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S&P rebaixa perspectiva da Usiminas por risco financeiro

Agência alterou a perspectiva de estável para negativa, ratings foram reafirmados

Usiminas: perspectiva negativa reflete o risco de rebaixamento nos próximos 6 a 12 meses (Iugo Koyama/VEJA)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2013 às 12h27.

São Paulo - A agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou, nesta quinta-feira, a perspectiva da Usiminas de estável para negativa por conta de seu fraco desempenho operacional. Os ratings de crédito corporativo BB+, na escala global, e AA+, na escala nacional foram reafirmados.

Segundo Rafaela Vitória, que assina a análise, a perspectiva negativa reflete o risco de um rebaixamento nos próximos seis a 12 meses, se os lucros operacionais não melhorarem e se os índices de alavancagem permanecerem altos.

Risco financeiro

O perfil de risco financeiro da Usiminas é classificado como “significativo” pela agência, já que seus menores lucros operacionais resultaram em métricas de crédito deprimidas, representadas pelo índice de dívida total sobre Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) de 11 vezes.

A analista destaca, no entanto, que ao reduzir seus investimentos para 1,6 bilhão de reais e melhorar seu capital de giro, a empresa conseguiu um fluxo de caixa operacional livre positivo de 1,8 bilhão de reais pela primeira vez nos últimos 3 anos.


“Dadas as métricas de crédito fracas da Usiminas para a categoria de rating, é crucial que a companhia mantenha reservas de caixa elevadas a fim de preservar seus índices de dívida líquida em patamares administráveis”, explica Rafaela.

2013

A analista explica que em 2012 o enfraquecimento na demanda doméstica e os baixos preços do minério de ferro prejudicaram as operações da empresa. Além disso, as medidas da nova administração para reduzir custos têm demorado para gerar resultados.

Para 2013, a agência prevê uma melhora moderada na demanda doméstica, entre 2% e 4%, que somada a uma moeda depreciada e a tarifas de importação mais altas, pode impulsionar a competitividade dos produtores de aço locais.

Mas como perspectiva para a indústria global ainda é fraca, a expectativa é de que os preços no mercado doméstico se mantenham baixos, principalmente levando em conta os preços ainda baixos no âmbito internacional.


No mercado nacional, a Usiminas deve manter sua posição de liderança como produtora de aços planos com uma participação significativa de mercado, tendo a indústria automotiva como seu principal cliente.

Perspectiva

Apesar das melhorias esperadas para 2013, a perspectiva é negativa, já que as operações e as métricas de crédito devem levar um tempo para se recuperar.

Além disso, ainda há o risco considerável de que se a demanda não se recuperar e o recente aumento de preço não for sustentável, levando a dívida ajustada sobre Ebitda acima de 4 vezes, a agência rebaixe os ratings da Usiminas.

Prejuízo

A Usiminas apresentou nesta sexta-feira um prejuízo líquido de 122,7 milhões de reais referentes ao primeiro trimestre de 2013. O resultado negativo é 232% superior que o registrado no mesmo período de 2012, mas 57% menor do verificado no quarto trimestre do ano passado, quando a empresa teve prejuízo de 238,1 milhões de reais.

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São Paulo - A agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou, nesta quinta-feira, a perspectiva da Usiminas de estável para negativa por conta de seu fraco desempenho operacional. Os ratings de crédito corporativo BB+, na escala global, e AA+, na escala nacional foram reafirmados.

Segundo Rafaela Vitória, que assina a análise, a perspectiva negativa reflete o risco de um rebaixamento nos próximos seis a 12 meses, se os lucros operacionais não melhorarem e se os índices de alavancagem permanecerem altos.

Risco financeiro

O perfil de risco financeiro da Usiminas é classificado como “significativo” pela agência, já que seus menores lucros operacionais resultaram em métricas de crédito deprimidas, representadas pelo índice de dívida total sobre Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) de 11 vezes.

A analista destaca, no entanto, que ao reduzir seus investimentos para 1,6 bilhão de reais e melhorar seu capital de giro, a empresa conseguiu um fluxo de caixa operacional livre positivo de 1,8 bilhão de reais pela primeira vez nos últimos 3 anos.


“Dadas as métricas de crédito fracas da Usiminas para a categoria de rating, é crucial que a companhia mantenha reservas de caixa elevadas a fim de preservar seus índices de dívida líquida em patamares administráveis”, explica Rafaela.

2013

A analista explica que em 2012 o enfraquecimento na demanda doméstica e os baixos preços do minério de ferro prejudicaram as operações da empresa. Além disso, as medidas da nova administração para reduzir custos têm demorado para gerar resultados.

Para 2013, a agência prevê uma melhora moderada na demanda doméstica, entre 2% e 4%, que somada a uma moeda depreciada e a tarifas de importação mais altas, pode impulsionar a competitividade dos produtores de aço locais.

Mas como perspectiva para a indústria global ainda é fraca, a expectativa é de que os preços no mercado doméstico se mantenham baixos, principalmente levando em conta os preços ainda baixos no âmbito internacional.


No mercado nacional, a Usiminas deve manter sua posição de liderança como produtora de aços planos com uma participação significativa de mercado, tendo a indústria automotiva como seu principal cliente.

Perspectiva

Apesar das melhorias esperadas para 2013, a perspectiva é negativa, já que as operações e as métricas de crédito devem levar um tempo para se recuperar.

Além disso, ainda há o risco considerável de que se a demanda não se recuperar e o recente aumento de preço não for sustentável, levando a dívida ajustada sobre Ebitda acima de 4 vezes, a agência rebaixe os ratings da Usiminas.

Prejuízo

A Usiminas apresentou nesta sexta-feira um prejuízo líquido de 122,7 milhões de reais referentes ao primeiro trimestre de 2013. O resultado negativo é 232% superior que o registrado no mesmo período de 2012, mas 57% menor do verificado no quarto trimestre do ano passado, quando a empresa teve prejuízo de 238,1 milhões de reais.

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