de rentabilidade.

    Tirando o dinheiro dali, o investidor tem a chance de buscar rendimento na bolsa de valores. Nada garante que a aplicação superará os 5% ao ano. Lembre-se de que, na bolsa, a renda é variável. Nos últimos seis meses, os fundos FGTS-Petrobras perderam mais de 20% de seu valor. Mesmo assim, os analistas recomendam o investimento. Bater o FGTS é covardia , diz André Querne, da corretora carioca Máxima.

    Mesmo que o desempenho das ações do Banco do Brasil deixe a desejar, passados seis meses você poderá migrar para outro fundo FGTS. Hoje, existem fundos que contêm ações da Petrobras e da Vale do Rio Doce, além de outros com composição mais diversificada. Em último caso, se você não gostar da experiência, poderá voltar com o dinheiro para o FGTS, o que é permitido decorridos 12 meses do início da operação. Quem aplicou nos fundos FGTS-Vale, por exemplo, só poderá voltar para o FGTS em março de 2003. Mas, uma vez feita a opção da volta, para tirar o dinheiro novamente será preciso esperar outra venda de ações. Que, dependendo da orientação do novo governo, que irá assumir no ano que vem, poderá demorar a acontecer.

  • Acompanhe tudo sobre:[]

    Mais de Minhas Finanças

    Veja o resultado da Mega-Sena concurso 2758; prêmio acumulado é de R$ 11 milhões

    Lucro de R$ 15,1 bilhões do FGTS será distribuido entre os trabalhadores; veja como consultar saldo

    CPF na nota? Nota Fiscal Paulista abre consulta para sorteio de R$ 1 milhão em agosto

    Mais na Exame