Tupy: compra da Teksid pela empresa foi anunciada no final do ano de 2019 (Akos Stiller/Bloomberg)
A Tupy (TUPY3) divulgou, na última quarta-feira, 14, que recebeu a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para comprar os negócios globais de ferro da Teksid, empresa italiana especializada em produção de ferro e peças fundidas para indústria automotiva.
As ações da multinacional brasileira de metalurgia fecharam o pregão desta sexta-feira, 16, cotadas a R$ 24,26, com uma leve variação positiva de 0,17%. No dia do anúncio, porém, os papéis da Tupy dispararam e fecharam o dia em alta de 6,57%, cotados a R$ 24,98. Mas qual o impacto da aquisição aprovada para as ações?
A EXAME Invest Pro preparou um relatório sobre o desfecho do negócio e evidenciou os potenciais ganhos para a empresa brasileira.
De acordo com o analista da EXAME Invest Pro, Vitor de Melo, o anúncio da Tupy em relação à aquisição da Teksid reforça a visão positiva da casa de análises sobre a empresa.
O especialista destacou alguns pontos da empresa em relação a riscos e oportunidades. Um dos destaques é a potencial demanda forte por construção pesada no segundo semestre deste ano e a sólida demanda do mercado dos Estados Unidos. "A escassez de semicondutores na indústria automobilística está impactando menos os veículos pesados do que os leves, mitigando o risco de demanda da Tupy", afirmou.
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Melo destaca no relatório três riscos envolvendo investimentos na empresa, entre eles uma reação não esperada da economia apesar dos estímulos de governos e principais bancos centrais.
A compra da Teksid pela Tupy foi anunciada no final do ano de 2019. O valor da transação na ocasião foi de 210 milhões de euros e previa à metalurgica brasileira o direito às operações da companhia no Brasil, no México, em Portugal, na Polônia e na China. Além disso, a negociação também englobava os escritórios na Itália e nos EUA.
Apesar de ter sido aprovada pelo Cade e de já ter autorização de autoridades antitruste europeias, a Tupy ainda aguarda as aprovações de órgãos antitruste dos EUA e do México para, enfim, concretizar a transação.