Invest

6 golpes mais comuns com o uso do Pix; veja como evitar

Criminosos têm aproveitado o crescimento no uso de soluções digitais pela população para tentar aplicar golpes, principalmente com uso de técnicas de engenharia social

Golpe com o Pix: por meio de um aplicativo criminoso, criminosos forjam recibos do Pix com dados como conta bancária (Rafael Henrique/SOPA/Getty Images)

Golpe com o Pix: por meio de um aplicativo criminoso, criminosos forjam recibos do Pix com dados como conta bancária (Rafael Henrique/SOPA/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 7 de março de 2023 às 13h39.

A Federação do Bancos (Febraban) fez um alerta sobre golpes envolvendo o uso do Pix. De acordo com a entidade, criminosos têm aproveitado o crescimento no uso de soluções digitais pela população para tentar aplicar golpes, principalmente com uso de técnicas de engenharia social, que consistem na manipulação psicológica do usuário para que ele lhe forneça informações confidenciais ou faça transações em favor das quadrilhas.

“Pare, pense e desconfie. O cliente sempre deve suspeitar quando recebe uma mensagem de algum contato dizendo estar em alguma situação de emergência. Também alertamos que os dados pessoais do cliente jamais são solicitados ativamente pelas instituições financeiras, tampouco funcionários de bancos ligam para clientes para fazer testes com o Pix, testes de transações, pagamentos ou estornos de lançamentos”, orienta Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.

Volpini também ressalta que os sistemas e aplicativos dos bancos são seguros e contam com o uso de tecnologias avançadas de proteção. Não há registro de violação da segurança desses aplicativos.

Cuidado com as senhas

Muitos usuários anotam suas senhas de acesso ao banco em blocos de notas, e-mails, mensagens de Whatsapp ou em outros locais do celular. Também há casos de clientes que usam a mesma senha de acesso do banco em outros aplicativos, sites de compras ou serviços na internet, e estes apps, em grande parte dos casos, não contam com sistemas de segurança robustos e a proteção adequada das informações dos usuários.

Além do uso de senha pessoal, as transações estão protegidas por token, biometria facial ou qualquer outro fator de segurança randômica que o banco do cliente ofereça.

Seguem abaixo as principais tentativas de golpes hoje praticadas com o uso do Pix como meio de pagamento e como evitá-los :

Os golpes mais comuns com o uso do Pix

  • Golpe do falso funcionário de banco

Como funciona: o fraudador entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário do banco. O criminoso oferece ajuda para que o cliente cadastre a chave Pix, ou ainda diz que precisa fazer um teste com o sistema para supostamente regularizar seu cadastro.

  • SMS falso

Outro golpe é quando a vítima recebe um SMS falso em nome do banco sobre uma operação suspeita, solicitando que o cliente entre em contato com uma suposta central (falso “0800”), onde a vítima é levada a digitar seus dados bancários e senha. Com a senha capturada, o golpista realiza o acesso à conta da vítima e consegue ver informações do extrato bancário.

A partir daí, começa a dizer as últimas operações da conta da vítima e detalhes precisos do extrato bancário para ganhar sua confiança. Depois, o criminoso fala de supostos depósitos/transações de Pix de alto valor feitos pela conta, citando os nomes dos destinatários, desconhecidos do cliente. Com pretexto de regularizar a conta, o golpista, então, pede para que as operações sejam feitas para os mesmos destinatários, para cancelar ou estornar as operações.  Neste momento, o golpista está induzindo a pessoa a realizar uma transação (TED e Pix) para contas associadas ao criminoso.

Como evitar

Nunca realize ligações para números de telefone (0800) recebidos através de SMS ou outras mensagens. Ligue sempre para o número da central de atendimento do seu banco ou para seu gerente.

Os bancos ligam para os clientes para confirmar transações suspeitas, mas nunca pedem dados como senhas, token e outros dados pessoais nestas ligações. Os bancos também nunca ligam e pedem para clientes que façam transferências ou Pix ou qualquer tipo de pagamento.

  • Golpe do falso recibo

Através de um aplicativo criminoso, criminosos forjam recibos do Pix com dados como conta bancária, destinatário e chave do sistema de pagamento que aparentam ser legítimos. Entretanto, quando o recebedor do recurso vai checar sua conta, descobre que o dinheiro nunca foi transferido e que foi vítima de um golpe.

Como evitar

Em uma transação comercial com o uso do Pix, o recebedor sempre deve checar se o dinheiro realmente caiu em sua conta bancária para posteriormente entregar o produto da venda.

  • Golpe da clonagem do Whatsapp

O criminoso envia mensagem pelo app fingindo ser de empresa em que a vítima tem cadastro. Eles solicitam o código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro. Com isso, conseguem replicar a conta de WhatsApp em outro celular e enviam mensagens para os contatos da pessoa, fazendo-se passar por ela, pedindo dinheiro emprestado via Pix.

Como evitar

Uma medida simples para evitar clonagem é habilitar, no aplicativo, a opção “Verificação em duas etapas” do aplicativo.

  •  Golpe de engenharia social com Whatsapp

O criminoso escolhe uma vítima, pega sua foto em redes sociais, e, de alguma forma, consegue descobrir números de celulares de contatos da pessoa. Com um novo número de celular, manda mensagem para amigos e familiares da vítima, alegando que teve de trocar de número devido a algum problema. A partir daí, pede uma transferência via Pix, dizendo estar em alguma situação de emergência.

Como evitar

A Febraban alerta que é preciso ter muito cuidado com a exposição de dados em redes sociais, como, por exemplo, em sorteios e promoções que pedem o número de telefone do usuário.

Ao receber uma mensagem de algum contato com um número novo, é preciso certificar-se que a pessoa realmente mudou seu número de telefone. Não faça o Pix ou qualquer tipo de transferência até falar com a pessoa que está solicitando o dinheiro.

  • Golpe do falso leilão

Golpistas criam sites falsos de leilão, anunciando todo tipo de produto por preços bem abaixo do mercado. Depois pedem transferências, depósitos e até dinheiro via Pix para assegurar a compra. Geralmente apelam para a urgência em fechar o negócio, dizendo que você pode perder os descontos, mas nunca entregam as mercadorias.

Como evitar

Sempre pesquise sobre a empresa de leilões em sites de reclamação e confira o CNPJ do leiloeiro. Nunca faça transações em sites que não tenham o cadeado de segurança no navegador nem transferências para contas de pessoas físicas.

  • Golpe do acesso remoto

Neste golpe, também conhecido como Golpe da Mão Fantasma, o fraudador pode entrar em contato com a vítima se passando por um falso funcionário do banco. Usa várias abordagens para enganar o cliente e diz que vai enviar um link para a instalação de um aplicativo que irá solucionar um suposto problema. Ou ainda manda SMS, e-mails falsos ou links em aplicativos de mensagens, que induzem o usuário a clicar em links suspeitos, que instalam um malware (um software maligno) que dará acesso a todos os dados que estão no celular.

Como evitar

O banco nunca liga para o cliente nem manda mensagens ou e-mails pedindo para que ele instale nenhum tipo de aplicativo em seu celular para supostamente regularizar um problema na conta.

Acompanhe tudo sobre:PIXFraudesFebraban

Mais de Invest

Pague Menos anuncia R$ 146 milhões em JCP e ao menos 50 novas lojas em 2025

Investidores 'ativistas' compraram US$ 6,6 bilhões em ações no Japão em 2024

ETF EWZ cai 5% e dólar bate R$ 6,14 com repercussão da ata do Copom e atenção ao Congresso

Avanço tecnológico pode levar S&P 500 a novos recordes em 2025