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8 jeitos de comprar felicidade com dinheiro

Pesquisadores mostram os bens e serviços que enchem o cérebro de felicidade

Estudo revela que é possível ser mais feliz ao gastar com qualidade. (Marcos Santos/Stock.XCHNG)

Gabriela Ruic

Publicado em 3 de junho de 2011 às 09h52.

São Paulo – Se o dinheiro pode comprar uma vida mais confortável e despreocupada, então porque raios há tanta gente rica e infeliz? Por que o efeito que o dinheiro exerce sobre a felicidade das pessoas nunca é considerado um fator de peso em estudos sobre a satisfação e felicidade dos seres humanos? Ao menos de acordo com uma pesquisa conduzida pelo Journal of Consumer Psychology e divulgado pelo repórter Jack Hough, do site SmartMoney.com, a resposta é simples: a maioria das pessoas não compra a felicidade com o dinheiro porque não sabe gastar.

Estudar a felicidade pode ser uma área nebulosa, uma vez que os fatores que impactam sobre esse sentimento são extremamente subjetivos. Mesmo assim, um grupo de pesquisadores de instituições como a Universidade de Harvard uniu uma série de evidências científicas, apuradas a partir de ressonâncias cerebrais e níveis de cortisol presentes na caixa craniana daqueles que participaram dos estudos. A partir dos resultados, conseguiram formular oito passos para que uma pessoa gaste seu dinheiro com qualidade e obtenha felicidade. Cada um deles é explicado nos próximos parágrafos:

1 – Faça uma viagem ao invés de trocar seu carro

Compre experiências ao invés de coisas materiais. Estudos anteriores já revelaram que é possível obter mais felicidade a partir de experiências vividas do que com objetivos adquiridos. Para os pesquisadores, a razão pode ser porque vivências são capazes de fazer com que a mente fique focada no presente. Outro motivo é o fato de que as pessoas revisitam boas lembranças com frequência e, em contrapartida, se adaptam rapidamente as coisas materiais, enjoado com mais facilidade de um computador novo que da lembrança de uma viagem para a África, por exemplo.

2 – Ajude o próximo (por motivos egoístas)

Não ajude outros seres humanos porque você é uma boa pessoa. Ajude porque faz com que se sinta bem consigo mesmo. Relacionamentos sociais complexos e que incluem pessoas de fora do círculo familiar é mais um fator que diferencia seres humanos dos outros animais. Quase tudo o que se faz para alimentar as relações interpessoais alimentam a felicidade.

3 – Compre coisas pequenas ao invés de um home-theater

Mais uma vez, o problema com posses materiais é que as pessoas tendem a se adaptar rapidamente a elas. Uma solução é focar em pequenas compras ao invés de comprar bens mais caros. De acordo com o estudo, obter prazer com frequência tem impactos positivos mais fortes nos níveis de felicidade de uma pessoa do que a intensidade com a qual este prazer é obtido. Portanto, compre um chocolate ou vá ao cinema.


4 – Evite seguros desnecessários

Para os autores deste estudo, a questão dos seguros é um ponto polêmico. A ideia é que seres humanos se adaptam com facilidade tanto a situações prazerosas quanto a circunstâncias desconfortáveis. Exemplo: o notebook quebrado não vai acabar com a vida de ninguém, portanto, não há motivo para a contratação de um seguro que tenha essa cobertura. "“O problema com essa ideia é que não está claro se o fato de se sentir seguro faz uma pessoa mais feliz", explica Elizabeth Dunn, coautora da pesquisa. Para Hough, do site Smartmoney.com, os seguros são serviços caros por natureza. Uma boa estratégia é considerá-los uma multa a ser assumida por não ter dinheiro suficiente para pagar por perdas catastróficas, como residências e carros. Portanto, contrate apenas o essencial.

5 – Pague à vista

Cartões de crédito, empréstimos pessoais e financiamentos são artifícios disponíveis para quem quer adquirir algo agora e pagar no futuro. O preço final, portanto, é acrescido de acordo com os juros incidentes sobre o saldo devedor. Neste ponto existem dois argumentos possíveis, um de ordem financeira e prática e outro de cunho sentimental. Muitas pessoas acreditam que o prazer só é atingido quando se adquire alguma coisa no exato momento em que o desejo de tê-la surge. No entanto, a intensidade do prazer que tal compra pode trazer é igual quando se junta dinheiro e efetiva a aquisição no futuro, pagando à vista. E o comprador ainda fica livre de dívidas.

6 – Pense em coisas negativas antes de gastar

Casa de praia precisa de manutenção e uma viagem para a Europa o fará ficar 10 horas sentado num avião. A maioria das pessoas não considera os aspectos negativos de uma compra. E, para maximizar a felicidade, também é preciso pesar os dois lados da moeda de tudo. É ótimo sonhar com a primeira manhã em uma deliciosa casa de frente para sua praia favorita. Mas depois dessa fantasia, desprenda uns minutos pensando em como seria o centésimo dia com mais essa propriedade para administrar no seu patrimônio.

7 – Não seja exigente

É desgastante passar semanas atrás de uma máquina fotográfica que tenha um milhão de funções, quando na realidade tudo o que a maioria das pessoas precisa é de um modelo rápido o suficiente para registrar momentos efêmeros. Concentre-se no que de fato importa. A ideia vale para quem procura por um imóvel. Dê preferência para uma casa menor, bem iluminada e localizada numa boa vizinhança, mesmo que a mesma não tenha o piso sonhado.

8 – Aposte no senso comum de vez em quando

Um dos melhores indicadores de felicidade de uma compra é se ela já trouxe prazer e felicidade para um grande número de pessoas. Então, deixe de lado, pelo menos por uma noite, longas da escola de cinema soviético e vá ao cinema assistir o filme que está no primeiro lugar entre os mais vistos. Personagens superficiais e discussões poucos intelectualizadas muitas vezes podem render boas risadas.

