Mercado imobiliário

A variação dos preços dos imóveis em 16 cidades brasileiras

Índice FipeZap, que acompanha os preços dos imóveis anunciados pelo Brasil, é ampliado e inclui dados de mais nove regiões, como Niterói, ABC Paulista e capitais do Sul


	Niterói: cidade fluminense não é capital, mas tem terceiro metro quadrado anunciado mais caro
 (Reuters/Sergio Moraes)

Niterói: cidade fluminense não é capital, mas tem terceiro metro quadrado anunciado mais caro (Reuters/Sergio Moraes)

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 17h06.

São Paulo – O Índice FipeZap – indicador que acompanha o preço do metro quadrado dos imóveis usados anunciados em diversas cidades brasileiras – foi divulgado nesta segunda-feira com uma novidade: agora, além das sete regiões que já eram acompanhadas pelo indicador, outras nove cidades foram incluídas na cobertura. Além de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Distrito Federal, Recife, Fortaleza e Salvador, agora também são monitoradas Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Vitória, Vila Velha (ES), Santo André (SP), São Bernardo do Campo (SP), São Caetano do Sul (SP) e Niterói (RJ).

O chamado Índice FipeZap Ampliado, que inclui as novatas, teve alta de 0,9% em janeiro, a mesma cifra do Índice FipeZap Composto, que inclui apenas as sete regiões originais. Isso significa que os preços anunciados de imóveis usados, divulgados principalmente no site de classificados Zap Imóveis, subiram 0,9% na média das 16 regiões. Destas, seis regiões tiveram valorização inferior à inflação oficial (pelo IPCA): Distrito Federal, Recife, Niterói e as cidades do ABC Paulista. Duas delas, Distrito Federal e Recife, tiveram queda nominal de preços no primeiro mês do ano.

Veja na tabela a seguir o comportamento dos preços de cada cidade, ordenadas da maior para a menor alta no mês de janeiro de 2013:

Região Variação mensal Janeiro/13 Variação mensal Dezembro/12 Em 12 meses
Fortaleza 3,40% 0,60% 14,40%
Salvador 1,40% 2,10% 10,50%
Belo Horizonte 1,30% 1,10% 10,40%
Porto Alegre 1,30% 1,20% ND
Florianópolis 1,10% 0,20% ND
Rio de Janeiro 1,00% 1,00% 14,70%
Vila Velha 1,00% 0,50% ND
São Paulo 0,90% 0,80% 15,40%
Curitiba 0,90% 1,90% ND
Vitória 0,90% 0,70% ND
Índice FipeZap Composto (7 cidades) 0,90% 1,00% 13,50%
Índice FipeZap Ampliado (16 cidades) 0,90% 1,00% ND
IPCA 0,89%* 0,79% 6,19%*
Santo André 0,80% 0,80% 11,00%
São Caetano do Sul 0,70% 0,50% 12,90%
Niterói 0,60% 0,80% 16,70%
IGP-M 0,34%* 0,68% 7,91%*
São Bernardo do Campo 0,00% 0,30% 13,00%
Distrito Federal -0,10% 1,50% 4,00%
Recife -0,20% 0,40% 13,70%

(*) Estimativa do Banco Central
Fonte: Índice FipeZap


Desde junho de 2012, data de início da série histórica do FipeZap Ampliado, sete regiões tiveram queda real (em relação à inflação pelo IPCA) no preço do metro quadrado anunciado. Foram elas Curitiba (-6,1%), Distrito Federal (-5,8%), Florianópolis (-4,4%), Vila Velha (-3,5%), Vitória e Belo Horizonte (ambas -1,1%) e Recife (-0,6%). Quem mais valorizou acima da inflação no período foram os imóveis de Niterói (alta real de 5,4%) e Porto Alegre (alta real de 4,6%). São Paulo e Rio de Janeiro apresentaram, no mesmo período, aumentos reais de 4,2% e 3,5%, respectivamente. O preço médio das 16 cidades subiu, no período, 1,9% acima da inflação.

Região Variação real* desde junho/12 (aprox.)
Curitiba -6%
Distrito Federal -6%
Florianópolis -4%
Vila Velha -4%
Belo Horizonte -1%
Vitória -1%
Recife -1%
Santo André +1%
Índice FipeZap Ampliado (16 cidades) +2%
São Caetano do Sul +2%
São Bernardo do Campo +2%
Fortaleza +3%
Rio de Janeiro +3%
Salvador +4%
São Paulo +4%
Porto Alegre +5%
Niterói +5%

(*) Preços deflacionados pelo IPCA; para janeiro, considerou-se a expectativa de mercado segundo o Boletim Focus (Banco Central).
Fonte: Índice FipeZap


O FipeZap tem dados disponíveis sobre São Paulo e Rio de Janeiro desde janeiro de 2008. Para Belo Horizonte, a série histórica começa em maio de 2009. Para Fortaleza, em abril de 2010; para Recife em julho de 2010; e para Distrito Federal e Salvador, em setembro de 2010. Já entre as novas cidades do índice, as cidades do ABC Paulista e Niterói têm dados disponíveis desde janeiro de 2012. Vitória, Vila Velha, Florianópolis, Porto Alegre e Curitiba têm as séries históricas mais recentes, iniciadas em julho de 2012.

Niterói é a terceira cidade mais cara

O Índice FipeZap Ampliado também permite a comparação entre os valores médios de metro quadrado de mais cidades brasileiras, dando uma noção melhor do mercado imobiliário do país. O maior valor de metro quadrado médio de imóveis anunciados encontra-se no Rio, seguido por São Paulo. A terceira cidade mais cara, que fica à frente do Distrito Federal em matéria de preços, é Niterói, na região metropolitana no Rio. Já as três cidades mais baratas são Vila Velha, Curitiba e Vitória. Veja na tabela:

Região Preço médio do metro quadrado (R$)
Rio de Janeiro 8.711
São Paulo 6.922
Niterói 6.477
Distrito Federal 6.372
Média Nacional 6.350
Recife 5.109
Belo Horizonte 5.014
Fortaleza 4.912
São Caetano do Sul 4.760
Florianópolis 4.436
Porto Alegre 4.303
Santo André 4.121
Salvador 4.041
São Bernardo do Campo 3.929
Vitória 3.881
Curitiba 3.722
Vila Velha 3.440

Fonte: Índice FipeZap


Desde o início de suas respectivas séries históricas, as cidades do ABC, Niterói, Porto Alegre, Rio e São Paulo ainda não viram meses de desempenho negativo do Índice FipeZap. Todas as outras cidades acompanhadas já tiveram ao menos um mês de queda nos preços. Você pode ver o desempenho mês a mês de cada cidade no documento a seguir:

O Índice FipeZap, elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com o site Zap Imóveis, é um indicador que acompanha os preços do metro quadrado dos imóveis usados anunciados na internet, que totalizam mais de 290.000 unidades todos os meses. Além disso, são buscados também dados em outras fontes de anúncios online. A Fipe faz a ponderação dos dados utilizando a renda dos domicílios, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice neutraliza os efeitos da repetição de anúncios, bem como as grandes disparidades de preços. De acordo com Eduardo Zylberstajn, coordenador do projeto na Fipe, de fato há diferença entre os preços anunciados e os preços transacionados (que costumam ser menores), mas, segundo ele, no longo prazo, ambos os valores seguem a mesma tendência.

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