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Volatilidade diminui e dólar tem leve alta, a nona seguida

O dólar terminou a 1,7122 real para venda, em alta de 0,16 por cento

Não se pode descartar que o dólar continue a subir no Brasil (Karen Bleier/AFP)

Não se pode descartar que o dólar continue a subir no Brasil (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2011 às 18h14.

São Paulo - O dólar ficou praticamente estável nesta terça-feira, exibindo volatilidade menos intensa do que a vista nos últimos dias em meio à expectativa de medidas para atenuar a crise da dívida na Europa.

Apesar da variação pequena, a moeda norte-americana fechou em alta pelo nono dia consecutivo. O dólar terminou a 1,7122 real para venda, em alta de 0,16 por cento.

"O mercado ficou um pouco mais tranquilo lá fora", disse o gerente de operações do Banif Securities, Arnaldo Puccinelli, em referência à expectativa de investidores no exterior de que a crise da dívida na União Europeia possa ser amenizada por uma ação coordenada de economias emergentes.

Os países do Brics --Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul-- estão em conversas iniciais a respeito de um aumento das compras de títulos denominados em euros, afirmou uma fonte do governo brasileiro.

Mas não se pode descartar que o dólar continue a subir no Brasil, afirmou Puccinelli, que chamou a atenção para a posição comprada de investidores estrangeiros em contratos de dólar futuro na BM&FBovespa nos últimos dias.

"Ficando acima da casa dos 1,7050, 1,710, você pode ver o dólar voltando a subir para 1,75 (real). Hoje tiveram vários momentos em que ele tentou realizar (lucros e se desvalorizar) e não realizou", disse o profissional de mercado.


Analistas do Credit Suisse também avaliam possível que a alta do dólar continue, e recomendam o hedge dos investimentos em real mesmo que ele seja feito atualmente a um custo relativamente alto, de cerca de 8 por cento.

"O real pode ser muito suscetível a uma desvalorização aguda em situações de estresse no mercado", afirmou a equipe de oito analistas, em relatório.

O Credit Suisse também avalia que parte da pressão pela alta do dólar no Brasil seja oriunda do processo recém-iniciado de redução dos juros. No fim de agosto, o Banco Central cortou a Selic em 0,5 ponto percentual, a 12 por cento, e o mercado prevê juro de 11 por cento ao final do ano.

A taxa Ptax, calculada pelo Banco Central (BC) e usada como referência para os ajustes de contratos futuros e outros derivativos de câmbio, fechou a 1,7127 real para venda, em alta de 1,35 por cento.

O BC, mantendo o mesmo padrão de intervenções dos últimos dias, fez uma compra de dólares no mercado à vista, com taxa de corte de 1,7090 real.

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