As ações mais recomendadas para julho, segundo 20 corretoras

São Paulo - As ações do Itaú Unibanco lideram as recomendações das corretoras para o mês de julho. Os papéis do banco foram incluídos em 14 das 20 carteiras recomendadas de ações recebidas por EXAME.com.

Em segundo lugar, aparecem as ações da Ambev , indicada por 12 corretoras. Na terceira posição, ficaram os papéis do BB Seguridade , recomendados por 11 instituições financeiras.

Em junho, o Ibovespa , principal índice de referência da Bolsa, registrou alta de 0,61%. Tensões políticas no Brasil e um cenário de incerteza na economia internacional, com o risco de saída da Grécia da Zona do Euro, influenciaram a alta modesta do índice, segundo analistas da corretora Concórdia.

Metade das carteiras recebidas por EXAME.com em junho seguiu o comportamento do índice e registrou alta no mês. A carteira da Solidez teve o pior resultado, com queda de 6,42%. Já a carteira da TOV teve o melhor desempenho no período: aumento de 3,52%.

Justificativa para as recomendações

O Itaú Unibanco ( ITUB4 ) é recomendado pelos analistas da corretora Rico por se beneficiar das altas recentes da taxa de juros no país. Os analistas do Citi também apontam o fato de o banco ter apresentado resultados consistentes e acima da expectativa nos últimos trimestres como justificativa para a recomendação.

Já a Ambev ( ABEV3 ) é recomendada pelos analistas da Guide por sofrer menos impacto da crise econômica. Além de ter uma geração de caixa sólida, a companhia consegue repassar preços aos consumidores com mais facilidade do que outras empresas de consumo, mesmo em um cenário de inflação alta.

Para os analistas da corretora Planner, os papéis do BB Seguridade ( BBSE3 ) são recomendados porque o grupo segurador do Banco do Brasil tem crescido a taxas superiores às de outras empresas do segmento. Um dos motivos é a alta penetração dos produtos oferecidos entre os clientes do banco.

Em relatório, os analistas do Santander também apontam que a Selic em um nível alto beneficia o resultado financeiro do grupo, já que 40% da geração de caixa do BB Seguridade vêm de ganhos com investimentos em renda fixa. Isso porque prêmios captados com a venda de seguros no BB Seguridade são aplicados em títulos públicos e outras aplicações de baixo risco.

Veja, nas tabelas a seguir, as principais recomendações das corretoras para o mês de julho:

Ativa

Desempenho em junho: +1,74%. Desempenho no ano: +11,65%.

Papel incluído: Valid. Papel retirado: Aliansce.

BB Investimentos

Desempenho em junho: +1,89%. Desempenho no ano: +6,92%.

Papéis incluídos: Cielo, Kroton, Lojas Renner e Raia Drogasil. Papéis retirados: Anima, Metal Leve, Smiles e Suzano.

Citi

Desempenho em junho: +2,93%. Desempenho no ano: +12,70%.

Não houve alterações na carteira do mês.

Coinvalores

Desempenho em junho: +2,18%. Desempenho no ano: +5,03%.

Papéis incluídos: AES Tietê e Itaú. Papéis retirados: CPFL e Suzano.

Concórdia

Desempenho em junho: -0,46%. Desempenho no ano: +8,83%.

Papéis incluídos: Hypermarcas, JBS e Pão de Açúcar. Papéis retirados: Alpargatas, BRF e Suzano.

Elite

Desempenho em junho: -0,79%. Desempenho no ano: +1,22%.

Não houve alterações na carteira do mês.

Geral Investimentos

Desempenho em junho: +2,15%. Desempenho no ano: +20,34%.

Não houve alterações na carteira do mês.

Gradual Investimentos

Desempenho em junho: -2,61%. Desempenho no ano: +11,34%.

Papéis incluídos: Ambev, Embraer e Itaú Unibanco. Papéis retirados: Fibria, Gerdau e Petrobras.

Guide

Desempenho em junho: +2.52%. Desempenho no ano: +9,64%.

Não houve alterações na carteira no mês.

Lerosa

Desempenho em junho: +0,92%. Desempenho no ano: +4,67%.

Papéis incluídos: BB Seguridade e Minerva. Papel retirado: Suzano.

Magliano

Desempenho em junho: -0,28%. Desempenho no ano: +5,5%.

Papéis incluídos: Nenhum. Papéis retirados: M Dias Branco.

Planner

Desempenho em junho: -2,10%. Desempenho no ano: -3,63%.

Papel incluído: Ultrapar. Papel retirado: Eztec.

Quantitas

Desempenho em junho: +2,45%. Desempenho no ano: +4,30%.

Papéis incluídos: Alupar e BRF. Papéis retirados: Eztec e Klabin.

Rico

Desempenho em junho: -1,04%. Desempenho no ano: +1.88%.

Papéis incluídos: Ambev, Cetip, Gerdau, Grendene e Taesa. Papéis retirados: Estácio, Linx, Fibria, Suzano e Vale.

