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Taxa de juros dos títulos pode mudar rapidamente, diz Tesouro

O nível atual, contudo, ainda não mostra nada de anormal nos papéis do governo brasileiro

Arno Augustin, secretário do Tesouro Nacional (Marcello Casal Jr./AGÊNCIA BRASIL)

Arno Augustin, secretário do Tesouro Nacional (Marcello Casal Jr./AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2011 às 17h19.

São Paulo – As taxas de juros dos títulos brasileiros ainda não sofreram impacto da crise financeira internacional, disse hoje o Tesouro Nacional em resposta a um questionamento sobre o efeito de uma possível saída dos investidores estrangeiros que possuem os títulos da dívida do país em carteira.

“Em conversas com dealers (rede de instituições financeiras que estão próximas ao Tesouro Nacional), não se notou nada de anormal que impacte o nível da taxa de juros dos títulos brasileiros no mercado local”, mostra o texto de uma nota enviada para EXAME.com.

O Tesouro disse hoje que a participação dos investidores estrangeiros na Dívida Pública Mobiliária Federal interna subiu para 11,75% em agosto, totalizando R$ 198,95 bilhões. Em julho, a fatia equivalia a 11,64% do estoque, ou R$ 193,13 bilhões. Segundo o Tesouro, 82,1% da carteira dos investidores estrangeiros é em títulos pré-fixados.

O mercado teme que os investidores fujam dos títulos das dívidas dos países emergentes, assim como vem ocorrendo com as bolsas. O fenômeno já está acontecendo na Indonésia, por exemplo. O país asiático disse nesta semana que a participação dos estrangeiros na sua dívida caiu de 251 trilhões de rúpias para 234 trilhões de rúpias entre 9 e 19 de setembro.

“Mas, levando em consideração que o mercado externo vem passando por dias tumultuados, a situação pode mudar rapidamente”, alerta o Tesouro.

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