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Ações de Sadia e Perdigão disparam na Bovespa

Interesse dos fundos de pensão controladores da Perdigão em participar da oferta de R$ 4 bilhões em ações da Brasil Foods anima os investidores

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Após despencarem com o anúncio de fusão, as ações de Sadia e Perdigão deram uma guinada nesta quarta-feira (20/5) e dispararam, liderando o ranking das maiores alta do Ibovespa. Às 15h56, as ações preferenciais da Sadia (SDIA4) eram cotadas a 4,69 reais, em alta de 8,56%. As da Perdigão (PDGA3) subiam quase o mesmo percentual, 8,53%, para 36,89 reais. "Daqui pra frente, as ações devem caminhar juntas, porque já foi definida a paridade de troca dos papéis", destaca Renato Prado, analista da corretora Fator.

A mudança de humor dos investidores em relação aos papéis, segundo Luciana Leocadio, analista da corretora Ativa, deve-se principalmente à divulgação de detalhes da operação que criará a Brasil Foods. "Os investidores estavam receosos quanto à oferta de ações de 4 bilhões de reais, mas depois que os acionistas majoritários sinalizaram interesse na compra dos papéis, a situação mudou. Somente isso já garantiria quase metade da oferta", diz Luciana.

Os principais acionistas da Perdigão são os fundos de pensão Previ (dos funcionários do Banco do Brasil), Petros (da Petrobras), Valia (da Vale), Sistel (do antigo sistema Telebrás) e Real Grandeza (de Furnas). Além deles, as famílias Fontana e Furlan, controladoras da Sadia, também podem participar da operação e há, ainda, a expectativa de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) seja um dos investidores.

Os cálculos da corretora Fator mostram que as ações da Brasil Foods devem ser negociadas a 30 reais. A avaliação considera um ganho de sinergia de aproximadamente 1,6 bilhão de reais, equivalente a 15% do valor de mercado de Sadia e Perdigão.

Outro ponto que pode estar influenciando os negócios é o compromisso assumido pela China de abrir seu mercado para a carne de frango brasileira. A medida criaria uma grande oportunidade para a Brasil Foods, que já nasce como a maior processadora de carne de frango do mundo. Essa abertura, na avaliação da Link Investimentos, "pode ser o primeiro passo para a conquista de um mercado muito mais relevante que o de carne suína. A expectativa é de que o chineses importem nesse ano cerca de 300.000 toneladas, o que representa quase metade das exportações brasileiras".
 

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