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São Paulo – Se o dinheiro pode comprar uma vida mais confortável e despreocupada, então porque raios há tanta gente rica e infeliz? Por que o efeito que o dinheiro exerce sobre a felicidade das pessoas nunca é considerado um fator de peso em estudos sobre a satisfação e felicidade dos seres humanos? Ao menos de acordo com uma pesquisa conduzida pelo Journal of Consumer Psychology e divulgado pelo repórter Jack Hough, do site SmartMoney.com, a resposta é simples: a maioria das pessoas não compra a felicidade com o dinheiro porque não sabe gastar.

Estudar a felicidade pode ser uma área nebulosa, uma vez que os fatores que impactam sobre esse sentimento são extremamente subjetivos. Mesmo assim, um grupo de pesquisadores de instituições como a Universidade de Harvard uniu uma série de evidências científicas, apuradas a partir de ressonâncias cerebrais e níveis de cortisol presentes na caixa craniana daqueles que participaram dos estudos. A partir dos resultados, conseguiram formular oito passos para que uma pessoa gaste seu dinheiro com qualidade e obtenha felicidade. Cada um deles é explicado nos próximos parágrafos:

1 – Faça uma viagem ao invés de trocar seu carro

Compre experiências ao invés de coisas materiais. Estudos anteriores já revelaram que é possível obter mais felicidade a partir de experiências vividas do que com objetivos adquiridos. Para os pesquisadores, a razão pode ser porque vivências são capazes de fazer com que a mente fique focada no presente. Outro motivo é o fato de que as pessoas revisitam boas lembranças com frequência e, em contrapartida, se adaptam rapidamente as coisas materiais, enjoado com mais facilidade de um computador novo que da lembrança de uma viagem para a África, por exemplo.

2 – Ajude o próximo (por motivos egoístas)

Não ajude outros seres humanos porque você é uma boa pessoa. Ajude porque faz com que se sinta bem consigo mesmo. Relacionamentos sociais complexos e que incluem pessoas de fora do círculo familiar é mais um fator que diferencia seres humanos dos outros animais. Quase tudo o que se faz para alimentar as relações interpessoais alimentam a felicidade.

3 – Compre coisas pequenas ao invés de um home-theater

Mais uma vez, o problema com posses materiais é que as pessoas tendem a se adaptar rapidamente a elas. Uma solução é focar em pequenas compras ao invés de comprar bens mais caros. De acordo com o estudo, obter prazer com frequência tem impactos positivos mais fortes nos níveis de felicidade de uma pessoa do que a intensidade com a qual este prazer é obtido. Portanto, compre um chocolate ou vá ao cinema.


4 – Evite seguros desnecessários

Para os autores deste estudo, a questão dos seguros é um ponto polêmico. A ideia é que seres humanos se adaptam com facilidade tanto a situações prazerosas quanto a circunstâncias desconfortáveis. Exemplo: o notebook quebrado não vai acabar com a vida de ninguém, portanto, não há motivo para a contratação de um seguro que tenha essa cobertura. "“O problema com essa ideia é que não está claro se o fato de se sentir seguro faz uma pessoa mais feliz", explica Elizabeth Dunn, coautora da pesquisa. Para Hough, do site Smartmoney.com, os seguros são serviços caros por natureza. Uma boa estratégia é considerá-los uma multa a ser assumida por não ter dinheiro suficiente para pagar por perdas catastróficas, como residências e carros. Portanto, contrate apenas o essencial.

5 – Pague à vista

Cartões de crédito, empréstimos pessoais e financiamentos são artifícios disponíveis para quem quer adquirir algo agora e pagar no futuro. O preço final, portanto, é acrescido de acordo com os juros incidentes sobre o saldo devedor. Neste ponto existem dois argumentos possíveis, um de ordem financeira e prática e outro de cunho sentimental. Muitas pessoas acreditam que o prazer só é atingido quando se adquire alguma coisa no exato momento em que o desejo de tê-la surge. No entanto, a intensidade do prazer que tal compra pode trazer é igual quando se junta dinheiro e efetiva a aquisição no futuro, pagando à vista. E o comprador ainda fica livre de dívidas.

6 – Pense em coisas negativas antes de gastar

Casa de praia precisa de manutenção e uma viagem para a Europa o fará ficar 10 horas sentado num avião. A maioria das pessoas não considera os aspectos negativos de uma compra. E, para maximizar a felicidade, também é preciso pesar os dois lados da moeda de tudo. É ótimo sonhar com a primeira manhã em uma deliciosa casa de frente para sua praia favorita. Mas depois dessa fantasia, desprenda uns minutos pensando em como seria o centésimo dia com mais essa propriedade para administrar no seu patrimônio.

7 – Não seja exigente

É desgastante passar semanas atrás de uma máquina fotográfica que tenha um milhão de funções, quando na realidade tudo o que a maioria das pessoas precisa é de um modelo rápido o suficiente para registrar momentos efêmeros. Concentre-se no que de fato importa. A ideia vale para quem procura por um imóvel. Dê preferência para uma casa menor, bem iluminada e localizada numa boa vizinhança, mesmo que a mesma não tenha o piso sonhado.

8 – Aposte no senso comum de vez em quando

Um dos melhores indicadores de felicidade de uma compra é se ela já trouxe prazer e felicidade para um grande número de pessoas. Então, deixe de lado, pelo menos por uma noite, longas da escola de cinema soviético e vá ao cinema assistir o filme que está no primeiro lugar entre os mais vistos. Personagens superficiais e discussões poucos intelectualizadas muitas vezes podem render boas risadas.

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