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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
O Banco Central anunciou nesta quarta-feira (7/1) as regras por meio das quais vai intervir no mercado de câmbio. Em vez de simplesmente contatar os bancos cadastrados para operar nesse mercado - conhecidos como dealers de câmbio - e lançar ordens de compra e venda de dólares, a mesa de câmbio do BC vai retomar uma prática muito comum anteriormente à estabilização da moeda em 1994: os leilões de compra e venda simultâneas - conhecidos no jargão de mercado como "go-arounds".
A reação à decisão do BC foi uma reversão imediata no movimento do dólar. Na véspera, quando anunciou que passaria a comprar dólares, o BC justificou uma alta das cotações no início do dia. No instante de maior alta, o dólar foi negociado a 2,88 reais. À tarde, quando anunciou a metodologia de intervenção, o BC provocou uma forte volatilidade no câmbio. O dólar caiu a um mínimo de 2,857 reais, e fechou levemente acima desse patamar, a 2,86 reais, com queda de 0,24% em relação à terça-feira.
Profissionais do mercado de câmbio teceram algumas críticas à forma como o BC comunicou sua decisão ao mercado. Na avaliação de um operador, o fato de o BC ter dito que realizará leilões estabeleceu - na cabeça do mercado - um sistema informal de piso e teto para o câmbio. Parece que voltamos ao tempo das minibandas, que valeu até 1999 , disse o operador. Com isso, os bancos e tesourarias, os mais ativos hoje no mercado, dado o pouco movimento das empresas, passaram a testar qual seria o piso do dólar. Como a tendência prevista para a moeda a curtíssimo prazo é de baixa, o mercado iniciou uma de suas costumeiras quedas-de-braço com o BC. Vamos ver a que preço o BC compra , disse outro profissional