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Bovespa termina o dia em forte queda, de 2,64%

No ano, a Bolsa acumula queda de 4,73% e continuação do cenário de incertezas é uma promessa para os próximos dias

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

A Bovespa seguiu novamente a volatilidade do cenário externo nesta sexta-feira (2/3), sofrendo um pouco mais do que as bolsas norte-americanas por conta também da queda das commodities metálicas. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, registrou perda de 2,64% e fechou aos 42.370 pontos. No ano, a Bolsa acumula queda de 4,73%.

A continuação do cenário de incertezas é uma promessa para os próximos dias. A correção da exuberância anterior nos mercados globais continua forte, ao lado das preocupações com a economia norte-americana, que está perdendo força, e com a China, que na terça-feira deflagrou uma turbulência nos mercados ao redor do mundo.

As perdas nas Bolsas de Nova York não foram pequenas: o índice Dow Jones caiu 0,98%, o Nasdaq recuou 1,51% e o S&P 500 cedeu 1,14%. Além da influência norte-americana, a Bovespa sentiu o peso da queda dos metais básicos. O zinco, por exemplo, despencou quase 10%. Pressionada pelo cenário externo e pela desvalorização dos metais, a ação Vale do Rio Doce PNA caiu 3,11%, para R$ 59,20. Petrobras PN, a ação de maior peso no Ibovespa, recuou 3,05%, para R$ 41,06. O petróleo cedeu 0,58% em Nova York, para US$ 61,64 por barril.

O Ibovespa oscilou entre a estabilidade e a mínima de -2,80%. O volume negociado totalizou R$ 4,47 bilhões.

Segundo operadores, não há como a Bovespa ter comportamento adverso; se os mercados piorarem, a bolsa paulista vai junto; se houver uma melhora, também pode acompanhar.

A questão é que o dinheiro estrangeiro está batendo em retirada e os investidores locais não vão remar contra a maré.

No dia do pânico, na terça-feira (27/2), os investidores estrangeiros retiraram R$ 222,483 milhões da Bovespa e o mercado desabou 6,63%. A movimentação de capital externo desse dia representou a maior saída não só de fevereiro, mas também desde 12 de janeiro, quando a perda somou R$ 260,941 milhões. O superávit do mês recuou para R$ 599,245 milhões. No ano, há déficit de R$ 665,257 milhões.

Já a saída do diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Afonso Bevilaqua, não está sendo muito comentada nas mesas de renda variável. Pode ser um pretexto a mais para movimentação no mercado de juros, mas, como era algo esperado há tempos, em princípio não está merecendo destaque na Bovespa.

Europa

As bolsas européias tiveram a pior semana desde o começo da guerra do Iraque há quatro anos, pressionadas por preocupações que vão desde a economia da China até o mercado hipotecário dos EUA. Nesta sexta-feira (2/3), o índice CAC-40, de Paris, caiu 0,6% para 5.424,70 pontos, o DAX 30, de Frankfurt, fechou em baixa de 0,6%, em 6.603,32 pontos. O FTSE-100, de Londres, terminou inalterado em 6.116,20 pontos. Na semana, o declínio foi de quase 6%.

O corretor Jeremy Batstone, da Charles Stanley Securities em Londres, disse que é muito cedo para dizer se o mercado bateu no fundo do poço. Os investidores ainda estão nervosos com uma série de fatores, como as quedas no mercado acionário da China, os problemas com as hipotecas subprime (as concedidas a clientes de maior risco a juros mais altos) nos EUA e com uma desaceleração econômica global. Vários executivos de corporações dos EUA recentemente alertaram para uma desaceleração nos lucros nos próximos meses, disse Batstone. Uma correção era esperada há algum tempo, reiterou o co-fundador da Seven Investment Management Justin Urquhart Stewart.

Em Frankfurt, a Deutsche Telekom caiu 2,4%. O Merrill Lynch rebaixou a recomendação para a empresa de neutra para venda, citando a deterioração de resultados e a falta de medidas de corte de custos. A SAP caiu 2,2, devolvendo parte dos ganhos da sessão anterior.

Em Paris, a Lagardère liderou as quedas, declinando 5,5%, numa correção da alta de quinta-feira (1º/3). A EADS, proprietária da Airbus, caiu 4% depois que a UPS cancelou formalmente sua encomenda de aviões A380. Ontem, a Airbus disse que suspenderia os trabalhos com a versão para frete do A380 para se concentrar na versão para passageiros.

Em Lisboa, o índice PSI-20 fechou em baixa de 0,8%, em 11.599,42 pontos.  Na bolsa de Madrid, o IBEX-35 fechou em queda de 0,7%, em 13.962,2 pontos, perdendo mais de 5% na semana.

Com informações da Agência Estado

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