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Superávit menor pressiona juros e dólar

Assim que foi conhecido que o superávit primário do Governo Central fechou o mês de janeiro em R$ 12,954 bilhões, o dólar passou a subir e os juros dispararam

Telão da Bovespa: em reação, a taxa do DI para janeiro de 2015 foi a 11,09%, de 10,97% no ajuste de ontem (Alexandre Battibugli/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2014 às 15h33.

São Paulo - O primeiro relatório das contas públicas divulgado após a promessa do governo de entregar uma economia primária de 1,9% do PIB não ao agradou ao mercado financeiro .

Assim que foi conhecido que o superávit primário do Governo Central - que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central - fechou o mês de janeiro em R$ 12,954 bilhões, o dólar passou a subir e os juros dispararam.

O número veio abaixo do piso das estimativas, que iam de R$ 13 bilhões a R$ 23 bilhões. O dado representa uma queda de 50,7% em relação ao obtido no mesmo mês do ano passado e retração de 10,4% em comparação a dezembro de 2013. Enquanto as despesas do Governo Central cresceram 19,5%, as receitas avançaram 6,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

Em reação, a taxa do DI para janeiro de 2015 foi a 11,09%, de 10,97% no ajuste de ontem. O contrato para janeiro de 2017 bateu a máxima de 12,30%, de 12,05% na véspera. A inclinação da curva a termo é um indicador de que o dado não foi bem recebido.

Depois de se criar uma expectativa positiva com a meta anunciada na semana passada, uma surpresa negativa logo no primeiro relatório levou o mercado a uma reversão de expectativas, refletida na inclinação da curva. No trecho curto, o efeito do fiscal foi de ampliação da possibilidade de apostas em ciclo mais longo de alta de juros, com pelo menos duas novas altas de 0,25 ponto porcentual.

O dólar também renovou máxima, após o fiscal. No balcão, a cotação à vista atingiu a máxima de R$ 2,3410 às 11h40 (+0,82%). Na BM&FBovespa, o contrato de dólar para abril registrou máxima a R$ 2,3545 e, às 11h23, subia 0,56%, a R$ 2,3475. O dólar para março de 2014 subiu até R$ 2,3330 e, há pouco, reduzia o ganho a R$ 2,3295 (+0,41%).

O superávit de janeiro afetou ainda a Bolsa. Depois de se firmar em baixa sob influência da revisão em baixa do PIB dos Estados Unidos, o pregão doméstico acentuou a queda com o número fiscal. Às 11h33, o Ibovespa marcava perda de 0,47%, aos 47.385 pontos.

A realização é conduzida pelas ações de Petrobras e Vale, além de CSN, mas o sinal negativo vindo do exterior também pesa. As bolsas em Nova York iniciaram o dia em direções opostas, com o S&P 500 em leve alta (0,04%) e o Dow Jones perdendo espaço (-0,05%).

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São Paulo - O primeiro relatório das contas públicas divulgado após a promessa do governo de entregar uma economia primária de 1,9% do PIB não ao agradou ao mercado financeiro .

Assim que foi conhecido que o superávit primário do Governo Central - que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central - fechou o mês de janeiro em R$ 12,954 bilhões, o dólar passou a subir e os juros dispararam.

O número veio abaixo do piso das estimativas, que iam de R$ 13 bilhões a R$ 23 bilhões. O dado representa uma queda de 50,7% em relação ao obtido no mesmo mês do ano passado e retração de 10,4% em comparação a dezembro de 2013. Enquanto as despesas do Governo Central cresceram 19,5%, as receitas avançaram 6,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

Em reação, a taxa do DI para janeiro de 2015 foi a 11,09%, de 10,97% no ajuste de ontem. O contrato para janeiro de 2017 bateu a máxima de 12,30%, de 12,05% na véspera. A inclinação da curva a termo é um indicador de que o dado não foi bem recebido.

Depois de se criar uma expectativa positiva com a meta anunciada na semana passada, uma surpresa negativa logo no primeiro relatório levou o mercado a uma reversão de expectativas, refletida na inclinação da curva. No trecho curto, o efeito do fiscal foi de ampliação da possibilidade de apostas em ciclo mais longo de alta de juros, com pelo menos duas novas altas de 0,25 ponto porcentual.

O dólar também renovou máxima, após o fiscal. No balcão, a cotação à vista atingiu a máxima de R$ 2,3410 às 11h40 (+0,82%). Na BM&FBovespa, o contrato de dólar para abril registrou máxima a R$ 2,3545 e, às 11h23, subia 0,56%, a R$ 2,3475. O dólar para março de 2014 subiu até R$ 2,3330 e, há pouco, reduzia o ganho a R$ 2,3295 (+0,41%).

O superávit de janeiro afetou ainda a Bolsa. Depois de se firmar em baixa sob influência da revisão em baixa do PIB dos Estados Unidos, o pregão doméstico acentuou a queda com o número fiscal. Às 11h33, o Ibovespa marcava perda de 0,47%, aos 47.385 pontos.

A realização é conduzida pelas ações de Petrobras e Vale, além de CSN, mas o sinal negativo vindo do exterior também pesa. As bolsas em Nova York iniciaram o dia em direções opostas, com o S&P 500 em leve alta (0,04%) e o Dow Jones perdendo espaço (-0,05%).

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