Temor por China pesa em commodities e dita 3a queda do Ibovespa
São Paulo - Temores crescentes de desaceleração forçada na China pesaram sobre as ações de commodities, conduzindo a Bovespa para a terceira queda seguida nesta segunda-feira. O Ibovespa ainda se recuperou parcialmente nos minutos finais, mas não a tempo de evitar uma queda de 0,46 por cento, aos 69.023 pontos, marcando a terceira queda […]
Da Redação
Publicado em 15 de março de 2010 às 17h56.
São Paulo - Temores crescentes de desaceleração forçada na China pesaram sobre as ações de commodities, conduzindo a Bovespa para a terceira queda seguida nesta segunda-feira.
O Ibovespa ainda se recuperou parcialmente nos minutos finais, mas não a tempo de evitar uma queda de 0,46 por cento, aos 69.023 pontos, marcando a terceira queda seguida.
Calibrado pelos 5,03 bilhões de reais do exercício de opções, o giro financeiro da sessão atingiu 10,6 bilhões de reais, o maior do ano.
De acordo com profissionais do mercado, o investidor reagiu a comentários do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, na véspera, de que esse será o ano mais complicado do século para o país, cujos desafios são administrar com habilidade o crescimento estável, a reestruturação da economia e as expectativas inflacionárias.
Na reta final da sessão, a melhora dos índices de Wall Street, com temores menores de regulação excessiva no setor financeiro norte-americanos, aliviou a pressão sobre o índice.
"Hoje, o Ibovespa pagou o pato por se muito sensível às commodities", disse Newton Rosa, economista-chefe da SulAmerica Investimentos.
Ações de siderúrgicas de companhias de petróleo foram as que mais pesaram. No primeiro grupo, o carro foi puxado por MMX, que caiu 3,1 por cento, a 13,59 reais, após a companhia ter anunciado na sexta-feira à noite que teve prejuízo de 65,2 milhões de reais no quarto trimestre de 2009.
Já entre as petroleiras, o destaque negativo foi outra companhia do empresário Eike Batista, a OGX, com declínio de 2,9 por cento, a 16,80 reais.
Em dia de queda de quase dois por cento do barril do petróleo, para baixo de 80 dólares, a preferencial da Petrobras também não resistiu, caindo 0,8 por cento, a 36,77 reais.
Mas a pior do índice foi a varejista eletrônica B2W, com declínio de 5,15 por cento, a 38,31 reais. Em relatório, o BofA Merrill Lynch reduziu as estimativas de lucro por ação da companhia e, prevendo pressões maiores nas margens devido ao aumento da competição, manteve recomendação de "underperform" (abaixo da média do mercado) para as ações.
O destaque positivo foi a ação ordinária da Eletrobrás, subindo 2,6 por cento, a 25,80 reais. O presidente da estatal, José Antonio Muniz, disse nesta segunda-feira que a companhia deve investir 9 bilhões de reais em 2010 e que a capitalização da empresa não deve ocorrer neste governo.
Fora do índice, o recibo da Laep cresceu 4,85 por cento, a 1,73 real, e foi uma das mais negociadas do dia, após o anúncio de associação da companhia com a Monticiano Participações, da GP Dairy .