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46% dos endividados não pode pagar dívida em 3 meses

Quase metade dos endividados não tem perspectiva de conseguir pagar as próprias dívidas nos próximos 3 meses

Dívidas: quase 30% dos entrevistados não vão conseguir pagar dívidas porque perderam o emprego (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2016 às 10h44.

São Paulo - Brasileiros inadimplentes estão descrentes quanto ao reequilíbrio das finanças pessoais no curto prazo. Essa falta de perspectiva levou quase metade da pessoas que responderam a uma pesquisa da SPC Brasil (46%) a afirmar que não terá condições de quitar suas dívidas em atraso, pelo menos, nos próximos três meses.

Não é pra menos. Seis em cada dez entrevistados (61,2%) acreditam que a situação financeira piorou na comparação com o ano passado, seja em razão do endividamento (24,4%), porque estão desempregados (16,4%) ou pelo fato de a renda ter diminuído (20,4%).

Apenas uma em cada cinco pessoas entrevistadas (20,6%) afirmam reunir condições de pagar as dívidas integralmente nos próximos 90 dias.

A pesquisa concluiu ainda que 71,4% das pessoas que têm alguma dívida em atraso, se tornou inadimplente pela primeira vez. Ou seja, é a primeira vez que teve seus nomes manchados em cadastro de mau pagadores.

De acordo com a SPC Brasil, todas as pessoas abordadas relataram um motivo forte que as levaram a atrasar seus compromissos. Para 28,2% dos participantes, a situação não teria chegado onde chegou se não tivessem perdido seus empregos.

Para 14,8%, a diminuição da renda teria sido o motivo que os levaram a não honrar seus compromissos financeiros na data acordada com o credor.

O descontrole financeiro e a falta de planejamento orçamentário como explicações para a inadimplência entraram numa porcentagem menor na pesquisa, com apenas 9,6% atribuindo a estas respostas a razão para terem se tornado inadimplentes.

O empréstimo do nome para compras feitas por terceiros explica o nome sujo de 9,3% dos entrevistados.

As principais contas que os devedores têm são: serviços básicos de água e luz (57,6%), cartão de loja (47,5%), contas de telefone (41,9%) e cartão de crédito (40,4%). Os compromissos que mais se encontram em dia, são aluguel (94,9%), plano de saúde (91,8%) e condomínio (91,3%).

Considerando as contas em atraso, as principais estão relacionadas a serviços de crédito como empréstimo em bancos ou financeiras (89,6%), parcelas do cartão de loja (83,9%), cartão de crédito (74,9%) e contas de crediário e carnês (68,7%). No geral, todas essas pendências em atraso estão nessa situação há mais de um ano.

Os principais produtos e serviços que os consumidores compraram e que os levaram às dívidas e à inadimplência: roupas (45,0%, aumentando para 50,6% entre as mulheres e 57,7% entre os desempregados), calçados (25,8%) e eletrodomésticos (17,4%) - 11% nem ao menos se lembram dos produtos comprados.

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São Paulo - Brasileiros inadimplentes estão descrentes quanto ao reequilíbrio das finanças pessoais no curto prazo. Essa falta de perspectiva levou quase metade da pessoas que responderam a uma pesquisa da SPC Brasil (46%) a afirmar que não terá condições de quitar suas dívidas em atraso, pelo menos, nos próximos três meses.

Não é pra menos. Seis em cada dez entrevistados (61,2%) acreditam que a situação financeira piorou na comparação com o ano passado, seja em razão do endividamento (24,4%), porque estão desempregados (16,4%) ou pelo fato de a renda ter diminuído (20,4%).

Apenas uma em cada cinco pessoas entrevistadas (20,6%) afirmam reunir condições de pagar as dívidas integralmente nos próximos 90 dias.

A pesquisa concluiu ainda que 71,4% das pessoas que têm alguma dívida em atraso, se tornou inadimplente pela primeira vez. Ou seja, é a primeira vez que teve seus nomes manchados em cadastro de mau pagadores.

De acordo com a SPC Brasil, todas as pessoas abordadas relataram um motivo forte que as levaram a atrasar seus compromissos. Para 28,2% dos participantes, a situação não teria chegado onde chegou se não tivessem perdido seus empregos.

Para 14,8%, a diminuição da renda teria sido o motivo que os levaram a não honrar seus compromissos financeiros na data acordada com o credor.

O descontrole financeiro e a falta de planejamento orçamentário como explicações para a inadimplência entraram numa porcentagem menor na pesquisa, com apenas 9,6% atribuindo a estas respostas a razão para terem se tornado inadimplentes.

O empréstimo do nome para compras feitas por terceiros explica o nome sujo de 9,3% dos entrevistados.

As principais contas que os devedores têm são: serviços básicos de água e luz (57,6%), cartão de loja (47,5%), contas de telefone (41,9%) e cartão de crédito (40,4%). Os compromissos que mais se encontram em dia, são aluguel (94,9%), plano de saúde (91,8%) e condomínio (91,3%).

Considerando as contas em atraso, as principais estão relacionadas a serviços de crédito como empréstimo em bancos ou financeiras (89,6%), parcelas do cartão de loja (83,9%), cartão de crédito (74,9%) e contas de crediário e carnês (68,7%). No geral, todas essas pendências em atraso estão nessa situação há mais de um ano.

Os principais produtos e serviços que os consumidores compraram e que os levaram às dívidas e à inadimplência: roupas (45,0%, aumentando para 50,6% entre as mulheres e 57,7% entre os desempregados), calçados (25,8%) e eletrodomésticos (17,4%) - 11% nem ao menos se lembram dos produtos comprados.

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