Mercados

Semana teve PIBinho e nova disparada da Petrobras

Ibovespa encerrou o período com ganhos acumulados de 4,9%, aos 61.288 pontos


	Nesta sexta-feira, o mercado recebeu a notícia de que o PIB brasileiro encolheu 0,6% no segundo trimestre de 2014 em relação ao trimestre anterior
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Nesta sexta-feira, o mercado recebeu a notícia de que o PIB brasileiro encolheu 0,6% no segundo trimestre de 2014 em relação ao trimestre anterior (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2014 às 17h34.

São Paulo – O Ibovespa encerrou a semana com ganhos acumulados de 4,9%, aos 61.288 pontos. Com o desempenho, o principal índice da Bovespa ampliou para 19% sua valorização em 2014.

Nesta sexta-feira, o mercado recebeu a notícia de que o PIB brasileiro encolheu 0,6% no segundo trimestre de 2014 em relação ao trimestre anterior, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O encolhimento por dois trimestres seguidos configura o que se chama de "recessão técnica". A última vez que isso aconteceu no país foi no final de 2008 e início de 2009, logo após a eclosão da crise financeira internacional nos Estados Unidos. O cenário já havia sido antecipado por instituições como o Itaú e a FGV, que previam uma queda na ordem de 0,4% no PIB deste trimestre.

Semana conturbada

A Vale passou por uma semana conturbada na Bovespa. Os papéis preferenciais da mineradora recuaram 6,8% no período.

Os preços do minério de ferro com entrega imediata na China ampliaram a queda nesta semana, aproximando-se de mínimas registradas em 2009, com um aperto de crédito limitando compras de carregamentos importados.

As cotações do minério já caíram cerca de 35% este ano. A queda, amplamente motivada por um excedente de oferta, tem forçado siderúrgicas chinesas a revender alguns carregamentos de volta para o mercado, em um momento em que grandes mineradoras mantêm o ritmo de crescimento de produção.

As ações da CSN, Gerdau e MMX também foram pressionadas.

Em alta

As ações preferenciais da Telefónica Brasil também estiveram no radar do mercado e encerraram a semana com ganhos de 10,5%.

Em comunicado ao mercado nesta sexta-feira, dia 29, a Telefônica Brasil detalhou o cronograma estimado da negociação com a Vivendi e os ganhos projetados com a integração da GVT, estimados em 4,7 bilhões de euros por meio de sinergias.

A expectativa é de que o negócio, que prevê o pagamento de 4,66 bilhões em dinheiro, financiado através de um aumento de capital na Telefônica Brasil e 12% da Telefônica/Vivo expandida, seja concluído em meados de 2015, depois que o conselho supervisor da Vivendi aceitou nesta quinta entrar em negociações exclusivas por três meses com a Telefónica. No cronograma, a espanhola estima obter o sinal verde do conselho de empregados da Vivendi após revisão da proposta e posterior aprovação dos acionistas da Telefônica Brasil até outubro deste ano e anuência da Anatel e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em meados do ano que vem.

A Vivendi terá de decidir até a assinatura do contrato definitivo dentro do período de três meses de negociações exclusivas se irá querer trocar uma participação de 4,5% na Telefônica Brasil ampliada em troca da participação de 8,3% no capital votante da Telecom Italia.

Petrobras

As ações preferenciais da Petrobras voltaram a pegar carona nas perspectivas eleitorais. Na semana, os ganhos chegaram a 11% - no ano, a alta já é de 45%.

Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT)/MDA divulgada na quarta-feira mostra a candidata Dilma Rousseff liderando a corrida presidencial com 34,2% das intenções de voto para a Presidência da República. Em segundo lugar está a candidata pelo PSB, Marina Silva, com 28,2% das intenções de voto, e, em terceiro, Aécio Neves, com 16%.

De acordo com a pesquisa, no caso de um segundo turno, Marina Silva venceria um embate contra Dilma Rousseff, obtendo 43,7% das intenções de voto, ante 37,8% da adversária. Nesse cenário, votos brancos e nulos somam 12,4%, e não sabem ou não responderam à pesquisa 6,1%. Os resultados são semelhantes à pesquisa do Instituto Ibope divulgada na terça-feira.

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