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Warren Buffett se diz otimista e prevê loucura no mercado

Me surpreenderia muito se os mercados despencassem 50% em relação aos níveis atuais no curto prazo, disse o mega investidor em entrevista


	Buffett observou que as ações da Berkshire Hathaway já despencaram 50% por quatro vezes em sua história, mas sempre voltaram aos patamares justos
 (Chip Somodevilla/Getty Images)

Buffett observou que as ações da Berkshire Hathaway já despencaram 50% por quatro vezes em sua história, mas sempre voltaram aos patamares justos (Chip Somodevilla/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2014 às 11h37.

São Paulo – O megainvestidor Warren Buffett acredita que o pior da crise financeira definitivamente já foi superado. Em entrevista à rede americana CNBC, Buffett afirmou que uma nova crise "algum dia" vai abalar os mercados nos próximos anos, mas isso não deve acontecer em breve.

“Me surpreenderia muito se os mercados despencassem 50% em relação aos níveis atuais no curto prazo. Acho que as pessoas vão se comportar como loucas no mercado nos próximos 50 anos, tanto para o lado positivo, quanto para o negativo. Mas, é muito improvável que se comportem assim no curto prazo, depois de tudo que aconteceu de 2008 pra cá”, explicou o Oráculo de Omaha - como é chamado.

Buffett completou seu raciocínio dizendo que o mercado acaba de sair da sala de emergência e, provavelmente, se comportará de maneira mais cautelosa agora.

O megainvestidor observou ainda que as ações da Berkshire Hathaway já despencaram 50% por quatro vezes em sua história, mas sempre voltaram aos patamares justos.

Sobre a economia americana, Buffett afirmou que está otimista desde 2008, mas confessou que não espera uma aceleração rápida.

Ao final de sua explicação, Buffett brincou com o apresentador Joe Kernen, de 58 anos: “Eu não vou, mas você vai viver para ver o Dow Jones aos 100 mil pontos”, disse um dos mais respeitados investidores do mundo, atualmente com 83 anos.


Tensões atuais

Warren Buffett também falou recentemente sobre o momento vivido pelo mercado de ações – que sofreu com as turbulências vindas dos conflitos na Ucrânia.

Buffett afirmou que crises, como a atual, não o influenciam. "Eu nunca compro ou vendo ações de empresas baseado em fatores macroeconômicos", disse ele.

Ele lembrou ainda que o seu primeiro investimento ocorreu nos anos seguintes aos ataques em Pearl Harbor, em 1941.

"A última coisa que você quer fazer é guardar dinheiro durante uma guerra. A Segunda Guerra Mundial, por exemplo, foi uma oportunidade, pois as ações avançaram muito depois”, afirmou o Oráculo de Omaha.

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