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Resgate do Chipre avança e bolsas na Europa sobem

O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o dia com alta de 1,27%, aos 297,52 pontos


	A Bolsa de Paris teve o melhor desempenho desta terça-feira, com ganho de 1,98% no índice CAC-40, para 3.805,37 pontos
 (Pascal Le Segretain/Getty Images)

A Bolsa de Paris teve o melhor desempenho desta terça-feira, com ganho de 1,98% no índice CAC-40, para 3.805,37 pontos (Pascal Le Segretain/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2013 às 15h02.

Londres - As bolsas europeias voltaram do feriado de Páscoa com ganhos nesta terça-feira, com exceção do mercado de Lisboa, influenciadas pelo avanço do Chipre nas negociações com credores internacionais e pelo último dado de encomendas à indústria dos Estados Unidos.

O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o dia com alta de 1,27%, aos 297,52 pontos.

O Chipre concluiu nesta terça-feira negociações com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional para um memorando de entendimento sobre os termos do pacote de resgate de 10 bilhões de euros, anunciado na semana passada. Segundo um porta-voz de Nicósia, trata-se de um marco importante "que encerra um longo período de incertezas".

Por outro lado, o ministro de Finanças cipriota, Michalis Sarris, renunciou ao cargo nesta terça-feira após ser criticado pela forma como conduziu a crise na ilha do Mediterrâneo.

Sarris será substituído pelo atual ministro do Trabalho, Charis Georgiades, que é supostamente próximo ao presidente do país, Nicos Anastasiades. Também contribuiu para o bom humor na Europa o indicador de encomendas à indústria norte-americana, que subiu 3,0% em fevereiro, vindo em linha com a expectativa.

Além disso, a Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, revelou nesta terça-feira estar analisando a possibilidade de revisar as metas de déficit orçamentário da França, Espanha e de Portugal e que tomará uma decisão em maio sobre uma eventual prorrogação do prazo para os países cumpri-las.


Os fatores positivos permitiram aos investidores ignorar dados macroeconômicos ruins divulgados mais cedo na zona do euro. Em março, a indústria do bloco se contraiu no ritmo mais intenso em três meses. Já a taxa de desemprego da região permaneceu no nível recorde de 12% em fevereiro.

A Bolsa de Paris teve o melhor desempenho desta terça-feira, com ganho de 1,98% no índice CAC-40, para 3.805,37 pontos. Safran e EADS lideraram o rali, com alta de 4,5% e 3,8%, respectivamente, após o governo francês negar que esteja planejando cortar gastos no setor de defesa.

Em segundo lugar ficou o mercado alemão, com um significativo avanço de 1,91% no índice DAX, para 7.943,87 pontos. Um dos destaques em Frankfurt foi a E.ON, cujos papéis subiram 3,5% depois de ter sua recomendação elevada pelo HSBC, de underweight para neutro.

Em Madri, o índice IBEX-35 registrou uma forte alta de 1,65%, para 8.050,40 pontos, com ajuda de bancos como Santander (+2,8%) e BBVA (+2,3%).

Em Milão, o índice FTSE Mib subiu 1,41%, para 15.555,03 pontos, a máxima do dia, impulsionado também pela notícia de que o presidente Giorgio Napolitano criou um comitê com "dez homens sábios" numa tentativa de encontrar uma solução para o impasse político na Itália, que tenta formar um governo de coalizão desde o resultado inconclusivo das eleições gerais realizadas no mês passado.

O índice FTSE 100, de Londres, avançou 1,23%, para 6.490,66 pontos, com a Vodafone saltando 4,4% após um artigo sobre uma possível compra da operadora móvel britânica pela Verizon Communications e AT&T. A Bolsa de Lisboa, que com frequência destoa das demais, fechou em baixa de 0,52%, com o índice PSI 20 aos 5.791,98 pontos. As informações são da Dow Jones.

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