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10 dicas simples para planejar sua festa de casamento

Confira dez dicas essenciais para que sua festa de casamento seja inesquecível e não termine no vermelho


	Casamento: Casal deve conhecer seus direitos para evitar problemas com fornecedores e prestadores de serviço
 (Thinkstock/LiudmylaSupynska)

Casamento: Casal deve conhecer seus direitos para evitar problemas com fornecedores e prestadores de serviço (Thinkstock/LiudmylaSupynska)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2015 às 09h23.

São Paulo - É curioso o efeito que a palavra "casamento" pode ter sobre os preços de serviços e produtos - os noivos bem sabem. Mas, com uma boa dose de organização e planejamento financeiro é possível driblar altos custos e realizar a festa dos seus sonhos. 

Para que isso aconteça sem que a vida a dois comece no vermelho, a Proteste, organização de consumidores, preparou uma cartilha que mostra as principais armadilhas na preparação da festa de casamento e traz orientações para organizar o evento sem complicações.

Confira a seguir as principais dicas da entidade.

1) Conheça seus direitos

O Código de Defesa do Consumidor (CDC) pode ser uma importante arma de defesa dos noivos em casos de problemas com fornecedores e prestadores de serviços, por isso é importante ter em mente algumas de suas principais disposições.  

Entre outros pontos, o CDC protege os consumidores contra: publicidades enganosas e abusivas; métodos comerciais coercitivos ou desleais; e práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços.

2) Pense no regime de bens do casamento

Escolher o regime de bens do casamento não faz parte da organização da festa propriamente dita, mas é uma das decisões mais importantes do casamento.

Hoje, o regime que vigora quando nenhum outro é definido expressamente é o da comunhão parcial de bens, no qual todos os bens adquiridos de forma onerosa (pagos com o fruto do trabalho do casal) após o casamento são repartidos entre o casal. Já os bens recebidos por herança, doação ou comprado antes do casamento (bens particulares), são individuais.

Outros regimes podem ser definidos por meio de um pacto antenupcial, como o regime da comunhão universal de bens, no qual todos os bens pertencem ao casal em iguais proporções (inclusive bens particulares, à exceção daqueles que possuem cláusula de incomunicabilidade); e o da separação de bens, no qual todos os bens sempre permanecerão de propriedade individual de cada um.

3) Pesquise sites de casamento

Sites de casamento podem auxiliar os noivos com a divulgação de detalhes da cerimônia, como a localização da festa, e os links de sites com a lista de presentes.

Segundo a Proteste, existem diversas opções de site e muitas são gratuitas, mas antes escolher uma delas, os noivos devem verificar se há reclamações sobre o site na internet e devem ler o seu contrato de serviços.

4) Faça um cronograma

Como os gastos envolvidos no casamento são altos, planejar a festa com antecedência é fundamental. Com mais tempo, o casal consegue pechinchar melhor e evitar reajustes de preços.

Na cartilha da Proteste, há uma sugestão de cronograma bem detalhada, com o que deve ser definido em cada mês. Veja na tabela a seguir os principais pontos do cronograma.

Prazo de antecedência Pendências
18 meses Definição do orçamento, da lista de convidados, data do casamento e início da pesquisa de fornecedores.
17 meses Escolha dos locais da cerimônia e da festa.
15 meses Definição do fotógrafo e cinegrafista.
12 meses Escolha do bufê, do DJ e reservas de datas com maquiador e cabeleireiro.
9 meses Definição dos decoradores, bandas e início das pesquisas de vestidos.
8 meses Escolha da decoração.
7 meses Contratação do serviço de bar.
6 meses Convite de padrinhos, daminhas e fechamento da lua de mel.
5 meses Escolha dos bolos, doces e bem-casados.
4 meses Escolha dos convites, do carro da noiva, de eventuais lembrancinhas e das bebidas da festa que não são oferecidas no bufê.
3 meses Escolher o buquê e as lapelas, grinalda, véu e todos acessórios da noiva; providenciar os documentos para o casamento civil; definir a roupa do noivo, dos padrinhos, das damas e dos pajens; e lançar o site do casamento.
2 meses Entrega dos convites, degustação do cardápio da festa e contratação dos seguranças da festa.
1 mês Realização da reunião final com o decorador e o DJ; gravação dos nomes nas alianças e finalização da entrega dos convites.
15 dias Prova do cabelo e maquiagem; fazer uma checklist do que já foi pago e do que ainda falta pagar; reunir os contatos dos fornecedores e entregar para o cerimonial.
Na semana Reunião final com o cerimonial; fazer o ensaio da cerimônia; arrumar a mala da lua de mel; pegar o vestido de noiva e os acessórios; e fazer procedimentos de beleza.

