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S&P 500 e Nasdaq ignoram dados sobre atividade e sobem

O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 0,07 por cento, para 12.871 pontos

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2012 às 18h01.

Nova York - Os índices S&P 500 e Nasdaq fecharam em alta nesta segunda-feira, ignorando uma surpreendente contração do setor manufatureiro dos Estados Unidos, que alguns investidores interpretaram como um sinal de que o Federal Reserve (banco central norte-americano) adotará mais medidas para impulsionar a economia.

O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 0,07 por cento, para 12.871 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 0,25 por cento, para 1.365 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 0,55 por cento, para 2.951 pontos.

O índice manufatureiro do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) atingiu um nível mais baixo do que o esperado para junho, registrando uma contração no setor pela primeira vez desde julho de 2009.

O S&P 500 manteve-se em território negativo durante boa parte do pregão, mas acabou fechando com leve alta.


Ainda assim, ações do setor industrial estiveram sob pressão após a divulgação dos dados desta segunda-feira, os mais recentes em uma série de indicadores que apontam para a deterioração das condições econômicas ao redor do mundo.

A ação da Boeing, por exemplo, perdeu 1,5 por cento, a 73,18 dólares, e o papel da Caterpillar recuou 1,4 por cento, para 83,68 dólares.

Os dados fracos dão força à visão de que as condições estão piorando, e investidores disseram que eles fazem com que seja mais provável que o Fed adote medidas de afrouxamento monetário, como uma terceira rodada de compra de ativos, ou "quantitative easing" (QE3, na sigla em inglês).

"O ISM atingiu níveis bastante fracos. Mas é bem positivo que o mercado teve uma desculpa para vender e, em vez disso, mostramos resiliência", disse o estrategista-chefe de mercado da Morgan Keegan, Mike Gibbs.

"Isso dá a investidores mais confiança de que uma nova rodada de 'quantative easing' seja uma possibilidade, em algum momento", adicionou.

O setor manufatureiro da zona do euro recuou novamente em junho, e as fábricas estão se preparando para o pior, de acordo com executivos. Na China, o setor também enfraqueceu em junho, sobretudo em relação aos pedidos de exportação.

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