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Retorno de 11.000% e 'seguidores': como funciona o maior campeonato de traders do mundo

Sempre em tempo real e com dinheiro de verdade, competição reúne investidores do mundo inteiro em diversas categorias

Gráfico: trader realiza análise técnica de um gráfico (ackyenjoyphotography/Getty Images)

Gráfico: trader realiza análise técnica de um gráfico (ackyenjoyphotography/Getty Images)

Publicado em 21 de janeiro de 2024 às 07h00.

Reunir os melhores traders do mundo. Esse é o objetivo da Robbins Trading, companhia por trás do maior campeonato de investimentos do mundo: o World Cup Trading Championship. A Copa do Mundo existe desde 1983 e reúne investidores do mundo todo em competições anuais e, mais recentemente, trimestrais.

O campeonato ocorre em tempo real, com dinheiro de verdade. Não é cobrada taxa de inscrição, mas o próprio trader é o responsável pelo dinheiro em risco. Cada modalidade exige um valor mínimo, que varia de US$ 2.500 a US$ 10.000.

Além do valor mínimo para a competição, cada categoria possui regras próprias. As variações vão desde a necessidade de operar uma classe de ativos específica, como moedas e derivativos, ou no método de operação. Dependendo da categoria, por exemplo, o trader é impedido de carregar posição de um dia para o outro, sendo obrigado a realizar day trades. Não há restrições geográficas, o que possibilita a busca pelas melhores oportunidades independentemente dos mercados.

São quatro categorias. A mais tradicional é a anual de futuros, que vai do dia 1 de janeiro a 31 de dezembro e com valor de entrada de US$ 10.000. Foi nessa categoria que o famoso trader Larry Williams fez história em 1987 ao fazer US$ 1,1 milhão com um valor inicial de US$ 10.000. Até hoje, sua rentabilidade é um recorde a ser batido. Já a menor rentabilidade de um campeão na categoria foi de 53%, obtida durante a crise da bolha da internet, em 2001.

Como na Copa do Mundo de futebol, o último campeão da categoria de futuros foi o argentino: Ivan Sherman, que terminou a edição de 2023 com um retorno de 491,4%.

Outra categoria anual é a de negociação de moedas (forex), com valor de entrada de US$ 5.000. Devido à baixa volatilidade desse mercado, são permitidas alavancagens acima de 1:200. As regras são semelhantes à categoria trimestral de moedas, com diferença que, nesta, o valor de entrada é de US$ 2.500.

Brasileiros na disputa

Existe ainda a categoria trimestral de day trading  de futuros, com valor de entrada de US$ 2.500 e a necessidade de zerar todas as posições no mesmo dia. Foi nessa modalidade que o brasileiro Eduardo Ramos ficou em 3º lugar na edição do quarto trimestre de 2023 ao alcançar um retorno de 34%.

"Foi lendo os livros de Larry Williams que comecei a montar minhas séries históricas em busca de padrões. A partir daí, fui aprimorando os modelos", contou Ramos em entrevista recente à Exame. Este foi o segundo pódio de Ramos no campeonato. Seu primeiro conquistou ao ficar na 3ª colocação em uma das categorias de 2018.

Até hoje apenas o único brasileiro a terminar uma das competições em primeiro foi Nikolas Pareschi, campeão da categoria forex de 2017 com um retorno de 100,3%.

'Seguidores'

Além da visibilidade e próprio rendimento obtido, os três melhores classificados de cada categoria são premiados com um troféu. Não há prêmio em dinheiro.

Os mais bem colocados, no entanto, costumam ser convidados pela administração do campeonato para terem seus trades seguidos por clientes da Robbin Willians. Para replicar em sua conta todas as operações feitas pelos traderes, o cliente da Robin Wililans paga uma taxa, que é repartida entre o trader e a organização.

Na plataforma, o investidor pode verificar informações como o estilo de trading dos competidores, acompanhar o histórico de rentabilidade e o retorno líquido antes de escolher as operações de qual trader irá seguir.

Acompanhe tudo sobre:Tradersday-tradeCompetição

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