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Suzano reverte prejuízo e lucra R$ 10,3 bilhões no primeiro trimestre

As operações com derivativos, que tiveram um resultado positivo de mais de R$ 6 bilhões, e variação cambial explicam bom desempenho da companhia

Suzano: "Tivemos um trimestre de geração de caixa consistente, a despeito da alta dos custos e da valorização do real frente ao dólar" (Germano Lüders/Exame)

Suzano: "Tivemos um trimestre de geração de caixa consistente, a despeito da alta dos custos e da valorização do real frente ao dólar" (Germano Lüders/Exame)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 4 de maio de 2022 às 19h00.

Última atualização em 4 de maio de 2022 às 19h16.

A Suzano (SUZB3) divulgou nesta quarta-feira, 4 de maio, que teve lucro líquido de R$ 10,3 bilhões de reais no primeiro trimestre deste ano. A companhia reverteu prejuízo de R$ 2,755 bilhões registrado no mesmo período do ano passado.

De janeiro a março, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de 5,12 bilhões de reais, um aumento de 5% maior que o de um ano antes. A geração de caixa operacional totalizou R$ 3,9 bilhões, estável em igual base de comparação.

Entre os destaques do trimestre, marcado por uma maior concentração de paradas programadas nas fábricas da Suzano, está a venda de 2,4 milhões de toneladas de celulose e a manutenção de estoques baixos, decorrente da forte demanda no período.

O custo caixa de produção de celulose atingiu R$ 868 por tonelada, alta de 16% em relação ao quarto trimestre de 2021, impactado pela pressão de preços das principais commodities dada a conjuntura global no início deste ano. As vendas de papéis totalizaram 312 mil toneladas. Com isso, a receita líquida resultante das vendas de celulose e papéis somou R$ 9,7 bilhões.

O bom desempenho da companhia no primeiro período está relacionado a variação cambial. As operações com derivativos que tiveram um resultado positivo de mais de R$ 6 bilhões. Em material divulgado, a Suzano afirmou que mesmo diante de um cenário de forte pressão de custos, sobretudo de insumos como químicos e combustíveis, e da apreciação do real frente ao dólar, a solidez da companhia e a disciplina financeira possibilitam avanços conforme planejados em seu plano de investimento.

“Tivemos um trimestre de geração de caixa consistente, a despeito da alta dos custos e da valorização do real frente ao dólar. Esses efeitos foram parcialmente mitigados pela alta dos preços no mercado internacional, que, aliás, ainda não está plenamente refletida nos resultados do trimestre, e pela eficiência de nosso negócio e dos nossos times nas frentes operacional e comercial”, afirma Walter Schalka, o presidente da Suzano.

 

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