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Taxas de juros se descolam do dólar e ficam de lado

Leitura é de que as receitas extraordinárias com o leilão dos aeroportos não eliminam o risco fiscal e, por isso, as taxas fecharam perto dos ajustes anteriores


	Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (58.995 contratos) estava em 10,12%
 (REUTERS/Nacho Doce)

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (58.995 contratos) estava em 10,12% (REUTERS/Nacho Doce)

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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2013 às 16h33.

São Paulo - Os juros futuros, que normalmente acompanham a direção do dólar e também são influenciados pelo movimento dos Treasuries, operaram com volatilidade desde o início da sessão desta sexta-feira, 22, oscilando perto da estabilidade.

A leitura é de que as receitas extraordinárias com o leilão dos aeroportos não eliminam o risco fiscal e, por isso, as taxas fecharam perto dos ajustes anteriores.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (58.995 contratos) estava em 10,12%, de 10,10% no ajuste anterior.

O juro para janeiro de 2015 (203.660 contratos) indicava 10,87%, de 10,88% na véspera. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (241.710 contratos) apontava 12,09%, ante 12,05%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (182.728 contratos) marcava 12,49%, de 12,46% no ajuste anterior.

"Na próxima semana, teremos mais números das contas fiscais. Como o quadro não é bom nessa área, há uma certa cautela entre os investidores", afirmou um gestor, destacando que o mercado chegará à semana da reunião do Copom precificando mais três altas consecutivas de 0,50 ponto porcentual para a Selic, atualmente em 9,50%.

Nesta sexta o BC divulgou que o resultado das transações correntes seguiu negativo em outubro, ao registrar um déficit de US$ 7,132 bilhões, o pior resultado para o mês na história.

O resultado ficou dentro das previsões coletadas pelo AE Projeções, que iam de um saldo negativo de US$ 5 bilhões a US$ 7,6 bilhões, e pouco acima da mediana, que estava em US$ 7 bilhões. Nos dez primeiros meses do ano, o déficit em conta corrente está em US$ 67,548 bilhões, o que representa 3,63% do Produto Interno Bruto (PIB).

O dólar fechou em queda nesta sexta-feira, pressionado pelas expectativas de entrada de recursos no País, em função da participação de investidores estrangeiros nos consórcios que venceram o leilão para a concessão dos aeroportos de Galeão (RJ) e Confins (MG).

O consórcio liderado pela Odebrecht Transport venceu a concessão do Aeroporto de Galeão, ao ofertar R$ 19,018 bilhões, o que representa um ágio de 293,9%. O Aeroporto de Confins foi vencido pelo grupo liderado por CCR com uma proposta de R$ 1,82 bilhão, ou ágio de 66%. O dólar à vista no balcão terminou a sessão com queda de 0,95%, a R$ 2,2850.

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