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Vinci Partners pode ter até 21% da PDG Realty em 4 anos

Em uma primeira etapa, a operação prevê uma capitalização da PDG de 799,98 milhões de reais por meio da emissão de 199 milhões de bônus de subscrição

PDG Realty é a construtora mais lucrativa das Américas (EDUARDO MONTEIRO)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2013 às 22h23.

São Paulo - A gestora de investimentos Vinci Partners fez uma proposta societária à incorporadora e construtora PDG Realty pela qual poderá assumir até 21 por cento do capital da empresa dentro de quatro anos.

Em uma primeira etapa, a operação prevê uma capitalização da PDG de 799,98 milhões de reais por meio da emissão de 199 milhões de bônus de subscrição.

Cada bônus dará o direito imediato a uma nova ação da PDG, além de uma debênture conversível em uma ação da companhia num prazo de quatro anos. Os títulos de dívida não renderão juros.

A Vinci Partners, formada por ex-sócios do BTG Pactual, se comprometeu a subscrever entre o mínimo de 54,8 por cento e o máximo de 81,4 por cento dos bônus propostos.

O valor total do aporte de forma consolidada é equivalente a 4,02 reais por ação, um prêmio de 11,4 por cento sobre o preço de fechamento do papel da empresa na bolsa última sexta-feira (25), com base na média de preço ponderada por volume nos últimos 20 pregões.


As ações da PDG na bolsa paulista exibiam forte alta nesta sessão, com ganho de 7,22 por cento às 15h22, a 3,86 reais, depois de terem avançado 13 por cento na máxima até esse horário. O Ibovespa tinha valorização de 2,02 por cento.

Com base no capital social da PDG, a emissão das 199 milhões de ações, conforme previsto na etapa inicial, elevaria a composição acionária da incorporadora e construtora para cerca de 1,34 bilhão de ações ordinárias. Desse total, a Vinci teria entre 8,1 e 12,1 por cento, considerando o intervalo de subscrição pretendido pela gestora.

Pelo prazo de dois anos, a Vinci "não negociará as novas ações que vier a subscrever, desde que atendida a alocação mínima", segundo fato relevante divulgado pela PDG mais cedo.

Debêntures conversíveis - Cada debênture conversível a que o bônus de subscrição dará direito terá valor de dívida de 0,01 real. Para ter o título transformado em ação futuramente, os detentores precisarão desembolsar, na data de conversão, o maior valor entre 4 reais ajustados pela variação da taxa básica de juros Selic e 6 reais.

Assim, a PDG teria daqui a alguns anos um potencial novo reforço de caixa entre 800 milhões de reais corrigidos pela Selic e 1,2 bilhão de reais, considerando conversão de todas as debêntures em ações.

A Vinci Partners, enquanto isso, elevaria sua fatia na PDG Realty para entre 14,2 e 21 por cento, com base em cálculos feitos pela Reuters.


Segundo a Vinci, o negócio ajudará a reforçar a estrutura de capital da empresa "para fazer frente a uma eventual escassez de crédito" e permitirá o "pagamento de dívidas onerosas, que hoje afetam os resultados" da PDG.

Direito de preferência - De acordo com a PDG, "em qualquer hipótese será respeitado o direito de preferência dos acionistas da companhia à subscrição do bônus".

A operação ainda precisa ser avaliada pelo Conselho de Administração e, posteriormente, pelos acionistas da companhia. A proposta foi apresentada ao presidente-executivo da PDG, Zeca Grabowsky.

A PDG Realty, que conquistou a liderança do setor no país ao incorporar a Agre, em 2010, vem tendo seus resultados prejudicados por alto nível de despesas, atraso de entregas e menor ritmo de vendas e lançamentos.

No primeiro trimestre, a empresa apurou lucro líquido de 32,5 milhões de reais, sete vezes inferior ao ganho de um ano antes.

