Apesar de alta do IPI, carros podem ter descontos em janeiro
Governo anunciou altas modestas das alíquotas de IPI, que vão impactar muito pouco nos preços dos carros no primeiro semestre de 2014
Da Redação
Publicado em 24 de dezembro de 2013 às 14h04.
São Paulo - O governo publicou nesta terça, no Diário Oficial, o decreto que eleva as alíquotas do Imposto de Produtos Industrializados ( IPI ) sobre veículos em janeiro de 2014. Contudo, as altas foram modestas e não devem impactar muito nos preços dos carros . Os descontos habituais do mês de janeiro devem, inclusive, compensar as altas.
A alíquota dos carros 1.0 foi de 2% para 3% até 30 de junho de 2014, a partir de quando voltará a ser de 7%. A alíquota dos carros 1.0 a 2.0 com sistema flex passará de 7% para 9% no primeiro semestre, voltando à taxa original de 11% no segundo semestre.
A alíquota dos carros 1.0 a 2.0 movidos a gasolina subirá de 8% para 10% até 30 de junho, retornando a 13% em julho de 2014. Já para os utilitários , o imposto passou de 2% para 3% no primeiro semestre, retornando a 8% a partir de julho. Aqueles utilitários usados para transporte de carga ficarão com IPI de apenas 4% no segundo semestre.
O aumento, portanto, será gradual, e ficará mais significativo em relação ao patamar atual somente a partir do segundo semestre de 2014. Essas altas iniciais de um a dois pontos percentuais devem elevar de um a dois pontos percentuais, aproximadamente, os preços finais dos carros novos.
Assim, um carro popular (1.0) de 30 mil reais, por exemplo, ficaria apenas cerca de 300 reais mais caro. Como o IPI é um imposto que só incide no final da cadeia produtiva, um aumento de um ponto percentual na alíquota tem uma alta de grandeza semelhante no preço do carro.
Contudo, apesar desse leve encarecimento, é possível que os descontos que o mês de janeiro costuma ter compensem a alta. Dezembro e janeiro costumam ser meses bons para comprar carro zero, pois as concessionárias concedem descontos para os modelos fabricados no ano anterior, para aqueles que vão sair de linha, e para os que vão sofrer um "facelift", a fim de liquidar os estoques.
Segundo Milad Kalume Neto, gerente de desenvolvimento de novos negócios da consultoria Jato Dynamics, como as vendas andam devagar, os descontos em janeiro de 2014 devem ser bons. "O estoque de veículos está bem grande, então vale a pena esperar. O mercado de vendas para a pessoa física anda meio devagar. Para desovar os estoques vai ter que ser em janeiro mesmo", diz Kalume.
Ainda de acordo com Kalume, o mercado de usados leva de dois a três meses para acompanhar as altas. Assim, pelo menos até fevereiro ou março será vantajoso comprar carros seminovos e usados, pois as altas do IPI dos carros novos só devem ser incorporadas depois disso. Na outra ponta, para quem pode esperar, é melhor vender o carro seminovo ou usado depois desse prazo, para obter um preço melhor.
A alta de um a dois pontos percentuais nas alíquotas do IPI já inclui os 30 pontos percentuais de desconto a que as montadoras que fazem parte do programa Inovar-Auto, do governo, têm direito. Todas as principais montadoras que vendem carros de passeio fazem parte do programa.
As alíquotas válidas para as montadoras que não fazem parte do Inovar-Auto serão 30 pontos percentuais maiores que aquelas anunciadas, de acordo com o tipo de veículo.
São Paulo - O governo publicou nesta terça, no Diário Oficial, o decreto que eleva as alíquotas do Imposto de Produtos Industrializados ( IPI ) sobre veículos em janeiro de 2014. Contudo, as altas foram modestas e não devem impactar muito nos preços dos carros . Os descontos habituais do mês de janeiro devem, inclusive, compensar as altas.
A alíquota dos carros 1.0 foi de 2% para 3% até 30 de junho de 2014, a partir de quando voltará a ser de 7%. A alíquota dos carros 1.0 a 2.0 com sistema flex passará de 7% para 9% no primeiro semestre, voltando à taxa original de 11% no segundo semestre.
A alíquota dos carros 1.0 a 2.0 movidos a gasolina subirá de 8% para 10% até 30 de junho, retornando a 13% em julho de 2014. Já para os utilitários , o imposto passou de 2% para 3% no primeiro semestre, retornando a 8% a partir de julho. Aqueles utilitários usados para transporte de carga ficarão com IPI de apenas 4% no segundo semestre.
O aumento, portanto, será gradual, e ficará mais significativo em relação ao patamar atual somente a partir do segundo semestre de 2014. Essas altas iniciais de um a dois pontos percentuais devem elevar de um a dois pontos percentuais, aproximadamente, os preços finais dos carros novos.
Assim, um carro popular (1.0) de 30 mil reais, por exemplo, ficaria apenas cerca de 300 reais mais caro. Como o IPI é um imposto que só incide no final da cadeia produtiva, um aumento de um ponto percentual na alíquota tem uma alta de grandeza semelhante no preço do carro.
Contudo, apesar desse leve encarecimento, é possível que os descontos que o mês de janeiro costuma ter compensem a alta. Dezembro e janeiro costumam ser meses bons para comprar carro zero, pois as concessionárias concedem descontos para os modelos fabricados no ano anterior, para aqueles que vão sair de linha, e para os que vão sofrer um "facelift", a fim de liquidar os estoques.
Segundo Milad Kalume Neto, gerente de desenvolvimento de novos negócios da consultoria Jato Dynamics, como as vendas andam devagar, os descontos em janeiro de 2014 devem ser bons. "O estoque de veículos está bem grande, então vale a pena esperar. O mercado de vendas para a pessoa física anda meio devagar. Para desovar os estoques vai ter que ser em janeiro mesmo", diz Kalume.
Ainda de acordo com Kalume, o mercado de usados leva de dois a três meses para acompanhar as altas. Assim, pelo menos até fevereiro ou março será vantajoso comprar carros seminovos e usados, pois as altas do IPI dos carros novos só devem ser incorporadas depois disso. Na outra ponta, para quem pode esperar, é melhor vender o carro seminovo ou usado depois desse prazo, para obter um preço melhor.
A alta de um a dois pontos percentuais nas alíquotas do IPI já inclui os 30 pontos percentuais de desconto a que as montadoras que fazem parte do programa Inovar-Auto, do governo, têm direito. Todas as principais montadoras que vendem carros de passeio fazem parte do programa.
As alíquotas válidas para as montadoras que não fazem parte do Inovar-Auto serão 30 pontos percentuais maiores que aquelas anunciadas, de acordo com o tipo de veículo.