Logo do Federal Reserve: começa nesta terça a última reunião do ano, cuja decisão sai amanhã | Foto: Kevin Lamarque/Reuters (Kevin Lamarque/Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2021 às 07h13.
Última atualização em 14 de dezembro de 2021 às 07h57.
Depois de um começo de semana em queda, os principais índices de ações da Europa e futuros dos índices americanos operam em leve alta na manhã desta terça-feira, 14, no compasso de aguardo da decisão do Federal Reserve -- e de outros bancos centrais do mundo desenvolvido, como o BCE, o BoE e o BoJ -- sobre os próximos passos da política monetária. A última reunião do ano do Fed começa hoje, com anúncio amanhã à tarde.
Veja a seguir os principais índices de ações às 6h30 de Brasília:
Veja a seguir os destaques desta terça-feira:
Há uma expectativa não consensual no mercado de que, diante das recentes declarações de Jerome Powell, presidente do BC americano, e de dados mais recentes de inflação e emprego, o programa de retirada de estímulos por meio da compra de ativos seja acelerado. Isso significaria, por tabela, antecipar o aumento do juro em 2022.
O encontro do FOMC (o comitê de mercado aberto do Fed) começa hoje e a decisão será anunciada amanhã à tarde.
Essa expectativa foi o principal fator que, segundo analistas, levou à queda das bolsas globais ontem.
Depois do Fed, será a vez da última reunião do ano do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE) na quinta-feira e do Banco do Japão (BoJ) na sexta.
O Banco Central divulga às 8h a ata da reunião do Copom da quarta-feira passada, dia 8, em que a taxa Selic foi elevada de 7,75% para 9,25% ao ano e, mais importante, na qual os integrantes adotaram um tom mais duro sobre a condução da política monetária.
"O Copom considera que, diante do aumento de suas projeções e do risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, é apropriado que o ciclo de aperto monetário avance significativamente em território contracionista. O Comitê irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas", apontou o comunicado que saiu com a decisão.
No boletim Focus divulgado ontem, as projeções para a inflação em 2022 se mantiveram estáveis, mas para 2023 e 2024 tiveram recuo marginal, de 3,50% para 3,46% (ainda acima do centro da meta, de 3,25%) e de 3,10% para 3,09%, respectivamente.
Analistas reagiram à divulgação do IPCA de novembro abaixo do esperado, mas a avaliação do mercado é que serão necessários dados adicionais de inflação para que o Copom possa rever essa nova postura.
As ações de Hapvida (HAPV3) e de NotreDame Intermédica (GNDI3) lideraram os ganhos do Ibovespa nesta segunda, dia 13, com alta de 3,13% e 3,01%, respectivamente. O ganho inesperado se deu a dois dias da última reunião do ano do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), embora a previsão é que a operação seja julgada até fevereiro de 2022.
No fim de setembro, parecer da Superintendência-Geral do Cade considerou complexa a proposta de fusão, com preocupação sobre a concentração de mercado, o que derrubou as cotações de ambas as companhias na época. A fusão entre duas das maiores de operadoras de saúde do país foi anunciada em janeiro deste ano.
A expectativa maior para a reunião de amanhã do Cade é pelo julgamento de outra proposta de fusão igualmente considerada complexa, a que une a líder do mercado de aluguel de automóveis no país, a Localiza (RENT3) com a sua principal concorrente, a Unidas (LCAM3). As duas ações também subiram ontem: 1,07% e 0,93%, respectivamente. Essa operação entre as duas empresas foi anunciada em setembro de 2020.