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Ação da Redecard cai forte com nova oferta pública

Empresa pediu registro para realizar uma oferta secundária das ações em poder do Citigroup

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

O mercado reagiu mal à confirmação de que o Citigroup vai vender suas ações na Redecard, empresa que processa as transações com cartões Mastercard e Diners. Às 11h27, as ações ordinárias da empresa (RDCD3) registravam baixa de 6,70%, para 23,94 reais.

O Citi possui uma participação de 17% na Redecard. O banco ainda não definiu qual é o percentual de papéis que serão vendidos na oferta pública - mas a expectativa é de que tudo seja vendido ao mercado. No memorando de entendimento em que as empresas que controlam a Redecard decidiram permitir a oferta do Citi, ficou definido que o Itaú Unibanco (o principal acionista) terá direito de preferência para adquirir 24 milhões de ações da companhia.

O preço das ações será fechado após processo de bookbuilding (verificação da demanda junto aos investidores). O Itaú Unibanco terá direito de comprar os papéis pelo mesmo valor definido pelo mercado. Se exercer sua opção, o Itaú Unibanco elevará sua participação na Redecard dos atuais 46,4% para mais de 50% das ações - garantindo sua posição de acionista majoritário mesmo que o resto das ações do Citi passe a circular no mercado.

A Redecard divulgou o fato relevante em que informa o pedido de registro de oferta pública à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite desta quinta-feira. A oferta será apenas secundária (ou de ações já existentes) e terá como único acionista vendedor o Citi.
Perdas no mercado

Apesar de considerar a Redecard uma das empresas mais resistentes à crise no Brasil, o mercado acredita que o aumento da oferta de papéis pode não ser acompanhado por uma maior demanda - causando a desvalorização das ações.

A oferta da Redecard pode ser encarada também como um teste para o próprio mercado de capitais brasileiro, bastante castigado pelo aumento mundial da aversão ao risco. Desde julho de 2008, quando a Vale fez uma oferta de 19 bilhões de reais, não houve mais nenhuma oferta pública de ações na Bovespa. Vale lembrar que desde então o banco Lehman Brothers quebrou, o sistema financeiro americano praticamente ruiu e a economia americana entrou em uma forte espiral recessiva.

Se o Citi vender toda a sua participação na Redecard, a oferta pode alcançar mais de 2,5 bilhões de reais - um valor bastante expressivo para o mercado brasileiro numa conjuntura como a atual.

Além da oferta de abertura de capital, o Citibank já fez no ano passado uma oferta de ações secundárias da Redecard. Assim como acontece agora, o banco, que enfrenta sérias dificuldades nos Estados Unidos, enxerga na Redecard uma forma de levantar capital de forma rápida.

A operação terá como coordenadores os principais sócios da Redecard: Citigroup, Unibanco e Itaú BBA. As ações da empresa serão vendidas no Brasil e no exterior. Além das ações ordinárias que já circulam na Bovespa, investidores institucionais estrangeiros poderão adquirir GDSs (Global Depositary Shares, ou certificados de depósito de ações), que corresponderão, cada uma, a duas ações ordinárias.

Não será realizado nenhum registro da oferta na Securities and Exchange Commission (SEC, o órgão regulador do mercado de capitais dos EUA) nem no mercado de capitais de outros países.
 

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