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S&P eleva perspectiva do rating em moeda local do Brasil para positiva

Nota de crédito em moeda estrangeira foi mantida em BBB- e a local em BBB+

Bandeira do Brasil (Getty Images)

Bandeira do Brasil (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2011 às 17h34.

São Paulo – A agência de classificação de risco Standard and Poor’s elevou nesta quinta-feira a perspectiva do rating em moeda local do Brasil de estável para positiva, mostra um comunicado publicado há instantes. A nota de crédito em moeda estrangeira foi mantida em BBB-, com perspectiva positiva, e a local em BBB+.

De acordo com a S&P, a revisão segue a nova metodologia de análise dos ratings soberanos, que dá um peso maior para o ambiente político. “A diferença de dois degraus entre a nota local e a estrangeira reflete o nível de independência operacional da política monetária, a definição do mercado de capitais em moeda local no Brasil, e o regime de câmbio livre do Banco Central”, afirmam os analistas Sebastian Briozzo e Joydeep Mukherji, que assinam o relatório.

Para a agência, devido aos fatores listados acima, um calote do governo brasileiro continua menos provável em moeda local do que estrangeira. Os analistas esperam que os fatores que sustentam a estabilidade macroeconômica do Brasil irão continuar a se fortalecer nos próximos anos, reduzindo gradualmente os problemas fiscais e as vulnerabilidades aos choques externos.

“As boas perspectivas de crescimento de longo prazo – combinadas com a melhora na liquidez externa e o aprofundamento do mercado de capitais local – podem fortalecer a capacidade do governo em gerenciar repentinas mudanças adversas nas condições econômicas globais”, explicam Briozzo e Mikherji.

A S&P afirma ainda que um maior comprometimento com as metas fiscais, junto com medidas de política monetária que contenham as expectativas de inflação, poderia gradualmente abrir espaço para uma crescente confiança do investidor.

“Por outro lado, a falha em conter a inflação em níveis que mantenham a credibilidade das metas do Banco Central, uma política fiscal mais relaxada, ou um aumento nos recursos para os empréstimos dos bancos estatais poderia interromper os recentes aprimoramentos dos pilares macroeconômicos e resultar na estabilização dos ratings nos níveis atuais”, finaliza o documento.

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