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Brasil vai baixar mais os juros apesar de turbulência, dizem especialistas

Dois dos maiores especialistas em mercados emergentes dizem a EXAME que a volatilidade no mercado não impede a manutenção dos juros em queda no Brasil

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

A forte oscilação nas cotações dos ativos observada desde a semana passada nos mercados mundiais não fará com que o Banco Central deixe de reduzir a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic). Essa é a opinião de dois renomados economistas ouvidos pelo Portal EXAME: Antoine van Agtmael, responsável por tornar moda o termo "mercados emergentes" durante a década de 80, e John Williamson, considerado o pai do "Consenso de Washington", um receituário de recomendações liberais para países emergentes.

Williamson, também membro do Instituto de Economia Internacional e ex-funcionário do Banco Mundial e do FMI, disse que "seria um erro" o Brasil manter as taxas de juros altas apenas porque o cenário externo começa a parecer um pouco menos otimista. "A conseqüência de juros menores poderia ser uma economia mais competitiva, o que seria um benefício, e não um custo".

Nos EUA, ao contrário, Wiiliamson acredita que ainda não chegou a hora de o Federal Reserve (banco central americano) começar a baixar a taxa básica, já que a economia americana continua forte, na opinião dele.

Para Van Agtmael, gestor de bilhões de dólares em mercados emergentes, a turbulência nas Bolsas deve tornar bancos centrais de todo o mundo mais cautelosos. Ele acredita, entretanto, que o Brasil ainda é um dos poucos países que tem espaço para novos cortes, ainda que o ritmo da queda seja diminuído nos próximo meses.

Na semana passada, o Banco Central divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que foi entendida no mercado como um sinal de que os próximos cortes de juros poderão ser de só 0,25 ponto percentual - e não mais de 0,5 ponto como nos encontros recentes. O BC acredita que a recente flexibilização da política monetária ainda não surtiu todos seus efeitos sobre a economia, que vive um momento de expansão.

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