Wall Street fecha em baixa com desânimo com balanços e tensões comerciais
O índice Dow Jones caiu 0,54 por cento, a 25.162 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 0,760222 por cento, a 2.818 pontos
Reuters
Publicado em 15 de agosto de 2018 às 19h10.
Nova York - Wall Street fechou em baixa nesta quarta-feira de fortes negociações, com o S&P 500 registrando sua maior queda percentual desde o fim de junho num quadro de aversão ao risco após balanços decepcionantes e uma escalada global de preocupações com tarifas comerciais.
O índice Dow Jones caiu 0,54 por cento, a 25.162 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 0,760222 por cento, a 2.818 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 1,23 por cento, a 7.774 pontos.
A empresa de tecnologia chinesa Tencent Holdings divulgou sua primeira queda no lucro em quase 13 anos, colocando pressão sobre o setor de tecnologia dos Estados Unidos. As ações de tecnologia registraram as piores quedas no S&P 500 e no Nasdaq, com o índice de tecnologia do S&P 500 caindo 1,1 por cento.
Ações do varejo caíram na esteira da performance da Macy's, que recuou 15,9 por cento após temores acerca de suas margens assustarem investidores, ofuscando vendas e lucro acima do esperado.
"Havia muito otimismo com os balanços do varejo", disse o estrategista-chefe de mercado da TD Ameritrade, JJ Kinahan. Os resultados da Macy's "atenuaram esse otimismo".
Os resultados do segundo trimestre foram em geral mais fortes que o esperado, com 79,1 por cento deles superando as expectativas de analistas, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S. Os resultados são para 460 empresas do S&P 500.
A contenda comercial global esquentou após o presidente turco , Tayyip Erdogan, ter dobrado as tarifas sobre alguns produtos importados dos Estados Unidos, e a China ter apresentado uma queixa na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as políticas comerciais dos EUA.
O setor industrial, que é sensível às tarifas, caiu 0,5 por cento, com Caterpillar e Boeing puxando o Dow Jones para baixo.
"Uma combinação de medo de contágio da Turquia e a possibilidade de uma desaceleração na China chateou os mercados ao redor do mundo", completou Kinahan.