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Com diesel em falta em postos de gasolina no Rio, litro chega a R$ 5,20

No quarto dia da greve dos caminhoneiros, o diesel em postos do Rio de Janeiro chega a ter um aumento de quase 30%

Gasolina: Antes da greve começar, mesmo o aditivado, não passava de R$ 4, afirma marador do Rio (Ricardo Moraes/Reuters)

Gasolina: Antes da greve começar, mesmo o aditivado, não passava de R$ 4, afirma marador do Rio (Ricardo Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de maio de 2018 às 12h16.

Última atualização em 24 de maio de 2018 às 15h14.

Rio - Depois de percorrer mais de 15 postos de combustível em busca de diesel para duas vans, os irmãos Marcio e Pedro Melo desistiram de abastecer no Posto Nova Maracanã Santa Filomena, na rua General Canabarro, no Maracanã. O motivo: o estabelecimento, que tem bandeira BR e funciona ao lado de uma das sedes da Petrobras, está cobrando R$ 5,20 pelo diesel que, no começo da semana, custava cerca de R$ 4,00.

Os irmão vieram de Belford Roxo e chegaram a achar diesel por R$ 4,40 em um posto da Avenida Brasil, mas também consideraram caro e continuaram as buscas. com isso, uma das vans, que eles usam para transporte de carga, já ficou parada hoje.

"Antes dessa greve começar, mesmo o aditivado, era R$ 3,80. Não passava de R$ 4", afirma Pedro, que está rodando a cidade com um galão para levar combustível para a van parada.

No mesmo posto, o motorista Jorge Neves, da empresa Aspa Cosmético, preferiu completar o tanque de diesel, apesar do preço quase 30% maior. "Tem que fazer as entregas. Ontem, tive que voltar de Niterói porque os caminhoneiros não estão deixando passar", disse.

Perto dali, na feira livre da rua Morais e Silva, ainda não falta produto, mas os feirantes dizem que estão consumindo os estoques e que podem ter que parar amanhã ou sábado por falta de produtos. Um deles, que não quis se identificar, afirmou que consegue coco verde, mas precisa pagar mais caro.

O feirante Sergio Roberto, que trabalha com cebolas, batatas, alho e ovos, manteve os preços da semana passada, mas disse que vai parar de trabalhar se tiver que comprar um saco de batata a R$ 400, preço praticado na quarta-feira na maior central de abastecimento do Rio.

"Isso está parecendo a época do Sarney. Era pequeno, mas lembro das pessoa invadindo a kombi dos meus pais", disse, citando a época em que os produtos sumiram das prateleiras em boicote ao congelamento de preços do plano Cruzado 2, no governo do ex-presidente, José Sarney.

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