Mercados

Temor com PIB leva juros a recuarem

A piora nas expectativas para a expansão do PIB no boletim Focus se sobrepõe à revisão para cima nas projeções de inflação na mesma pesquisa e ao otimismo externo


	Perto das 10h15, na BM&FBovespa, o contrato com vencimento em janeiro de 2014 projetava taxa 7,09%, ante 7,11% no ajuste da sexta-feira (11)
 (REUTERS/Nacho Doce)

Perto das 10h15, na BM&FBovespa, o contrato com vencimento em janeiro de 2014 projetava taxa 7,09%, ante 7,11% no ajuste da sexta-feira (11) (REUTERS/Nacho Doce)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2013 às 09h44.

São Paulo - As preocupações com o crescimento fazem com que os juros futuros tenham leve queda no início dos negócios nesta segunda-feira.

A piora nas expectativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) no boletim Focus, do Banco Central, divulgado também nesta segunda-feira, se sobrepõe à revisão para cima nas projeções de inflação na mesma pesquisa e ao otimismo externo, que favorece maior apetite ao risco.

Paulo Gala, estrategista da Fator Corretora, diz que "os juros futuros dão continuidade ao movimento iniciado na semana passada, após a divulgação de indicadores de atividade, consolidando que o cenário de crescimento foi horrível no fim do ano de 2012".

Ele se refere a dados sobre vendas de papelão ondulado e fluxo de veículos nas estradas com pedágio.

No boletim Focus, as estimativas para o crescimento da economia brasileira em 2013 caíram de 3,26% para 3,20%. Quanto à inflação, subiram. Os analistas do mercado financeiro revisaram para cima as projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano, de 5,49% para 5,53%.

Perto das 10h15, na BM&FBovespa, o contrato com vencimento em janeiro de 2014 projetava taxa 7,09%, ante 7,11% no ajuste da sexta-feira (11); o DI com vencimento em janeiro de 2015 tinha taxa de 7,70%, de 7,73%; e o DI com vencimento em janeiro de 2016 marcava 8,19%, de 8,21% no ajuste anterior.

Entre os vencimentos mais longos, o contrato para janeiro de 2017 projetava 8,48%, de 8,51% na sexta-feira (11) e o contrato com vencimento em janeiro de 2021 marcava 9,18%, de 9,20%.


Nos mercados acionários internacionais, o otimismo foi alimentado por declarações do presidente do Federal Reserve de Chicago, Charles Evans.

Segundo ele, que é membro votante do Fed, a economia dos EUA manterá a política de estímulos econômicos até que gere mais empregos, alcançando a marca de 200 mil mensais por vários meses ou entre 1 milhão e 1,5 milhão de novas vagas de seis meses a um ano.

Além disso, o país deve crescer 2,5% neste ano e 3,5% no ano que vem.

Vale lembrar que, nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reúne-se para decidir sobre o juro básico da economia brasileira.

Na primeira reunião de 2013, o BC deve manter a Selic estável em 7,25% ao ano, prevê a maioria dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções.

A decisão sai na quarta-feira (16). Ao longo da semana também serão conhecidos números das vendas no comércio varejista em novembro (na terça-feira, 15) e o resultado da inflação medida pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) em janeiro (na quinta-feira, 17).

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresJuros

Mais de Mercados

Conglomerado de Buffet desfaz quase metade de sua participação na Apple

Nasdaq cai 2,4% puxado por Intel e Amazon e aprofunda correção

Ibovespa cai 1,2% com pessimismo nos EUA e volta aos 125 mil pontos

Payroll, repercussão de balanços das big techs e produção industrial no Brasil: o que move o mercado

Mais na Exame