Santander

Desempenho em junho: +3,28%. Desempenho no ano: +0,79%.

Papel incluído: BB Seguridade. Papéis retirados: CPFL e Lojas Americanas.

Solidez

Desempenho em junho: -6,42%. Desempenho no ano: -14,48%.

Papéis incluídos: Cetip, Copel, Estácio e Klabin. Papéis retirados: Hering, Magazine Luiza, Oi, Pão de Açúcar e Souza Cruz.

Spinelli

Desempenho em junho: +0,18%. Desempenho no ano: +5,69%.

Papéis incluídos: BB Seguridade, BRF, Log-in e Ultrapar. Papel retirado: Weg.

TOV

Desempenho em junho: +3,52%. Desempenho no ano: +13,76%.

Papel incluído: Telefônica Brasil.

Um Investimentos

Desempenho em junho: -2,51%. Desempenho no ano: +7,76%.

Papel incluído: Eletropaulo. Papel retirado: B2W.

Wintrade

Desempenho em junho: -1,53%. Desempenho no ano: -0,88%.

Não houve alterações na carteira do mês.

2. Tenha um objetivo sustentável

2 /10(REUTERS/Rick Wilking)

3. Use os altos e baixos a seu favor

3 /10(Simon Dawson/Bloomberg)

4. Esteja à frente de recomendações

4 /10(Divulgação/ Site templeton.org)

O empresário e filantropo John Templeton realizava investimentos na direção contrária da que o mercado apostava. Seu lema era: pense por si mesmo. Para selecionar aplicações financeiras, criou suas próprias ferramentas, e não seguia recomendações e tendências. Enquanto os olhos da maioria dos investidores estavam geralmente voltados para determinada empresa ou aplicação financeira, ele garimpava investimentos não convencionais, com maior oportunidade de ganhos.

5. Saiba administrar os riscos

5 /10(Divulgação/Columbia Archives)

O investidor americano Benjamin Graham foi professor de Warren Buffet e um exemplo para o megainvestidor. Pai do conceito de investimento em valor, um dos ensinamentos de Graham é de que o investidor não dever temer o risco, mas, sim, administrá-lo. Como não é possível fugir totalmente das perdas ao investir, Graham definia um nível máximo de riscos para sua carteira de aplicações e se mantinha dentro dessa margem de segurança. Caso seu nível de risco ultrapassasse essa margem, o investidor não aplicava seu dinheiro, pois passaria a especular e ter grandes chances de perdas.

6. Diversifique na medida certa

6 /10(Wikimedia Commons)

O economista britânico John Maynard Keynes, criador da macroeconomia moderna, também era um investidor. Um dos conceitos que seguia era o da diversificação inteligente, que consiste em diminuir os riscos das aplicações financeiras ao optar por produtos com comportamento opostos ou ao menos diferentes. Isso não se resume a ter na carteira uma parte de investimentos em renda fixa e outra porção em renda variável ( entenda os conceitos ), mas, dentro das opções de aplicações em renda variável, investir em ativos que tenham reflexos diferentes diante de uma mesma situação. Dessa forma, o patrimônio não fica refém de mudanças na economia.

7. Seja racional

7 /10(Getty Images)

Braço direito do megainvestidor Warren Buffet , Charles Munger é conhecido por mapear comportamentos que influenciam de forma negativa nas decisões de investimento, e fugir deles. Racional, acredita que investir consiste em se preparar, ter paciência, disciplina e objetividade. Para Munger, situações de estresse, atitudes defensivas, temor a perdas e a inveja de quem está ganhando muito dinheiro têm o poder de destruir fortunas.

8. Fique atento a taxas

8 /10(Scott Eells/Bloomberg)

O investidor americano John Clifton "Jack" Bogle, fundador do grupo financeiro Vanguard, defende a simplicidade nas aplicações financeiras para investidores individuais de perfil conservador e, principalmente, a redução de gastos com taxas, que costumam afetar rendimentos de aplicações passivas, que acompanham índices de mercado e oferecem menor risco.

9. Seja discreto ao investir

9 /10(Chris Hondros/Getty Images)

Sempre no topo da lista de mais ricos do mundo, o empresário mexicano Carlos Slim é discreto ao investir. Tem uma carteira de aplicações variada, mas não entra em detalhes sobre onde aloca seus recursos, pois tem consciência de sua influência. Slim tem a cautela de não induzir investidores a apostarem em seus alvos para evitar uma redução em sua margem de ganhos caso os investimentos se valorizem de forma artificial após muitos aplicadores passarem a investir. Por conta da grande quantidade de dinheiro que aplica no mercado financeiro e em empresas, Slim apenas anuncia quando deixa de investir ou migra recursos aplicados quando é obrigado por lei.

10. Agora, veja os livros que podem ajudar a investir melhor

10 /10(4FR/Getty Images)

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