Um revés na diretoria da PDG também ocupou as atenções do mercado nos últimos trimestres. Após Grabowsky ter decidido permanecer na presidência, adiando a transição já prevista, Michel Wurman renunciou este mês aos cargos de diretor vice-presidente e de Relações com Investidores. Wurman chegou a ser cogitado como possível substituto de Grabowsky.

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Em uma primeira etapa, a operação prevê uma capitalização da PDG de 799,98 milhões de reais por meio da emissão de 199 milhões de bônus de subscrição.

Cada bônus dará o direito imediato a uma nova ação da PDG, além de uma debênture conversível em uma ação da companhia num prazo de quatro anos. Os títulos de dívida não renderão juros.

A Vinci Partners, formada por ex-sócios do BTG Pactual, se comprometeu a subscrever entre o mínimo de 54,8 por cento e o máximo de 81,4 por cento dos bônus propostos.

O valor total do aporte de forma consolidada é equivalente a 4,02 reais por ação, um prêmio de 11,4 por cento sobre o preço de fechamento do papel da empresa na bolsa última sexta-feira (25), com base na média de preço ponderada por volume nos últimos 20 pregões.


As ações da PDG na bolsa paulista exibiam forte alta nesta sessão, com ganho de 7,22 por cento às 15h22, a 3,86 reais, depois de terem avançado 13 por cento na máxima até esse horário. O Ibovespa tinha valorização de 2,02 por cento.

Com base no capital social da PDG, a emissão das 199 milhões de ações, conforme previsto na etapa inicial, elevaria a composição acionária da incorporadora e construtora para cerca de 1,34 bilhão de ações ordinárias. Desse total, a Vinci teria entre 8,1 e 12,1 por cento, considerando o intervalo de subscrição pretendido pela gestora.

Pelo prazo de dois anos, a Vinci "não negociará as novas ações que vier a subscrever, desde que atendida a alocação mínima", segundo fato relevante divulgado pela PDG mais cedo.

Debêntures conversíveis - Cada debênture conversível a que o bônus de subscrição dará direito terá valor de dívida de 0,01 real. Para ter o título transformado em ação futuramente, os detentores precisarão desembolsar, na data de conversão, o maior valor entre 4 reais ajustados pela variação da taxa básica de juros Selic e 6 reais.

Assim, a PDG teria daqui a alguns anos um potencial novo reforço de caixa entre 800 milhões de reais corrigidos pela Selic e 1,2 bilhão de reais, considerando conversão de todas as debêntures em ações.

A Vinci Partners, enquanto isso, elevaria sua fatia na PDG Realty para entre 14,2 e 21 por cento, com base em cálculos feitos pela Reuters.


Segundo a Vinci, o negócio ajudará a reforçar a estrutura de capital da empresa "para fazer frente a uma eventual escassez de crédito" e permitirá o "pagamento de dívidas onerosas, que hoje afetam os resultados" da PDG.

Direito de preferência - De acordo com a PDG, "em qualquer hipótese será respeitado o direito de preferência dos acionistas da companhia à subscrição do bônus".

A operação ainda precisa ser avaliada pelo Conselho de Administração e, posteriormente, pelos acionistas da companhia. A proposta foi apresentada ao presidente-executivo da PDG, Zeca Grabowsky.

A PDG Realty, que conquistou a liderança do setor no país ao incorporar a Agre, em 2010, vem tendo seus resultados prejudicados por alto nível de despesas, atraso de entregas e menor ritmo de vendas e lançamentos.

No primeiro trimestre, a empresa apurou lucro líquido de 32,5 milhões de reais, sete vezes inferior ao ganho de um ano antes.

Um revés na diretoria da PDG também ocupou as atenções do mercado nos últimos trimestres. Após Grabowsky ter decidido permanecer na presidência, adiando a transição já prevista, Michel Wurman renunciou este mês aos cargos de diretor vice-presidente e de Relações com Investidores. Wurman chegou a ser cogitado como possível substituto de Grabowsky.

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