Mercados

Três ações candidatas ao mico do ano

Os papéis têm sofrido com o cenário político e com decisões estratégicas das empresas


	O desempenho destas ações deixou o mercado a desejar
 (Mistvan/ Wikimedia Commons)

O desempenho destas ações deixou o mercado a desejar (Mistvan/ Wikimedia Commons)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 19 de dezembro de 2015 às 07h04.

São Paulo - O desempenho do Ibovespa neste ano deixou muito investidor decepcionado. O principal índice da bolsa caminha para fechar em baixa de mais de 11%.

O cenário político brasileiro é o principal responsável pela baixa da bolsa brasileira, fazendo com que o país perdesse o grau de investimento por duas agências de classificação de risco, a Standard & Poor's e recentemente, pela Fitch.

Além disso, algumas ações têm sido fortemente impactadas pela alta do dólar e pela queda no desempenho das commodities. Somado a isso, as decisões estratégicas das empresas também têm pesado neste ano difícil.

Analisando a carteira do Ibovespa, as ações preferencias da Metalúrgica Gerdau, da Oi e da GOL são os destaques negativos do ano.

A Metalúrgica Gerdau acumula perdas de 86%, a Oi de 81% e a GOL de 80%. A disputa é grande entre as três para saber qual será a pior ação de 2015.

No caso da GOL, a companhia sofre com a alta do dólar e pela queda na demanda de passageiros. No mês passado, houve um recuo de 10,90% na demanda doméstica, na comparação com outubro.

Com o recuo na demanda, a taxa de ocupação nos aviões da companhia caiu para 73,6%, o que representa uma queda de 6,3 pontos porcentuais (p.p.) na mesma base de comparação.

No caso da Metalúrgica Gerdau, no mês passado, o Conselho de Administração da companhia aprovou um aumento de capital com a emissão de 500 milhões de ações ao preço unitário de 1,80 reais por ação. A empresa afirmou que os 900 milhões de reais levantados com a operação seriam utilizados integralmente para o pagamento de dívida.

Já a última notícia da Oi é que a companhia conseguiu levantar 1,2 bilhão de dólares, cerca de 5 bilhões de reais, com o China Development Bank (CDB). Além disso, uma reportagem da Bloomeberg afirma que a Oi está trabalhando para ter uma oferta pelo controle da Tim até janeiro.

A reportagem afirma ainda que pelo acordo de exclusividade que tem com a LetterOne, empresa do bilionário russo Mikhail Fridman, a companhia tem até maio para fazer a proposta de fusão com a Tim, unidade da Telecom Italia. No entanto, a Oi quer entregar a oferta o quanto antes e, com isso, receber o aporte de 4 bilhões de dólares prometido pela LetterOne, que a ajudaria a reduzir sua alavancagem.

Acompanhe tudo sobre:3GAçõesAviaçãoB3bolsas-de-valoresBrasil Telecomcompanhias-aereasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas portuguesasGerdauGol Linhas AéreasIbovespaMercado financeiroOiOperadoras de celularServiçosSetor de transporteSiderurgiaSiderurgia e metalurgiaSiderúrgicasTelecomunicaçõesTelemar

Mais de Mercados

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade

Após vender US$ 3 bilhões, segundo leilão do Banco Central é cancelado