A empresa é a maior rede de pagamentos do mundo (Jakub Porzycki/Getty Images)
Repórter colaborador
Publicado em 30 de outubro de 2024 às 06h05.
A Visa registrou um lucro no quarto trimestre fiscal que superou as expectativas de Wall Street, com o aumento das transações internacionais.
O lucro líquido ajustado aumentou 13%, para US$ 5,4 bilhões, ou US$ 2,71 por ação, disse a empresa na terça-feira em um comunicado. Isso superou a estimativa média de US$ 2,58 dos analistas pesquisados pela Bloomberg.
A receita líquida do terceiro trimestre fiscal encerrado em 30 de setembro aumentou 12% em relação ao ano anterior, para US$ 9,6 bilhões. Os volumes de transações internacionais aumentaram 13%.
Os resultados foram impulsionados pelo crescimento no volume de pagamentos, volume internacional e transações processadas, além do forte impulso em novos fluxos e serviços de valor agregado, segundo apontou o CEO Ryan McInerney no comunicado. "Vemos uma tremenda oportunidade à frente para expandir nossos negócios."
As ações da empresa subiram até 2,9%, para US$ 290, no pregão estendido em Nova York. No fechamento normal, houve desvalorização de 0,8%. Já no pré-mercado desta quarta, os papéis subiam 1,75%.
As ações ganharam 8,3% neste ano, atrás do avanço de 24% do S&P 500 Financials Index de 72 empresas.
A Visa planeja demitir cerca de 1.400 funcionários até o final do ano como parte de um esforço para "otimizar seus negócios internacionais", segundo informou o Wall Street Journal.
Cerca de 1.000 postos desses cortes serão cargos de tecnologia, enquanto a maioria do restante afetará trabalhadores em vendas comerciais e parcerias digitais globais, de acordo com o relatório. A empresa tinha cerca de 28.800 funcionários no final do ano fiscal de 2023.
Em outra frente, no mês passado, o Departamento de Justiça dos EUA processou a Visa acusando a empresa de monopolizar o mercado de cartões de débito no país - foi o primeiro grande caso antitruste do governo Biden no setor de serviços financeiros. A Visa chamou o processo de “sem mérito”.
No início deste ano, um juiz federal rejeitou um acordo de US$ 30 bilhões que a Visa e a rival Mastercard haviam alcançado com comerciantes dos EUA em uma tentativa de resolver duas décadas de litígio sobre taxas de cartão de crédito.