Usiminas sobe 8% após venda de ações da Ternium e licitação
Notícias positivas sobre a companhia colaboraram para que a siderúrgica liderasse a alta na bolsa de valores
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2011 às 15h09.
São Paulo – Quando a notícia é positiva, o mercado se anima. Nesta segunda-feira (31) foi a vez da Usiminas (USIM3, USIM5). As informações de que a empresa ganhou uma licitação para fornecer chapas de aço para a Transpetro, somada ao fato de que a companhia vendeu uma fatia de 14,25% na Ternium, incentivou a compra dos papéis da siderúrgica.
As ações ordinárias da empresa (USIM3) fecharam o dia negociadas a 25,06 reais, com alta de 8,39%, enquanto as preferenciais (USIM5) terminaram cotadas a 19,54 reais, com ganho de 4,49%. Os avanços minimizaram a queda do Ibovespa, principal índice acionário da bolsa brasileira, que encerrou a sessão com queda de 0,18%, aos 66.574 pontos.
Mais aço
Ao ganhar a licitação da Transpetro, a Usiminas superou 12 siderúrgicas para fornecer 13 mil toneladas de chapas de aço para construção de navios, elevando assim a sua participação no programa de modernização da frota da empresa de transportes da Petrobras.
A encomenda amplia para 66 mil toneladas o volume de aço que será fornecido pela Usiminas ao Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef), ou cerca de 40 por cento do total já adquirido. O aço corresponde entre 20% a 30% do custo de um navio.
Acordo
Além disso, a Usiminas fechou hoje um acordo para vender a participação de 14,25% que possui na siderúrgica Ternium. Como parte do acordo, o Techint Group, controlador da Ternium, vai recomprar ações da siderúrgica brasileira por 100 milhões de dólares. Outros 100 milhões de dólares serão recomprados pela própria Terinum e os 850 milhões de dólares restantes deverão ser vendidos em uma venda pública de ações.
A operação foi considerada positiva por Leonardo Correa, analista da equipe de Research do Barclays. Ele ressalta que a Usiminas está elevando o fluxo de caixa, o que permitirá a empresa participar de oportunidades de investimentos mais estratégicas. A venda da participação também foi considerada positiva pelo analista Rodrigo Fernandes do Banco Fator. Ele manteve a recomendação de "manutenção", com um preço-alvo de 23 reais para dezembro de 2011.
“Nós acreditamos que muitos investidores precificaram mal este ativo, ao mesmo tempo em que a companhia forneceu benefícios estratégicos limitados e sinergias”, afirma Correa. “O uso dos recursos pela siderúrgica brasileira ainda não está definido. Apesar disso, não acreditamos que a companhia pague dividendos extraordinários. Eles são altamente improváveis. O que esperamos é mais expansões nos negócios de aço bruto, que já podem estar em curso, principalmente em Ipatinga/Cubatão”, completa o analista do Barclays.
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