5) Faça uma planilha de gastos

Como a lista de gastos com a festa é extensa, é fundamental fazer uma planilha de despesas para que o planejamento do casamento seja bem feito.

A Proteste sugere que a planilha seja dividida em quatro colunas: produtos/serviços; preço total; número de parcelas; e dia do pagamento. 

6) Planeje com atenção a lista de convidados

A lista de convidados é um dos segredos do sucesso de um casamento, já que é um dos principais fatores de definição dos custos. 

A lista pode começar pelas pessoas mais próximas e depois seguir pelos parentes mais distantes, amigos dos pais e colegas de trabalho. O cálculo do número de convidados deve considerar que 10% a 20% dos convidados não vão ao casamento, em média, segundo a Proteste.

Veja a seguir a sugestão de planilha que a entidade propôs para facilitar o controle da lista de convidados:

Nome no convite Nome de cada convidado Número de convidados Número de convites Telefone Celular E-mail Endereço Presença
                 
                 

7) Tome algumas precauções com a lista de presentes

Para não ter problema com as lojas selecionadas para as listas de presentes, a Proteste orienta que os noivos verifiquem os procedimentos da loja para troca de produtos e se ela tem reclamações nos órgãos de defesa do consumidor.

Também é aconselhável guardar uma cópia da lista e checar as regras previstas em contrato para o caso de falta de produtos em estoque. O prazo mínimo de troca também deve ser observado, assim como as condições e prazos no caso de troca por vício.

Verifique também se a loja permite acompanhar o processo de compra do presente na Internet, isso pode facilitar o planejamento sobre o que precisará ser trocado e o que não foi comprado pelos convidados e deverá ser providenciado.

A cartilha também recomenda que a lista inclua produtos de todos os valores, desde os mais baratos até os mais caros para os noivos não sejam deselegantes.

8) Veja alternativas para não gastar tanto no vestido

Para não arcar com gastos exorbitantes na escolha do vestido, a Proteste sugere alternativas, como contratar uma costureira que esteja habituada a confeccionar vestidos de noiva. Outra opção seria comprar o tecido e solicitar aos estilistas da própria loja o desenho final.

O aluguel também é uma opção mais acessível para noivas que não se importam de não guardar um vestido. Nesse caso, é possível optar pelo primeiro aluguel, assim a loja faz o modelo como a noiva quer, e depois disponibiliza para locação.

9) Busque locais especializados para comprar a aliança

Os preços das alianças podem variar muito, seja pela qualidade da joia, marca ou pelo design, por isso é importante pesquisar bem as opções disponíveis.

Segundo a Proteste, uma boa dica é visitar a Rua Barão de Paranapiacaba, conhecida como "rua do ouro", que fica na região central da cidade de São Paulo. A entidade afirma que lá os preços das alianças são bem inferiores aos cobrados em lojas de shoppings

Porém, caso a aliança seja comprada nessas lojas é importante ficar atento à origem do produto e à garantia para que o barato não saia caro. Tanto nessas lojas, quanto em outras, é importante exigir a nota fiscal e o certificado de garantia e guardá-los em alguma pasta para que não sejam perdidos.

A Proteste também diz que o polimento e a gravação dos nomes dos noivos e da data do casamento costumam ser feito gratuitamente.

10) Atenção ao contratar o bufê e o espaço da festa

Ao escolher o bufê e o local da festa é importante verificar com cuidado o que está incluído no preço. Por exemplo, se as bebidas fazem parte do bufê e se a decoração é paga junto com o aluguel do espaço.

A Proteste alerta que algumas empresas cobram por objetos quebrados ou estragados durante a festa, por isso é importante exigir que o preço das peças passíveis de danos constem do contrato.

Grande parte dos bufês cobra preços diferenciados de acordo com o tempo de recepção. É importante checar se no contrato são previstos custos adicionais diante de eventuais atrasos e prorrogações no tempo previsto.

A cartilha orienta o casal a fazer uma pesquisa com diversos bufês, analisando promoções, número de funcionários que estarão disponíveis e as formas de pagamento. Outra dica para economizar é não colocar tantas opções de pratos, para reduzir desperdícios.

Antes de fechar o contrato, a Proteste recomenda pedir informações a pessoas que já utilizaram os serviços e consultar o cadastro de fornecedores do Procon, para saber se há registros de reclamações contra a empresa. 

Se a empresa descumprir o que foi combinado, o consumidor pode pedir reembolsos dos gastos e eventuais indenizações, conforme o artigo 20 do Código  de Defesa do Consumidor. 

Para exercer seus direitos, no entanto, os noivos se certificar de que tudo que for relevante para a festa conste por escrito já que em caso de falhas, essa será a prova do que foi contratado para reclamações posteriores.

Nome do prestador de serviços, condições e tipo da prestação, valor e formas de pagamento são alguns dos pontos que devem constar do contrato. 

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