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Veja as ações que mais subiram e caíram em setembro

Frigoríficos voltam a ter fortes valorizações e papeis da Eletrobras lideram perdas com esfriamento de expectativa sobre privatização

Com elevação de preço alvo e exportações de suínos para a China, ação da Marfrig liderou altas com valorização de 31,98%; Papeis da Eletrobras tiveram pior queda do Ibovespa (iStock/Getty Images)

Com elevação de preço alvo e exportações de suínos para a China, ação da Marfrig liderou altas com valorização de 31,98%; Papeis da Eletrobras tiveram pior queda do Ibovespa (iStock/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 30 de setembro de 2019 às 18h45.

Última atualização em 30 de setembro de 2019 às 18h48.

Após queda em agosto, o principal índice da Bolsa recuperou as perdas e teve o maior fechamento mensal da história em setembro, a 104.742,32 pontos. No período, o Ibovespa subiu 3,57%.

Quem liderou a alta foram as ações da Marfrig, que se valorizaram 31,98% em setembro. Os frigoríficos vêm apresentando forte valorização na Bolsa neste ano devido ao aumento de exportações de carne de porco para a China, onde rebanhos foram devastados pela peste suína. Os papeis da Marfrig também foram impulsionadas pelo relatório do Bank of America, que estipulou 12 reais como o preço-alvo do ativo. Atualmente, a ação ordinária da empresa vale 11,02 reais.

Outra companhia do setor, a JBS não ficou entre as principais altas mensais do Ibovespa. No entanto, seus papeis tiveram apreciação de 10,63% em setembro. Esse é o terceiro mês consecutivo em que suas ações sobem mais de 10% e o sétimo do ano. A alta acumulada em 2019 já chega a 182,92%.

A ação da Braskem, por outro lado,  vinha figurando entre os piores investimentos do ano, mas reagiu em setembro. Após seis meses de quedas acentuadas, seus papeis tiveram valorização mensal de 15,24%.

Dono de 50,01% das ações com da petroquímica com direito a voto, a Odebrecht retomou, neste mês, o processo para se desfazer de sua participação. Essa não é a primeira vez que o grupo baiano tenta vender sua parte da Braskem. No primeiro semestre, a Odebrecht negociava a venda para a fabricante holandesa de produtos químicos LyondellBasell. Porém, a associação da petroquímica com empreiteira envolvida na Operação Lava-Jato foi decisiva para o cancelamento do negócio, como apontou EXAME em reportagem de julho.

Maiores altas

EmpresaTrickerDesempenho no mês (%)
MarfrigMRFG331,98%
SuzanoSUZB315,72%
BraskemBRKM515,24%
EstácioYDUQ314,69%
EcorodoviasECOR313,71%
UltraparUGPA312,61%
BradesparBRAP411,01%
MultiplanMULT311,00%
KrotonKROT310,91%
RumoRAIL310,86%

Já a maior perda do índice ficou a cargo dos papeis da Eletrobras, que recuaram 12,6% em setembro. A queda derrete boa parte da valorização de agosto, quando a ação subiu 16,63% com a expectativa de privatização. O mercado esperava que o projeto de lei que possibilitaria a venda da estatal fosse enviado para o Congresso até o dia 20 deste mês. Mas, as expectativas foram frustradas após o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, dizer que não havia clima no Senado para a desestatização da companhia.

Os papéis da MRV fecharam no azul nos últimos três pregões. Mas, nem isso foi suficiente para reverter as perdas. No início do mês, as ações da imobiliária mineira tiveram forte desvalorização com a notícia que a empresa estudava investir na construtora americana AHS ResidenTial, que tem Rubens Menin como fundador e presidente do conselho. Como o executivo também comanda a MRV, a possível negociação deixou os investidores cautelosos. A ação da empresa fechou o mês com perda de 10,46%.

Maiores baixas

EmpresaTrickerDesempenho no mês (%)
EletrobrasELET3-12,60%
EletrobrasELET6-10,50%
MRVMRVE3-10,46%
GPAPCAR4-8,86%
CSNCSNA3-5,91%
CyrelaCYRE3-4,53%
Petrobras DistribuidoraBRDT3-4,41%
SabespSBSP3-4,06%
NotreDame IntermédicaGNDI3-3,26%
TIM BrasilTIMP3-3,17%

 

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