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Safra eleva indicação para ações da Copel após queda

Fracasso em leilão de energia é uma notícia positiva para a empresa, diz analista

Copel deve ser reestruturada no Paraná (Divulgação)

Copel deve ser reestruturada no Paraná (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2011 às 17h13.

São Paulo – A estatal paranaense Copel (CPLE6) teve nesta segunda-feira a recomendação para suas ações elevada de “underperform” (performance abaixo da média do mercado) para “outperform” (performance acima da média do mercado) pelo analista Sérgio Tamashiro da corretora J. Safra. O preço-alvo foi mantido em 47 reais até o final de 2011.

Em relatório, Tamashiro explica que, diante do recuo de 13% dos papéis no acumulado do ano, os papéis apresentam agora um potencial de valorização de 32% frente à cotação de 35,63 reais vista no fechamento do pregão de sexta-feira (19) e, por conta disso, a recomendação foi elevada.

Segundo a J. Safra, os resultados referentes ao segundo trimestre de 2011 ficaram ligeiramente abaixo do esperado. Apesar disso, o analista não alterou as estimativas e os seus modelos. “Em breve nós iremos revisar nossos números”, atribuindo um novo preço-alvo até o final de 2012, disse Tamashiro.

“Uma de nossas preocupações era a possibilidade de que a Copel participasse de forma agressiva dos leilões de energia A-3 e Reserva, contratando 500 megawatts (MW) de capacidade instalada. Para nossa surpresa, a companhia não ganhou nenhuma desses leilões, o que foi positivo, em nosso ponto de vista”, declarou Tamashiro.

Ele avaliou ainda a expectativa do mercado diante do anúncio de uma política de dividendos mais agressiva e investimentos em nova capacidade de geração, o que poderia adicionar valor à empresa.

“Desde julho de 2010, quando a companhia ganhou o contrato de concessão da usina Colider, nenhum projeto relevante foi anunciado e a política de dividendos não mudou”, explica o analista, justificando a performance negativa das ações.

“O mercado não reagiu de forma positiva quando a Copel ganhou a Colider (em 30 de julho de 2011)”, diz Tamashiro. Apesar disso, ele acredita que, avaliando a operação hoje em dia, a tarifa de 103 reais por MWh não representa um preço baixo.

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